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dossier sobre instalaçþes elÊtricas
dimensionamento tÊcnico e económico de canalizaçþes elÊtricas
AntĂłnio Augusto AraĂşjo Gomes
Henrique Jorge de Jesus Ribeiro da Silva Instituto Superior de Engenharia do Porto
1. ENQUADRAMENTO Tradicionalmente o projeto das instalaçþes elĂŠtricas responde, no que se refere ao dimensionamento e proteção de canalizaçþes elĂŠtricas, a critĂŠrios de ordem tĂŠcnica, sendo a secção escolhida, a menor de entre todas aquelas que satisfazem as diversas condiçþes regulamentares exigidas, atendendo a que corresponde ao menor investimento inicial. Atendendo a que cada vez ĂŠ mais elevado o custo da energia elĂŠtrica devem ser realizados todos os esforços no sentido de minimizar os gastos desnecessĂĄrios ao bom funcionamento das instalaçþes. Durante o tempo de vida Ăştil de uma canalização elĂŠtrica, que pode em mĂŠdia considerar-se compreendida entre 20 e 30 anos, os custos associados ao desperdĂcio de energia, por efeito Joule, pode ter um peso muito sig
PĂľe-se, portanto, tambĂŠm no domĂnio do dimensionamento das
ponsåvel pela conceção de uma instalação elÊtrica deverå procurar não somente a solução tÊcnica funcional da mesma mas preocupar-se que
A abordagem dum projeto elĂŠtrico sob o ponto de vista tĂŠcnico deverĂĄ garantir o funcionamento esperado da instalação e o cumprimento de todos os requisitos legais de dimensionamento aplicĂĄveis, que no dimensionamento das canalizaçþes elĂŠtricas sĂŁo: a) Limitação da corrente admissĂvel nos condutores; b) Limitação da queda de tensĂŁo; c) Proteção contra as sobrecargas; d) Proteção contra os curtos-circuitos. Sob o ponto de vista energĂŠtico deverĂĄ contemplar os seguintes pontos: a) Minimização de perdas no sistema de distribuição; b) Redução das perdas devido ao desperdĂcio na utilização do equipamento elĂŠtrico; c) Redução das perdas associadas aos problemas associados Ă qualidade da energia; d) Prever as instalaçþes para incorporarem aparelhagem de conta
torias elÊtricas. O projeto das instalaçþes elÊtricas deve responder a critÊrios de ordem tÊcnica, nomeadamente no que se refere à garantia da proteção das pessoas e instalaçþes, mas contrapþem-se necessariamente os aspetos de ordem económica; e resultarå do compromisso entre estas !
mais acertada para uma dada instalação.
2. DIMENSIONAMENTO TÉCNICO O dimensionamento e proteção de canalizaçþes elÊtricas são realizados tendo em conta o articulado de diversos regulamentos que constituem textos legais do Estado Português, entre os quais se destacam as Regras TÊcnicas de Instalaçþes ElÊtricas de Baixa Tensão (Portaria www.oelectricista.pt o electricista 53
n.Âş 949-A/2006 de 11 de setembro), aos quais se juntam as condiçþes fĂsicas e tĂŠcnicas do sistema e as caraterĂsticas da aparelhagem de proteção.
nalizaçþes elĂŠtricas de Baixa TensĂŁo sĂŁo: " Limitação da corrente admissĂvel nos condutores; " Limitação da queda de tensĂŁo; " Proteção contra as sobrecargas; " Proteção contra os curtos-circuitos. Devendo, em termos tĂŠcnicos, ser considerada a maior secção de entre todas as obtidas.
i. Limitação da corrente admissĂvel O critĂŠrio de dimensionamento de limitação da corrente admissĂvel tem como objetivo garantir que as temperaturas a que os condutores sĂŁo sujeitos durante o seu funcionamento, sĂŁo inferiores Ă sua temperatura admissĂvel, isto ĂŠ: IB # IZ Onde: IB Corrente de serviço de um circuito (corrente destinada a ser transportada por um circuito em serviço normal); IZ Corrente permanente admissĂvel de um condutor (valor mĂĄximo da corrente que pode percorrer, em permanĂŞncia, um condutor em $
% A corrente de serviço de um circuito (IB) ĂŠ determinada atendendo ao valor da potĂŞncia instalada no circuito a dimensionar, ao rendimento dos equipamentos, assim como aos fatores de simultaneidade (Ks) e de utilização (Ku) aplicĂĄveis ao funcionamento dos diversos equipamentos. Su = Pu2 + Qu2 Onde: Pu = Pi Ă— Ku Ă— Ks Qu = Qi Ă— Ks A corrente permanente admissĂvel de um condutor (IZ) encontra-se de &'*78' !
seguintes fatores: " Modo de instalação da canalização; " Isolamento dos condutores; " Material da alma condutora; " Número de condutores carregados; " Secção.