artigo tĂŠcnico
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eletrificação rural nas regiĂľes tropicais em desenvolvimento CONSIDERAÇÕES GERAIS E ALGUMAS PROPOSTAS PARA A SUA SOLUĂ‡ĂƒO. Diogo M. P. Oliveira, JoĂŁo C. F. Francisco ESTG, Instituto PolitĂŠcnico de Leiria, Portugal.
O presente trabalho foi desenvolvido com base, e no seguimento, do projeto final de curso da licenciatura em Engenharia EletrotĂŠcnica, que concebemos e desenvolvemos no ano letivo de 2012/2013 na Escola Superior de Tecnologia e GestĂŁo do Instituto PolitĂŠcnico de Leiria, intitulado de “Sistema Integrado de Produção, Transporte e Distribuição de Energia ElĂŠtrica na Ilha de Bazarutoâ€?. Pretende definir e sistematizar alguns conceitos bĂĄsicos orientadores da elaboração do referido projeto e a formulação de um conjunto de propostas, que poderĂŁo ser tidas em consideração para a conceção e desenvolvimento de soluçþes, passĂveis de serem adotadas em trabalhos futuros da mesma Ăndole.
Ê um fator (experimental) de majoração que representa uma margem de segurança que se recomenda no cålculo de potência elÊtrica global a fornecer, o qual pretende traduzir a eventualidade do número de cargas elÊtricas a abastecer e/ou das respetivas potências elÊtricas de ponta virem a exceder os valores considerados.
Designando-se por “iâ€? a taxa anual mĂŠdia estimada para o crescimento da potĂŞncia elĂŠtrica (de ponta) requerida por uma regiĂŁo ao longo de um determinado perĂodo temporal (por exemplo, desde o inĂcio atĂŠ ao horizonte do projeto a ser concebido e desenvolvido), poderĂĄ a mesma ser expressa pela relação P(t) = Po (1 + i)t ilustra na Figura 1. P(t) PHP Pmed P0 0
1. SOLUÇÕES TÉCNICAS
HP
t(anos)
Figura 1. &XUYD GH HYROXмR GD SRWQFLD HOWULFD UHTXHULGD
1.1. PotĂŞncias elĂŠtricas a fornecer
trica global requerida por uma determinada regiĂŁo a ser abastecida de energia elĂŠtrica, poderĂĄ ser determinado atravĂŠs da expressĂŁo: n
Po = 1,15 Fs
∑P
k
Atendendo a que P = Po (1 + i) Ê o valor e potência elÊtrica que se estima vir a ser fornecida no horizonte do projeto (t = ), o seu valor mÊdio (Pmed) – essencial para o cålculo da secção económica dos condutores da linha elÊtrica de abastecimento da região em estudo – poderå ser determinado atravÊs da seguinte expressão:
k=1
em que:
∑
Pmed =
n
Pk ĂŠ o somatĂłrio das potĂŞncias elĂŠtricas de ponta estimadas para todas as cargas elĂŠtricas incluĂdas na regiĂŁo a ser abastecida; Fs ĂŠ o fator de simultaneidade (tambĂŠm designado fator de diversidade) resultante, na prĂĄtica, da improbabilidade da ocorrĂŞncia simultânea das potĂŞncias elĂŠtricas das “nâ€? cargas a abastecer, cujo valor poderĂĄ ser calculado atravĂŠs das seguintes expressĂľes: Instalaçþes de utilização no âmbito das habitaçþes (individuais ou coletivas) e dos serviços comuns de edifĂcios coletivos: k=1
Fs = 0,2 +
0,8 n
Restantes instalaçþes de utilização (administrativas, comerciais, industriais, escolares, desportivas, agrĂcolas, entre outras): Fs = 0,5 +
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0,5 n
âˆŤ 0HPP(t) dt
=
âˆŤ 0HPPo (1 + i)t dt
=
âˆŤ Po
0
HP
(1 + i)t dt =
Po (1 + i) – 1
Log(1 + i)
Para os valores correntemente considerados para “ ! "#$ %$ & e para “iâ€? (1% a 3%) podemos considerar, sem erro apreciĂĄvel, que: Pmed * $ %4 "Po + P & * $ %4 Po [1 + (1 + i) ]
1.2. TensĂľes elĂŠtricas a adotar Nas situaçþes em que uma linha de transmissĂŁo e/ou distribuição de energia elĂŠtrica se destina a ampliar uma rede jĂĄ existente, ou nas que se admite que, futuramente, a linha possa vir a ligar-se Ă mesma, a solução tĂŠcnica, mais corrente e mais econĂłmica, consiste em adotar-se para a linha elĂŠtrica em apreço, uma das tensĂľes elĂŠtricas disponĂveis nessa rede. Para as restantes situaçþes distintas das anteriormente referidas, hĂĄ que se considerar o aspeto econĂłmico na transmissĂŁo/distribuição, isto ĂŠ, a adoção de uma tensĂŁo elĂŠtrica – dita “tensĂŁo econĂłmicaâ€? – que torne mĂnimo o valor do encargo anual global resultante do