Aproxima-se a nova vaga da IIoT indústria
4.0
robótica
12
Rui Monteiro Diretor da Unidade de Negócio de Indústria da Schneider Electric Portugal
vozes de mercado
É ponto assente que a Industrial Internet of Things (IIoT) é o futuro da indústria. Este é um facto reforçado pela potenciação e transformação de negócio que está desde já a impulsionar – é esta a nova vaga da IIoT.
A IIoT já está a mudar, e vai mudar ainda mais, a forma como vivemos e trabalhamos. Irá criar e impulsionar novas oportunidades económicas, estimando ‑se que até 2020 o seu impacto no PIB global ascenda aos 14 triliões de dólares. Além dos novos serviços de IIoT eis outras 4 consequências previsíveis da IIoT:
1. A proliferação de aplicações IIoT estará, lado a lado, com a proliferação das habituais Apps para o consumidor Sejam dedicadas à cadeia de abastecimento, linha de produção, rede de energia, gasodutos, sistemas de água ou cidades inteligentes, está a ser desenvolvida uma nova vaga de aplicações IIoT, em paralelo com a proliferação de apps para a Internet do consumidor. Para clientes finais e fabricantes de máquinas, a IIoT, cloud e Big Data estão a criar desde já oportunidades de negócio reais. A IIoT não só melhora a comunicação entre máquinas e pessoas, como está também a abrir caminho para a próxima vaga de serviços empresariais personalizados de valor agregado. Em 2013, a Gartner já previa que em 2020 mais de 80% do lucro dos fornecedores de IoT será gerado através de serviços. A IIoT representa uma oportunidade significativa para os fabricantes de máquinas ao melhorar a sua produtividade operacional e o desempenho das máquinas que desenvolvem aos seus clientes. A produtividade humana é também uma área com um enorme potencial de melhoria graças aos serviços relacionados com a IIoT. A IIoT e os serviços associados irão otimizar a eficiência dos operadores, qualquer que seja a sua idade e experiência. Num curto período de tempo, os nativos digitais constituirão a maior parte da força de trabalho, o que significa que passaremos de um cenário com recursos humanos com uma idade média de 50 anos para um novo cenário em que a idade média ronda os 20 anos, e con-
sequentemente com uma menor experiência e diferentes práticas de trabalho. Contudo existirão ferramentas digitais que poderão agregar o conhecimento de colaboradores mais experientes, que posteriormente será disponibilizado de forma a dar suporte à preferência dos novos colaboradores por práticas de trabalho digitais. Referimo-nos a ferramentas como aplicações de realidade aumentada, QR Codes dinâmicos e acesso a um suporte online.
Organizações como a IIC (Câmara Internacional de Comércio) estão na linha da frente na ajuda à indústria e aos governos para unir forças no desenvolvimento de métodos e normas comuns, para a simplificação do desenvolvimento de aplicações e plataformas IIoT que sejam interoperáveis e impactantes. A tecnologia existente já está a começar a tornar máquinas e sistemas mais acessíveis em termos de custo, mais rápidos, mais inteligentes e, finalmente, mais eficientes e produtivos.
2. O volume de “coisas” na IIoT irá aumentar drasticamente Como serão as novas “coisas” da IIoT? A resposta a esta questão é, maioritariamente, ditada pela imaginação. Agora que dispositivos podem comunicar com controlos, software, operadores e aplicações de análise de dados, os dispositivos IIoT vão ser os blocos de construção de todos os sistemas e processos inteligentes. Deixo-vos alguns exemplos: • tubos com sensores para a deteção de vazamentos para uma gestão e distribuição inteligente da água; • as máquinas no processo de fabrico irão monitorizar o seu próprio desempenho e status, dando início à “planta inteligente”; • até a deslocação para o trabalho será mais eficiente e inteligente, recorrendo a veículos autónomos, alavancados pela IIoT.
3. A inovação será gerada tanto por startups como por grandes empresas Um dos desenvolvimentos mais emocionantes da IIoT é a onda de inovação que