a água do nosso (des)contentamento

Page 1

nota técnica

84 a água do nosso (des)contentamento

dossier sobre domótica 87 Tecnologia LED e o efeito ricochete 91 KNX IoTech

reportagem 93 DLOFT: a marca que reúne produtos e uma equipa certificada KNX com 36 anos de experiência

case-study

96 M&M Engenharia Industrial: a nova Plataforma EPLAN 2023: engenharia simplesmente mais rápida 99 THREELINE Technology: domótica como solução em Centros Comerciais e grandes espaços

informação técnico-comercial 101 novidades JUNG

103 Light + Building 2022: LEDVANCE apresenta uma gama completa para eficiência energética e soluções conectadas

105 Schneider Electric Portugal: o fundamental para uma casa mais personalizada, eficiente e segura 107 Weidmüller – Sistemas de Interface: proteção contra sobretensões com funcionalidades IoT: monitorização do estado em tempo real

formação

109 fontes de energia e o futuro do planeta (III Capítulo - 3.ª Parte)

a água do nosso (des)contentamento

Desde há séculos que o ser humano estabelece as suas bases de vida, aglomerando-se em locais que entre outras coisas possua acesso à água. Diz-se que a água é “fonte de vida”, e de facto nenhum ser humano sobrevive sem esse precioso líquido.

Porém, a utilização da água não se esgota na satisfação básica da vida do ser humano, porquanto as suas utilizações são imensas, desde a rega das plantas que também nos fazem muito falta até à produção de energia elétrica, razão pela qual se construíram muitas barragens destinadas a aproveitamentos hidroelétricos. Vivemos um período de seca que colocou a maioria das barragens europeias em situação de reserva baixíssima, colocando não só em causa o abastecimento público para consumo humano, mas também a produção hidroelétrica que em Portugal tem elevada expressão na produção de energias renováveis. As últimas notícias dão conta que Espanha vai cortar nos volumes de água que fluem de lá para cá nos principais rios que cruzam os dois países: Minho, Douro, Tejo e Guadiana.

Durou anos a polémica e o arrastar da construção da barragem do Alqueva, e hoje todos reconhecem a importância primordial daquele lago artificial na economia alentejana. A agricultura desenvolveu-se enormemente, a produção de eletricidade tem expressão importante e os desportos náuticos e de natureza também se desenvolveram imenso para bem da economia local. Não se percebe porque ainda não houve a ideia de realizar transvases do Alqueva para o Algarve, região muito deficitária no acesso à água.

Temos ainda um rio com enorme potencial por explorar: o rio Côa. Trata-se de um rio que adquire caudais muito elevados, mais de 500 m3 segundo, quando há degelo na Serra da Estrela ou quando a pluviosidade assim o determina. Sabemos da importância das gravuras rupestres lá encontradas, mas também sabemos que as rochas que as contêm poderiam ser facilmente cortadas a jato de água e colocadas no museu, até devido às suas reduzidas dimensões. A barragem do Côa iria permitir importante armazenamento de água, apenas superado pelo Alqueva, e de importância enorme para garantia de um potencial de água num rio apenas nacional, tanto para abastecimento público, para transvases para as culturas de frutas na Cova de Beira e ainda para produção de eletricidade, colocando em funcionamento, mesmo no verão, as cinco barragens do Douro que se encontram desde a sua foz até chegar ao mar. De que estamos à espera para tomar uma decisão inteligente?

Utilizando uma expressão brejeira inscrita há muitos anos nas imediações do Alqueva, eu também escreveria lá em Foz Côa “CONSTRUAM-ME PORRA!!!!”

O ser humano e planeta agradecem.

O futuro é elétrico!

www.oelectricista.pt o electricista 81 nota técnica 84
Josué Morais, Diretor Técnico

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.