fontes de energia e o futuro do planeta (3.ª Parte)

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formação

fontes de energia e o futuro do planeta III CAPÍTULO A MOBILIDADE E SUA SUSTENTABILIDADE FUTURA EM ENERGIA. 2.ª PARTE Hilário Dias Nogueira

ALGUNS CUIDADOS A TER COM BATERIAS DE CARROS ELÉTRICOS Notas importantes para: 1. Escolher o veículo elétrico que melhor se adapte ao seu interesse Porque são veículos com limitações, nomeadamente a nível de distância a percorrer. Velocidades e tipo de terreno a utilizar. Avaliar o estilo de condução que vai ser sujeito 2. Proteja o veículo de temperaturas extremas As diferenças de temperatura conduzem a uma perda de consumo de energia acumulada nas baterias. 3. Não carregar a bateria a 100% A melhor forma de conservar a bateria é optar por não deixar descarregar a menos de 20% nem carregar a mais de 80%, evita a degradação dos componentes e reduz substancialmente o tempo de vida útil. 4. Carregue a bateria à noite O carregamento durante o dia, principalmente nos dias de calor sobreaquece-a e aumenta a sua degradação. 5. Evitar os carregamentos rápidos a 100% Não é proibitivo, mas sempre que possível deve evitar-se o carregamento rápido e frequente. Deixar esta possibilidade para uma emergência fortuita. Não esquecer que algumas baterias podem atingir os 80% de carga em 20 minutos. O uso frequente deste tipo de carregamento (100%) reduz cerca de 1% da capacidade da bateria por ano. 6. Carregar a bateria sempre que possível Por mais curta que a viagem seja o ideal é deixar o carro a carregar até aos 80% da capacidade. A bateria tem sempre uma pequena descarga quando não usada.

O CARRO ELÉTRICO Os carros elétricos vieram para ficar durante muito tempo, mas a inovação será certa e a escolha vai ter de se adaptar, e, quem tem de pagar as investigações e tecnologias adotadas, nos entretantos, são os utilizadores. Prevê-se não ser possível continuar a fabricar baterias para carros elétricos com iões de lítio devido à falta de minerais. O problema da matéria prima não é o lítio, mas sim os outros minerais (níquel e cobre), que sem eles não é possível continuar a fabricar as baterias para os carros elétricos. Será que pode ser esta a realidade do fim dos carros elétricos? A verdadeira causa sobre a escassez deste tipo de minerais é manifestável pela grande procura e porque o setor mineiro não explorou o suficiente nos últimos anos tendo em vista o desenvolvimento industrial destes minérios. www.oelectricista.pt o electricista 80

Essa situação provocou uma grande falta destes minerais no mercado que agora escasseiam para as atuais necessidades. Já há investigações com outros materiais, como o potássio que existe com abundância no planeta e com custos muito mais reduzidos principalmente para a execução em packs de armazenamento que se destinam a serem utilizadas nos SEE. Nos estudos efetuados, verificou-se que as baterias com eletrólito de potássio podem ser mais eficientes e mais económicas que as de lítio, mas a tecnologia de exploração é ainda uma questão problemática devido à sua reatividade, tornando-as muito perigosas na manipulação, com o agravante de necessitar de um material para elétrodos mais eficientes e que suporte os iões de potássio mais pesados que os de lítio. Os veículos elétricos são o futuro e esta realidade é hoje de tal forma compreensível que nem os apologistas dos motores de combustão tentam desmentir. Porém, uma coisa é o automóvel elétrico e outra, totalmente diferente, é o elétrico alimentado por bateria que agora já tem definido a sua reciclagem como acima foi descrito e era uma lacuna existente. Há um outro tipo de veículo elétrico que consegue ter as vantagens dos elétricos a bateria, refiro-me aos carros a fuel Cell (hidrogénio), ou célula de combustível. São modelos que em vez de se movimentarem com a eletricidade que retiram da rede, produzem-na na sua contextura. Também possuem uma pequena bateria, mas apenas de cerca de 1,6 kWh – muito mais pequena do que as de 40, 60 ou 100 kWh montadas nos veículos alimentados a partir de acumuladores que são utilizados exclusivamente para a fase de arranque e para garantir apoio aos picos de potência. Na realidade, as células de fuel Cell montadas em série, realizam a operação inversa à eletrólise da água. Em vez de se fornecer energia para separar o hidrogénio do oxigénio, as células de combustível produzem energia elétrica ao juntar o H2 que existe no tanque ao oxigénio retirado do ar, gerando no processo água pura. Este é o princípio de funcionamento de um veículo japonês, o mais vendido dos automóveis de célula de combustível a hidrogénio, que abastece entre 3 e 5minutos 5 kg de hidrogénio o que lhe dá uma autonomia para percorrer 550 km (segundo o método NEDC, ou seja, cerca de 450 km de autonomia em condições mais próximas da realidade). Este processo permite não se ligar à rede elétrica e nem emitir qualquer emissão nociva. O hidrogénio vai ser um dos gases combustíveis a utilizar na transição para uma economia descarbonizada até 2050 e realço que esta aposta não é recente e acaba por ser o resultado da pretensão de Portugal em ser um dos primeiros Países independente dos produtos fosseis. Sines dará o arranque inicial de vários projetos que tem a finalidade de produzir hidrogénio verde. É nesta futura central que será testada a produção de hidrogénio por eletrólise a partir da água do mar.


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