REPORTAGEM
CongrEGA 2022: 1.a edição do Congresso Nacional de Engenharia e Gestão de Ativos Helena Paulino
A 26 e 27 de maio decorreu no ISEC - Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, o 1.º Congresso Nacional de Engenharia e Gestão de Ativos que, durante 2 dias, acolheu um amplo debate sobre os melhores caminhos e as melhores estratégias para as organizações nas quais a engenharia e a gestão de ativos são estruturantes. O CongrEGA 2022 juntou cerca de 150 participantes e pretende ser o pontapé de saída de outros congressos, jornadas e fóruns sobre estes temas.
da Beira Interior); e Nuno Almeida do IST (Instituto Superior Técnico).
CONGREGA 2022 CONSOLIDOU E SISTEMATIZOU CONHECIMENTO
O
CongrEGA foi desenhado tendo como objetivo consolidar e sistematizar o conhecimento técnico e científico na área da engenharia e gestão de ativos, com uma abordagem transversal a todos os setores de atividade. Desta forma é possível ocorrer uma maior aproximação de empresas, instituições de ensino superior e centros de investigação, numa relação win-win e de transferência de conhecimentos, sem descurar o importante debate sobre os melhores caminhos e visões estratégicas para todas as organizações onde a abordagem da engenharia e também da gestão de ativos sejam estruturantes na sua atividade. Até porque desta forma há uma maior capacitação dos profissionais e também dos ainda alunos para uma maior competitividade das empresas e organizações, públicas e privadas. Da Academia e das empresas surgiram neste evento 62 trabalhos técnicos que foram
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apresentados nestes 2 dias e que abordavam os seguintes temas: gestão estratégica; planeamento da gestão de ativos; risco e resiliência; atividades do ciclo de vida; análise de fiabilidade; gestão de infraestruturas críticas; gestão de dados e informação; desempenho e condição de ativos físicos; economia circular; objetivos de desenvolvimento sustentável; digitalização e gestão de ativos; políticas públicas; normas e regulamentação técnica; processos e gestão organizacional; sistemas de gestão; funções financeiras e não financeiras na gestão de ativos. O CongrEGA foi organizado pelo ISEC em parceria com a APMI – Associação Portuguesa de Manutenção Industrial. Importante referir que da Comissão Organizadora faziam parte Torres Farinha, Inácio Fonseca, Hugo Raposo e José Luís Martinho, todos do ISEC; Daniel Gaspar do IPV (Instituto Politécnico de Viseu); Edmundo Pais da UBI (Universidade
O CongrEGA 2022 vai marcar o ponto de partida para congressos, jornadas e fóruns similares, com uma realização periódica e de abrangência vasta e crescente até porque esta área tem muitos temas adjacentes. O que justificou que estes 2 dias tenham tido muitas comunicações divididas por 15 temas principais. O dia 26 de maio foi pautado por 8 temas, começando o dia com a apresentação de Nuno Marques de Almeida sobre os Fundamentos e perspetivas de inovação na gestão de ativos de engenharia. O restante dia foi dividido em 8 temas – economia e finanças na gestão de ativos de engenharia, desempenho e condição de ativos físicos, sistemas de gestão e processos, ativos de informação e digitalização, sustentabilidade e políticas públicas, atividades do ciclo de vida, estratégia e planeamento, e resiliência, risco e fiabilidade. Cada um destes temas tinha 4 apresentações, das quais destacamos as apresentações de Filipa Salvador do LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil) e de Caropul Mendes do ISEC sobre os efeitos económicos da gestão de ativos, Jorge Sousa da WEGeuro abordou a monitorização e gestão de ativos com o Motion Fleet Management, Pedro Rompante da OPERTEC/UBI apresentou a georreferenciação de ativos médicos, José Sobral do ISEL destacou a influência das caraterísticas tribológicas na vida das chumaceiras de escorregamento e nas chumaceiras de rolamento. No final destas apresentações ocorreu a apresentação do livro “La gestion d’actifs” de Celso Azevedo e teve ainda lugar uma mesa redonda com a Comunidade Portuguesa de Gestão de Ativos. Tendo como