Rui Filipe Matos: “Soldadura robotizada permite uma maior eficiência e produtividade”

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por Helena Paulino

A Universal Robots desenvolveu uma parceria com a ELECTREX para soluções de soldadura robotizada, à semelhança do que já existe em outros países e com outros fabricantes. A revista "Robótica" falou com responsáveis das duas empresas para conhecer a solução recentemente lançada. Rui Filipe Matos, Research & Development Director da ELECTREX falou-nos da ELECTREX e deste projeto da automatização da soldadura em particular, realçando as suas enormes vantagens - maior eficiência e produtividade, redução de custos, economia de tempo e flexibilidade nas tarefas executadas pelo robot. Miguel Oliveira, Sales Development Manager da Universal Robots, explicou que a falta de soldadores tem levado muitas empresas a apostar na adoção de robots colaborativos da Universal Robots na automatização de processos de soldadura, pela facilidade de programação e flexibilidade dos robots.

robótica

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entrevista

“Soldadura robotizada permite uma maior eficiência e produtividade”

Revista "robótica" (rr): A ELECTREX foi a primeira empresa portuguesa a desenvolver e fabricar uma máquina de soldadura em Portugal, e por isso deverá ser a empresa que melhor pode avaliar e descrever o estado de arte da soldadura em Portugal. Como a define? Rui Filipe Matos (RFM): De facto, em 1946, o Sr. João Rodrigues de Matos iniciou o fabrico de máquinas de soldadura

para elétrodos revestidos, sendo pioneiro em Portugal nesta área de atividade. Até aos dias de hoje, como é normal em todos os domínios de atividade industrial, as tecnologias e processos aplicáveis aos equipamentos de soldadura evoluíram bastante. A empresa João R. Matos, S.A. é detentora da marca registada ELECTREX e fabrica equipamentos bastante avançados, com a aplicação das mais modernas tecnologias de fontes de potência

inverter. Face às grandes empresas internacionais concorrentes, e tendo em conta a dimensão da ELECTREX, consideramos estar ao nível das mesmas. Possuímos um laboratório de ensaios e um núcleo de I&DT interno (NITREX), que se dedicam ao desenvolvimento de produtos. Estamos em constante contacto com diversas empresas para a criação de parcerias e desenvolvimento de novas soluções. rr: Com 75 anos e uma administração que reúne a 3.ª geração da família Matos, como encara a ELECTREX o futuro e o que perspetiva para o mesmo? RFM: A ELECTREX encara o futuro com confiança e com adaptação a um mercado em constante mudança. Estamos a antecipar as tendências e, com o potencial humano e tecnológico que temos, iremos aproveitá-las. O cliente, seja ele distribuidor ou utilizador final, é uma das grandes fontes de informação e até inspiração que utilizamos para encarar o futuro. Perspetivamos no mundo da soldadura as crescentes automatização, digitalização e normalização dos processos, a preocupação ambiental e a segurança, formação e qualificação dos operadores e de todos os recursos humanos envolvidos. Temos um longo caminho a percorrer, contudo temos um plano estratégico muito ambicioso que já começa a dar frutos no presente. rr: Como surgiu a parceria com a Universal Robots para soluções de soldadura robotizada e qual a importância da mesma para a ELECTREX? RFM: Esta parceria surgiu na sequência de um contacto do Miguel Oliveira (Universal Robots) e da vontade da ELECTREX em inovar e crescer ao nível da automatização da soldadura e está a permitir-nos explorar uma nova área de atuação, contribuindo para o nosso crescimento e know-how.


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