Construção de máquinas: o futuro promete Os componentes normalizados do futuro.
Martin Ahner Instrutor de produto e Diretor norelem Ibérica, S.L.
robótica
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nota técnica
A conceção de máquinas para desempenho futuro é sempre uma tarefa complexa que exige a consideração de vários fatores, como as tecnologias emergentes, o fabrico e a montagem. De forma a reduzir a incerteza, é sempre aconselhável a utilização de componentes normalizados.
Atualmente, a preparação das suas máquinas e componentes para o futuro é cada vez mais popular nos setores de fabrico e da engenharia. É essencial garantir a implementação de processos eficientes para minimizar imprevistos e interrupções, uma vez que as interrupções na produção implicam atrasos nas entregas dos produtos. Por sua vez, isto resulta na frustração dos clientes e consumidores. A garantia do desempenho futuro dos seus ativos mais importantes é particularmente difícil quando se usam peças personalizadas. Daqui a 5, 10 ou 20 anos, estes componentes personalizados poderão já não estar disponíveis, sendo quase impossível saber se será possível substituir esses componentes caso falhem ou se será necessário renovar toda a máquina em questão.
Considerando que os fabricantes estão sob constante pressão para inovarem e os engenheiros projetistas para criarem essas visões e máquinas, a utilização de componentes normalizados pode ajudar a concretizar essas ideias. Mas não só – os componentes normalizados podem ajudar a prolongar a vida útil das máquinas e a aumentar o seu retorno sobre o investimento.
TENDÊNCIAS NA PREPARAÇÃO DE MÁQUINAS PARA O FUTURO Todas as empresas estão potencialmente em risco no que se refere a períodos de inatividade das máquinas e interrupções na produção, sendo, por isso, essencial preparar os processos para o futuro. Incluem-se aqui processos como a produção de aditivos e a Impressão
3D, robótica e automação, investimentos na IdC e até tecnologia usável/vestível (wearables). Em alguns casos, as novas tecnologias permitem que fabricantes vanguardistas apresentem verdadeiras inovações próprias. Mas é complicado escolher as mais adequadas para o que se pretende e isso exige evidentemente uma motivação para tal investimento. A Impressão 3D permitiu que os setores de fabrico e da engenharia avançassem em direção a uma nova era de tecnologia e eficiência. Sendo um processo aditivo, o fabrico com recurso a impressão 3D reduz o desperdício de materiais, bem como o tempo de processamento e o equipamento necessário. Posto isto, existem alguns fatores que poderão não ser adequados para determinadas empresas, como imprecisões no design, questões relacionadas com direitos de autor e reduções de postos de trabalho no setor de fabrico, o que implica um menor toque humano nestes processos. A robótica e a automação também apresentam vantagens e desvantagens semelhantes; podem significar eficiência, fiabilidade e consistência em termos de produção e custos de produção inferiores; no entanto, exigem investimentos avultados e implicam incertezas junto dos trabalhadores quanto aos seus postos de trabalho.
DESAFIOS NA PREPARAÇÃO DE MÁQUINAS PARA O FUTURO Para assegurarem a sua própria proteção contra interrupções globais catastróficas, os fabricantes têm que tomar medidas para garantir a flexibilidade e a resiliência das suas operações de fabrico. No que se refere à cadeia de produção, isto significa mudar de uma abordagem globalizada para uma mais localizada. Um investimento avultado também constitui um desafio importante para os fabricantes em termos de atualização