Óleos para motores a gás

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Óleos para motores a gás

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Nos últimos anos tem havido uma grande evolução no que diz respeito aos óleos para motores a gás através de uma evolução constante, quer nos óleos base utilizados quer na tecnologia dos aditivos.

assim, uma economia no volume de óleo utilizado, nas intervenções de manutenção necessárias e, com isto, uma maior disponibilidade do motor para realizar a sua principal função: produzir energia e calor. Desde já agradecemos à Energetus a disponibilidade e abertura demonstradas para a realização deste teste. O objetivo do teste foi, como atrás se disse, passar de um período de mudança de óleo de 750 a 800 horas com o O teste foi realizado entre outubro de 2012 e outubro de 2013 com um motor Deutz TBG 620 V16K conhecido por, devido ao limitado volume do cárter (cerca de 265 litros), ser bastante exigente quanto à qualidade do lubrificante.

Pedro Vieira Lubrigrupo

Durante este período foram feitas duas mudanças de óleo, a primeira às 1600 horas (ainda haveria vestígios do óleo anterior) e a segunda às 2300 hoEsta evolução, no caso da Mobil, foi

biogás, aumentando ao mesmo tem-

ras. Este teste foi seguido através de

evidenciada através do lançamen-

po o intervalo de mudança do óleo.

análises regulares ao óleo do motor

to no mercado de alguns óleos que

Para a documentar estas evolu-

trouxeram, de um modo geral, uma

ções foram realizados alguns testes

grande evolução na longevidade atin-

que, em seguida, documentamos.

realizadas no laboratório Signum da ExxonMobil em Roterdão. Através dos resultados das análises foi observado o seguinte:

gida devido às bases utilizadas, sendo que num dos novos óleos também foi

GÁS NATURAL

Evolução da viscosidade ao longo

igualmente lançado um novo produto

Teste de performance

dade se manteve sempre dentro dos

que tem como principal caraterísti-

Foi realizado um teste num motor a

limites da MWM e não excedeu 3cSt

ca diminuir o problema da deposição

gás natural para demonstrar a possibi-

de diferença entre o valor inicial e o

do silício no interior da câmara de

lidade de se prolongar a mudança de

valor final em ambas as cargas de óleo.

combustão e do pistão dos motores

óleo de um motor a gás com um óleo

a trabalharem com gás de aterro e

de tecnologia diferente permitindo,

demonstrado que o consumo de com-

do teste: verificou‑se que a viscosi-

bustível também foi melhorado. Foi

Nitração e oxidação – tendências observadas ao longo do teste •

Verificou‑se que a nitração ao longo do período de teste esteve

Viscosidade ao longo do período de teste

Kinematic viscosity at 100º C

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informação técnico-comercial

óleo até aí utilizado para as 2000 horas.

sempre muito abaixo do limite recomendado pela MWM;

20.0 19.0 18.0 17.0 16.0 15.0 14.0 13.0 12.0 11.0 10.0

Por outro lado verificou-se que a oxidação ao longo do período de teste foi sempre aumentando

V100C

para valores próximos do limite

Limite superior MWM

recomendado pela MWM embora

Limite inferior MWM

nunca o atingindo; • Observou‑se na primeira carga de Mobil Pegasus 1005 um aumento

48 000 49 000 50 000 51 000 52 000 53 000 1.ª muda

2.ª muda

Horas do motor

mais rápido da oxidação em relação ao sucedido na 2.ª carga. Este facto


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