Poderá um único botão com defeito parar por completo a produção industrial?

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robótica

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Josep Maria Morillo Control & Signaling Product Manager, Schneider Electric Portugal

case study

Poderá um único botão com defeito parar por completo a produção industrial? Se algo de errado tiver de acontecer, vai acontecer, e será no momento menos oportuno. Um conceito tão antigo, quanto a própria humanidade. Conhecido em algumas partes do mundo como a “Lei de Murphy”, este velho provérbio refere-se aqueles objetos que, inexplicavelmente, parecem exibir um comportamento inaceitável para com as infelizes pessoas que com eles interagem. Ainda que não existam provas científicas da existência de tal fenómeno, na prática podem ocorrer "surpresas" inesperadas em empresas e indústrias que, com frequência, resultam em custos e perdas de produção inevitáveis.

Um simples defeito em qualquer botão, seja ele de marcha, um seletor ou um sinalizador luminoso, ilustra na perfeição o problema da Lei de Murphy. Ainda que representem 1% do custo total do equipamento conetado, uma única falha pode representar uma grande e imprevista despesa. Por exemplo, o painel de controlo de qualquer navio tem um sinalizador luminoso que indica se “todos os sistemas estão em funcionamento”. Se, por algum motivo, essa luz se fundir (o que acontece a todas, ao final de um certo tempo), pode desencadear uma série de procedimentos de segurança que pode levar mesmo à paragem do navio. Um barco fora de serviço, de forma imprevista, pode custar até 120 000 euros por cada hora de faturação perdida. Existem outros tipos de botões industriais que, se não tiverem a conceção ou a gestão correta, podem ter um grande impacto na segurança operacional. Por exemplo, o botão EPO (Emergency Power Off – paragem de emergência). O EPO proporciona uma forma rápida de garantir que os serviços de emergência não estejam expostos a tensões perigosas, nem às mais pequenas ameaças de incêndio. Ao pressionar o botão, a eletricidade, como fonte de alimentação de combustão, é desligada. Mas, e se o EPO falhar? Ainda que a Lei de Murphy seja, possivelmente, um mero produto da

imaginação humana, investir em botões robustos é muito importante. Com algumas estratégias simples, podemos reduzir a possibilidade de falhas imprevistas no serviço derivadas de botões defeituosos: • Especificações de produto à prova de falhas – Investir em botões mais fiáveis (como aqueles que têm IP69K), projetados para a utilização em ambientes severos, podem limitar os incidentes e falhas imprevistas. Deveria ser exigido aos vendedores que demonstrassem que os seus laboratórios de teste aderiram aos padrões de resistência e que os seus testes são realizados com componentes já utilizados. Os seus laboratórios devem estar acreditados por organizações como a UL, atendendo também às certificações internacionais. Além disso, os seus dispositivos devem ser resistentes à água, estar aptos para funcionar em grandes intervalos de temperaturas (de -40ºC a 70ºC) e serem resistentes a impactos, vibrações e produtos químicos corrosivos, para poderem garantir um ciclo de vida duradouro. • Manutenção preventiva – Deve sempre substituir-se um botão, antes que falhe. Recai sobre o fornecedor a responsabilidade de disponibilizar informação sobre o tempo de vida estimado (seja o número de operações garantidas, ou uma clara indicação

do tempo médio de falha em anos e meses), para que o utilizador final possa implementar um programa de manutenção preventiva, incluindo as previsões de trocas. Organização reativa – Em caso de falha no serviço, pode minimizar-se os danos com uma boa estratégia de reação rápida. Qualquer ação ou iniciativa orientada para limitar o tempo médio de reparação do equipamento, pode ajudar. Escolha fornecedores que tenham uma rede de distribuição extensa e global, sendo que poderá encontrar peças de substituição para os seus produtos perto das suas instalações de produção. Além disso, o seu fornecedor deverá facilitar-lhe a localização de um distribuidor perto de si. Ao adquirir botões, tenha em conta a sua qualidade e conceção tendo em vista o mínimo de peças de substituição necessárias para a sua reparação. Todos os produtos, inclusive, deverão estar configurados para que a sua instalação e montagem seja no menor tempo operacional possível.

Para evitar falhas inesperadas no seu equipamento industrial ou interrupções na sua produção, deve ter em conta qualquer possibilidade, incluindo a falha de interfaces simples de operação, como é o caso dos botões.

Um simples defeito em qualquer botão, seja ele de marcha, um seletor ou um sinalizador luminoso, ilustra na perfeição o problema da Lei de Murphy. Ainda que representem 1% do custo total do equipamento conetado, uma única falha pode representar uma grande e imprevista despesa.


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