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vozes do mercado
quando uma partícula de poeira pode ser tão grande como um iceberg
Espectral Telecomunicações
Quando o RMS Titanic começou a flutuar fora do seu dique seco em 1911, o seu arquiteto e proprietários anunciaram ‑no como “inafundável” e o navio mais avançado do seu tempo. Mas na fatídica noite de 14 de abril de 1912 essas declarações foram postas à prova e o Titanic afundou, condenado por um iceberg que ninguém viu até que fosse tarde demais.
Também é irónico que algo, como uma rede corporativa, possa ser afetado por partículas microscópicas de detritos. É exatamente o que acontece quando se permite que as extremidades da fibra contaminadas possam estar presentes no seu datacenter. Uma rede eficiente é a espinha dorsal de qualquer negócio bem-sucedido, e não há espaço para problemas de conetividade ou tempo de inatividade. Vários estudos têm demonstrado que a contaminação do conetor ótico é a maior causa de falha de fibra — e a indústria sabe disso. Então por que razão ainda é um problema que persiste e que tem aumentado? Na maioria dos casos, seguir um rigoroso “inspecionar antes de ligar” a fibra pode minimizar a contaminação e evitar reparações dispendiosas.
EVITANDO OS “ICEBERGS ” NA SUA REDE
Um avanço tecnológico altamente elogiado no engenho humano e engenharia literalmente afundou por causa de água congelada. Irónico.
A inspeção visual é a única maneira de saber se uma face da extremidade é verdadeiramente limpa, mas os olhos humanos não são fiáveis o suficiente. O objetivo é eliminar qualquer variabilidade no processo, e é aí que entram os padrões como o IEC 61300-3-35. Esta norma define os requisitos de inspeção para a qualidade do conetor e determina a sua substituição ou limpeza. Um microscópio especificamente projetado para a inspeção de fibra é a única maneira de determinar, sem dúvida, se os conetores estão limpos antes destes serem ligados/conetados. www.oelectricista.pt o electricista 64
O elemento mais crítico para salvaguardar as conexões de fibra de qualidade é assegurar uma correta limpeza e verificação do estado dos conetores. Ao trabalhar com fibras, apenas alguns mícrons de qualquer poeira ou sujidade pode ter um impacto significativo ao nível de potência óptico. Por vezes passam-se horas a configurar e otimizar a rede, a fazer debugging ao nível dos comandos operativos e de software, mas mais de 75% dos problemas têm a sua origem na parte física e, mais em concreto, nos conetores. Aqui estão algumas das fontes mais comuns de contaminação dos conetores de fibra: • Dust Caps – Estes ainda podem ser contaminados na própria fábrica onde são produzidos, ou após um manuseamento incorreto; • Bulkheads – Isto é onde a maioria das partículas podem residir devido à não-inspeção antes de ligar; • Pessoas – Uso correto e atento da fibra é sempre um fator a ter em mente aquando da manutenção da sua rede ótica; • Meio ambiente – Nem todas as fibras estão em datacenters com A/C e protegidos do meio exterior. As poeiras e sujidade existentes no meio ambiente podem encontrar “repouso” nos conetores das fibras; • Equipamento de teste – As pontas de teste devem sempre ser inspecionadas e se necessário, limpar antes do teste para evitar uma contaminação cruzada.
OS PADRÕES SÃO ELEVADOS. AS TOLERÂNCIAS SÃO BAIXAS As redes óticas têm percorrido um longo caminho, e as técnicas de projeto de produção erradicaram a maioria das dificuldades em conseguir o alinhamento do núcleo e o contacto físico entre conetores. Mas mesmo com esses avanços, persiste o desafio de manter uma extremidade imaculada. A inspeção visual é a única maneira de saber se uma face da extremidade é verdadeiramente limpa, mas os olhos humanos não são fiáveis o suficiente. O objetivo é eliminar qualquer variabilidade no