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dossier sobre remodelação de antigas instalaçþes elÊtricas
manual de prĂĄticas de iluminação: arte a iluminar a arte VĂtor VajĂŁo
Aproveitando a comemoração do Ano Internacional da Luz e os 45 anos de atividade como profissional de luminotecnia, na sequĂŞncia de um trabalho desenvolvido ao longo de trĂŞs anos, lançamos o livro acima citado. A ideia de escrever um livro fundamentado nos conhecimentos adquiridos com o estudo e, essencialmente, com as prĂĄticas de iluminar, foi tambĂŠm suscitada ao ler uma frase de Margaret Fuller: “Se tens A luminotecnia nĂŁo ĂŠ uma ciĂŞncia exata, por isso se diz ser uma sensibilidade Ă luz adquire-se atravĂŠs do saber olhar para poder ver
e sentir, aplicando-se esses conceitos nos projetos: da observação atenta do que se faz, muitas vezes se descobrem novas abordagens, em linha com o bem-estar, o conforto visual e a utilização racional da energia. vestigaçþes transversais em ciĂŞncias como a biologia da visĂŁo, a psi Por outro lado, os tempos de luminotecnia no paĂs nĂŁo correm de feição: numa ĂŠpoca em que tanto se fala de sustentabilidade energĂŠtica, tendo o consumo da iluminação muitas vezes uma quota superior a 30%, o ensino ĂŠ escasso e, tantas vezes quando existe, desatualizado; ĂŠ notĂłria a ausĂŞncia de sensibilidade para questĂľes luminotĂŠcnicas quase sempre apenas baseadas em nĂşmeros, esquecendo -se o bem-estar humano: ĂŠ a luz sem alma;
MANUAL DE PRĂ TICAS DE ILUMINAĂ‡ĂƒO DE VITOR VAJĂƒO
Vitor Vajão – engenheiro eletrotÊcnico, especialista em luminotecnia, membro da North America (IESNA), fundador e ex-Presidente do Centro Português da Iluminação (CPI), vogal da Comissão Executiva de Luminotecnica da Ordem dos Engenheiros – redigiu um Manual de Pråticas de Iluminação. Esta obra encontra-se profusamente ilustrada com dezenas de imagens originais, reproduzidas a cores, e privilegia informaçþes des
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ligados Ă criação de ambientes de luz – engenheiros, designers, arquitetos, decoradores, conservadores de museus – mas tambĂŠm aos estudantes nas ĂĄreas de engenharia eletrotĂŠcnica, arquitetura e museologia nas cadeiras de design da iluminação. Esta obra aborda os atuais conceitos para bem iluminar, incute sensibilidade, analisa as potencialidades das fontes de luz e dos equipamentos, diferenciando-se por mostrar pormenorizadamente “ â€?, com exemplos de obra feita. Este livro tem como subtĂtulo, “Arte a iluminar a Arteâ€? porque, segundo o autor: “Com luz ! "# "#
! $ $ % & ' () * +' , .! / , â€? Ao longo do Manual de PrĂĄticas de Iluminação encontramos capĂtulos sobre a sensibilidade da luz em termos de essĂŞncia do ver e do sentir, da luz e da emotividade e da iluminação museolĂłgica; alĂŠm das bases da luminotecnia como a luz e a cor, as grandezas luminotĂŠcnica e a terminologia mais frequente; a iluminação museolĂłgica com a ambiĂŞncia emocional, o desenho da luz, os cĂĄlculos luminotĂŠcnicos e os equipamentos de medida; os sistemas de iluminação onde aborda as fontes de luz, os aparelhos, os
componentes, o comando e o controlo da luz; ainda temos um capĂtulo que descreve como se constrĂłi um ambiente luminoso em termos de fachadas, acessos interiores e espaços expositivos; e outro capĂtulo onde se fala da execução da iluminação museolĂłgica com os elementos bĂĄsicos para a sua conceção, tal como a montagem luminotĂŠcnica e a iluminação em planos verticais, os objetos tridimensionais, as encenaçþes museolĂłgicas e os nĂşcleos expositivos e as exposiçþes temporĂĄrias itinerantes, alĂŠm da luz complementar em edifĂcios, como a luz de serviço, a luz de vigilância e alarme e a luz de segurança tal como as operacionalidades das instalaçþes. Tudo o que encontramos nesta obra !" # # $ dedicados Ă luminotecnia, sobretudo ao trabalhar com ambiĂŞncias de grande exigĂŞncia qualitativa como as do patrimĂłnio artĂstico, seja este cultural, religioso ou arquitetural. Os conceitos de luz desenvolvidos a partir destas abordagens em ambiĂŞncias rigorosas pretendem, sempre, incrementar a capacidade visual com uma ambiĂŞncia mais adequada ao bem-estar do ser humano Ă custa de menores recursos energĂŠticos.