“as tendências na iluminação orientam-se pelo respeito dos ritmos vitais do ser humano”

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entrevista

“as tendências na iluminação orientam-se pelo respeito dos ritmos vitais do ser humano” Para além de proporcionar adequadas condições visuais, a iluminação influencia o bem-estar das pessoas, o seu rendimento e, inclusive, a sua animosidade. A tonalidade, a intensidade ou a localização das fontes de luz podem ser questões determinantes no nosso dia-a-dia. Estamos na era do Human Centric Lighting, ou seja a era da iluminação que cuida e acarinha o ser humano. No Grupo Prilux trabalham alinhados com esta nova tendência, segundo nos explicou Carlos Pretel, Diretor Geral do Grupo. Revista “o electricista” (oe): De que for­ ma influencia a iluminação o comporta­ mento dos seres humanos? Como pode­ mos explicar o que é o Human Centric Lighting? Carlos Pretel (CP): Esta tendência centra-se no ser humano com o objetivo de respeitar os seus ritmos vitais. Por exemplo trabalha-se a importância da tonalidade da luz para beneficiar o nosso descanso e fala-se da gestão automatizada e no controlo da luz ao longo do dia para conseguirmos que a iluminação que recebemos esteja em consonância com os nossos ritmos vitais. As tendências na iluminação orientam-se pelo respeito dos ritmos vitais do ser humano. Se pensarmos, por exemplo, na iluminação hospitalar, a luz pode ajudar na recuperação dos pacientes; nas escolas pode favorecer o rendimento dos estudantes, e nos escritórios ou na indústria podemos melhorar a produtividade em determinadas horas do dia. oe: Prosseguindo estas novas tendências em iluminação, quais as últimas novida­ des que estão a chegar? CP: Para além do que falámos do Human Centric Lithing, as luminárias que temos nas nossas casas, escritórios, ou nas nossas cidades vão ser cada vez mais “inteligentes”. www.oelectricista.pt o electricista 64

Vamos progressivamente até aos smart buildings e até às casas totalmente equipadas com domótica, pelo que a iluminação irá muito para lá do simples liga/desliga. Tudo estará integrado num sistema global de gestão e controlo da iluminação. No entanto é importante realçar que este avanço tecnológico estará sempre de mão dada com o respeito pelo ser humano; são duas tendências que crescem em paralelo e se complementam. oe: Desde o nascimento da Prilux, com uma pequena loja situada no bairro ma­ drileno de Hortaleza como se diz, muita água passou. CP: Certamente que sim. Como comenta, a Prilux nasceu com uma pequena loja de iluminação em Madrid que abriu ao público com os meus pais no ano de 1986. Uns anos depois, para além da venda ao balcão, começou a revenda aos distribuidores o que provocou uma necessidade crescente de um maior espaço de armazenamento. Isto obrigou-os a procurar umas novas instalações e uma nova localização. Devido ao boom imobiliário que existia em Madrid naquela altura, a Prilux passou a sede da sua empresa para Toledo, onde nos encontramos agora. Durante a década dos anos 90 começamos a importar e desde aí crescemos, ininterruptamente,

durante duas décadas e meia até à chegada da crise quando, para além disso, irrompeu com força a tecnologia LED. oe: O que significou para a Prilux a che­ gada da crise e da tecnologia LED? CP: Esses dois acontecimentos forçaram-nos a modificar o nosso modelo de negócio passando de importadores de produtos de iluminação a desenvolver, fabricar e comercializar os nossos próprios produtos fabricados em Espanha. Paralelamente começamos também o processo de internacionalização da empresa. Por isso faz cinco anos e meio que demos esta volta apostando na inovação com a incorporação de uma equipa de engenharia especializada; o fabrico em Espanha de produto próprio e a sua comercialização no exterior dos produtos desenvolvidos pela Prilux. oe: Na atualidade quais são as distintas áreas de negócio do Grupo Prilux? CP: Contamos com três áreas de negócio distintas. Em primeiro lugar, temos a mais tradicional que vêm das nossas origens: a importação de lâmpadas, tubos fluorescentes e aparelhos de iluminação básicos, a nossa divisão ativa. Como segunda linha temos o que conhecemos como a divisão técnica em


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