Como os robots colaborativos podem ajudar a indústria no mundo pós-pandemia
Miguel Oliveira Sales Manager para Portugal Universal Robots
robótica
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case study
A pandemia da Covid-19 está a transformar o mundo. Consumo, relações interpessoais, migrações e economia global são alguns dos muitos aspetos impactados.
Um relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou uma contração de 3% da economia mundial como consequência da pandemia. Outro dado preocupante é que quase três quartos (74%) dos responsáveis financeiros de empresas portuguesas estão muito preocupados com os efeitos da Covid-19 nas suas operações, segundo um relatório realizado pela PwC. Por outro lado, as alterações climáticas, as pressões ambientais, a diminuição da força de trabalho e o envelhecimento da população, bem como a alteração dos padrões comerciais devido às mudanças geopolíticas até 2030, tendem a aumentar o já rápido desenvolvimento tecnológico no seio da indústria transformadora. Dentro deste contexto, a automação colaborativa poderá desempenhar um papel primordial na resposta a estas tendências globais.
Num cenário em que a indústria procura impulsionar novamente a produção no mundo pós-pandemia, os robots colaborativos (cobots) fazem definitivamente parte da equação. A capacidade de escalar as operações rapidamente é essencial, tendo em conta as incertezas relativamente à procura e a possibilidade de uma nova vaga pandémica.
Segundo os últimos dados da Interact Analysis, os robots colaborativos deverão manter uma taxa de crescimento de dois dígitos ao longo de 2020. A taxa de crescimento original prevista para 2020 era superior a 30%. A Covid-19 teve impacto no mercado, mas este continua a manter um crescimento positivo.
As empresas mais resilientes - aquelas que conseguem reagir rapidamente e adaptar os seus processos para satisfazer as exigências em mudança, ao mesmo tempo que protegem os trabalhadores sobreviverão à crise atual e a outras no futuro. A crise acelerou a necessidade de automatização flexível. Estamos a assistir a um aumento do interesse por robots colaborativos devido aos requisitos de distanciamento social, o reshoring para evitar longas cadeias de fornecimento, e a necessidade de rápidas mudanças de linhas de produção. Segundo os últimos dados da Interact Analysis, os robots colaborativos deverão manter uma taxa de crescimento de dois dígitos ao longo de 2020. A taxa de crescimento original prevista para 2020 era superior a 30%. A Covid-19 teve impacto no mercado, mas este continua a manter um crescimento positivo. Se até há poucos anos, a automação era principalmente uma vantagem das grandes empresas, os robots colaborativos vieram democratizar a automação ao oferecer às pequenas e médias empresas muitos dos benefícios que a robótica tradicional proporcionava às grandes organizações. A grande diferença é que os cobots oferecem uma solução económica, segura, compacta e intuitiva que pode ser implementada mais rapidamente e de forma mais rentável. Os robots colaborativos oferecem uma série de características chave que lhes permite desempenhar um papel essencial nas fábricas do futuro: • Em primeiro lugar, a flexibilidade. Só a automação flexível pode resolver os desafios da produção moderna. Os fabricantes que se destacaram e ajudaram na crise sanitária fizeram-no porque foram capazes de adaptar a sua produção às necessidades de um produto diferente. • As empresas que produzem muitas variações de produto e diferentes pro-