Tecnologia tem de servir o utilizador
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outro lado, os utilizadores querem pagar apenas pelo que realmente necessitam, e por isso é que a NAMUR, uma associação internacional de utilizadores de tecnologia de automação nas indústrias de processo, elaborou a sua recomendação NE131 para incluir as expetativas de como 80% dos casos de aplicação convencional devem ser cobertos para minimizar os custos. O princípio por detrás dos dispositivos de medição é que eles devem tratar com segurança de qualquer problema que os utilizadores estejam a tentar resolver. Figura 1. O princípio de medição Vibronics.
robótica
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case study
Avaliar as inovações digitais utilizando o princípio da medição da vibração como exemplo.
Otimização contínua e processos cada vez mais automatizados estão a esmiuçar a história da automação do processo bem como da própria industrialização. Na digitalização, estes esforços culminaram recentemente. A força motriz do progresso levou a novos princípios de medição – como referido na história do conceito da garra vibratória, também denominada vibração, descrito aqui – mas até mesmo essa força está agora sujeita à transformação digital. Em última análise o objetivo de tudo isto é tornar o trabalho mais fácil para as pessoas e dar aos humanos a liberdade de dar aquilo que nos diferencia: utilizar o nosso cérebro. Porque é que os fabricantes de dispositivos de campo estão continuamente a desenvolver novas tecnologias? Por um lado, essas tecnologias facilitam o trabalho fora do campo, são necessários menos trabalhadores qualificados e as tecnologias impulsionam o processo de automação e expandem o âmbito de aplicações para os dispositivos de medição. Isto foi verdade no passado e continua a ser verdade no futuro. A diferença é que a velocidade de mudança e os novos produtos estão a aumentar. Por
PROCURA POR UM SENSOR TODO EM METAL Muito antes da NAMUR divulgar esta recomendação, no final dos anos 70, George H. Endress previu o desenvolvimento de um novo sensor. Ele queria fazer um sensor que fosse todo em metal e, assim, estivesse permanentemente selado. A ideia passava por usar uma haste em todas as aplicações convencionais para verificar com segurança se havia líquido num tanque ou recipiente. Quando os investigadores receberam estas especificações, essas facilitaram-lhes o trabalho. Os princípios de medição capacitiva e condutiva estavam fora de questão
Figura 2. Esboços iniciais da conceção do Liquiphant nos finais dos anos 70.
Figura 3. Georg H. Endress com os investigadores.
porque não podiam ser implementados numa conceção totalmente em metal. E por isso os investigadores tiveram de pensar em algo completamente novo. Acabaram por apresentar ao seu chefe uma solução simétrica de haste dupla ao invés da solução de haste única solicitada. Um acionamento piezoelétrico faz com que as duas hastes, organizadas em forma de garra, vibrem. Assim que houver um suporte a cobrir a garra em metal, a frequência de vibração muda e o sensor converte a informação num sinal de saída. No início, a Endress+Hauser ficou muito dececionada ao saber que a solução de haste única não podia ser implementada, mas mesmo assim arriscou com a “experiência” da haste dupla. Porque no final, o que era mais importante era que o sensor todo em metal se tornasse uma realidade. Essa inovação aumentou o alcance da tecnologia uma vez que poderia ser utilizada em qualquer suporte. E já para não falar que um sensor todo em metal é, incomparavelmente, mais duradouro do que os materiais plásticos – e não apenas em condições quentes. Se o instrumento estiver danificado não conseguirá encontrar as partes plásticas no suporte, mas todas as peças de metal podem ser encontradas. Assim nasceu um novo princípio de medição que detetou o limite do nível, independentemente do suporte onde