Estado da reabilitação em Portugal

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dossier sobre remodelação de antigas instalaçþes elÊtricas

estado da reabilitação em Portugal EngÂş Reis Campos AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras PĂşblicas

A Reabilitação Urbana ĂŠ um domĂ­nio estratĂŠgico e prioritĂĄrio nĂŁo sĂł para o setor da Construção e do ImobiliĂĄrio mas, de igual modo, para o paĂ­s. A dinâmica que este mercado tem revelado deve ser consolidada e alargada a todo o territĂłrio nacional. DESENVOLVIMENTO O setor da Construção e ImobiliĂĄrio tem registado alguma estabilização nos principais indicadores que medem a sua atividade, tendo -se obtido um registo positivo em 2015 no Ă­ndice de produção, o qual subiu 3%, apĂłs treze anos consecutivos de perda de produção. É indesmentĂ­vel que o investimento privado tem sido o responsĂĄvel por esta

fevereiro, o BarĂłmetro da AICCOPN apontava para um crescimento de ! ! " #

um aumento de 2,5% na carteira de encomendas. PorÊm, se a Reabilitação mantÊm um comportamento positivo, o mesmo jå não se pode apontar em relação à maioria dos indicadores económicos de curto prazo que estão, novamente, a revelar sinais preocupantes. Com o mercado das obras públicas a atingir mínimos históricos, com a evolução externa desfavoråvel em mercados importantes para o setor, como Angola e Brasil, com algumas das mais relevantes obras, em território nacional, prestes a terminar, sabemos que estamos perante o risco de perda de 8500 empresas e de 35 mil postos de trabalho. Neste contexto Ê imprescindível atuar de imediato, sob pena de sermos confrontados, novamente, com um cenårio de destruição de emprego e da capacidade produtiva que o setor conseguiu preservar. Num momento em que a atividade Parlamentar volta a assumir um papel preponderante na condução das políticas nacionais, todos os partidos políticos, seja os que suportam o Governo ou as bancadas

da oposição, têm de reconhecer a importância de concretizar, de ime $ #& ' (

um consenso muito alargado. O que estå em causa, no imediato, Ê a captação de investimento para o nosso país, o reforço da competitividade e a criação de emprego sustentado e, estou certo, ninguÊm se pode alhear destes objetivos. )

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falar de Construção e de Imobiliårio. Se estå em causa a recuperação física do património construído Ê imprescindível ter presente que são as pessoas que dão vida à cidade. Desta forma, assumir a regeneração das cidades Ê sinónimo de competitividade territorial e desenvolvimento coletivo, criação de riqueza e dinamização do emprego. Daí a sua importância, numa ótica de transversalidade. Nos dias de hoje, jå não pode existir estratÊgia para atividades como o turismo, o comÊrcio, a indústria, a logística, entre muitas outras, sem um adequado planeamento urbano e uma visão correta e inclusiva do território, das cidades e do próprio imobiliårio. Este Ê o " ' 4 " * Tal como demonstrado no Estudo Prospetivo do Mercado da * ! ! 6

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cado que estå avaliado em 38 mil milhþes de euros, se considerarmos as intervençþes necessårias ao nível do parque habitacional, pelo que o potencial Ê enorme. As necessidades existem, os investidores nacionais e estrangeiros revelam interesse e as empresas e os demais agentes do setor estão preparados para lhes corresponder. Ao contrårio do que foi a realidade atÊ hå bem pouco tempo, hoje

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entre nós. É o próprio Governo que o reconhece, colocando este domínio em destaque no Plano Nacional de Reformas, considerando que esta Ê uma matÊria prioritåria para Portugal. É parte fundamental neste documento que iniciou, agora, a sua discussão pública. Os

“Estamos perante uma clara oportunidade de iniciar um novo ciclo na Reabilitação Urbana em Portugal. Podemos criar 70 mil empregos, disponibilizar as 60 mil habitaçþes para arrendar de que o mercado necessita, dinamizar, como jĂĄ referido, a atividade econĂłmica em setores como o comĂŠrcio e o turismo e atrair mais investidores para o nosso imobiliĂĄrio. Se houver vontade polĂ­tica, como parece ser o caso, para criar os instrumentos necessĂĄrios, esta tendĂŞncia positiva a que estamos a assistir serĂĄ, certamente, significativamente intensificada ao longo do prĂłximo ano.â€? www.oelectricista.pt o electricista 55


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