A tecnologia ganha uma dimensão sem precedentes, drones e robots vieram para ficar

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Alexandre Monteiro OEM Business Developer Motion & Machine Controllers Product Manager Schneider Electric Portugal

Todos reconhecemos que a tecnologia tomou conta das nossas vidas: o que antes era apenas imaginário tornou-se rapidamente uma realidade. A pergunta que se coloca neste momento é se estaremos verdadeiramente preparados para aquilo que se segue e se conseguiremos conviver com isso?

robótica

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Dossier sobre drones e robots: a 3.a idade high tech

A tecnologia ganha uma dimensão sem precedentes, drones e robots vieram para ficar

A indústria tem vindo a ser pioneira na demonstração e implementação de todos os avanços tecnológicos. Mecanismos autónomos e, mais recentemente, dotados de inteligência artificial foram progressivamente introduzidos nos processos diários de produção e rapidamente ganharam força perante a mão de obra. As exigências e os prazos cada vez mais apertados do mercado competitivo assim o exigiram; e a tecnologia ganhou uma dimensão sem precedentes, drones e robots vieram para ficar, mas será realmente suficiente? A nova era high tech tem a resposta, a máquina deixou de ser apenas uma máquina com uma determinada função, hoje adotamos o conceito de "Machine-as-a-Service" (MaaS) ou "Pay-per-use" para máquinas e equipamentos. A própria máquina tornou-se um serviço e é muito mais do que o bem material

A IIoT leva-nos para a procura de um ecossistema industrial equilibrado, onde se incluem OEMs, end users e as próprias máquinas. Sabendo à partida que as evoluções tecnológicas permitirão finalmente aos OEMs entender melhor como os seus equipamentos são utilizados, como funcionam ao longo do tempo, como o seu desempenho está ligado às condições climáticas, o comportamento do operador, a produção, entre outros, é possível que esses fabricantes recebam um feedback direto – em tempo real – sobre o que produzem, sem qualquer necessidade de interpretação humana.

que é fornecido. Compramos o serviço, não apenas a máquina, porque no final o que o cliente precisa não é do equipamento em si, mas sim do que este pode fazer. Isto leva-nos a um novo modelo de negócios baseado em serviços, que tem vindo a ser desenvolvido por empresas como a Schneider Electric. Interessa perceber onde tudo isto nos leva, perceber a relação Homem-Máquina, onde se tornou possível um grau de automatização sem precedentes e com uma eficácia só comparável aos processos de produção supervisionados por pessoas. A IIoT leva-nos para a procura de um ecossistema industrial equilibrado, onde se incluem OEMs, end users e as próprias máquinas. Sabendo à partida que as evoluções tecnológicas permitirão finalmente aos OEMs entender melhor como os seus equipamentos são utilizados, como funcionam ao longo do tempo, como o seu desempenho está ligado às condições climáticas, o comportamento do operador, a produção, entre outros, é possível que esses fabricantes recebam um feedback direto – em tempo real – sobre o que produzem, sem qualquer necessidade de interpretação humana. Desta forma espera-se que a indústria continue a evoluir na adoção de conceitos como inteligência artificial, visão artificial ou capacidade preditiva, que permitam aos robots e drones aquilo que até hoje estava, única e exclusivamente, associado ao ser humano, a tomada de decisões. Este é um novo mundo de possibilidades para a indústria que permitirá dar resposta aos desafios da automação, rentabilidade, eficiência e rapidez de resposta. Para nós, especialmente nos campos da tecnologia e engenharia, quando o nosso trabalho, o nosso progresso e sucesso dependem da colaboração com centenas de pessoas, constatar que estamos a ser ultrapassados por robots, pode parecer estranho, mas não é. Neste momento, a única coisa que nos diferencia é a necessidade prática e emocional, de nos ligarmos a colegas para alcançar objetivos coletivos, gerar ideias e partilhar recursos. Em resumo, a colaboração é uma necessidade humana e um imperativo comercial, mas simultaneamente temos que aprender a conviver com estes novos seres automatizados e a tirar o melhor partido das suas funções. Algumas empresas não são alheias a esta nova era, e referências de mercado na automação, tem vindo a desenvolver mecanismos capazes de apoiar a integração de equipamentos dotados de inteligência e capacidade de análise de dados. Ao acompanhar a mudança de paradigma é possível antecipar novas tendências. Neste momento, estamos a assistir ao desenvolvimento de algumas ferramentas que estão a mudar os modelos de fluxo de trabalho entre projetistas e engenheiros e fabricantes de máquinas. A evolução está em constante mutação e não tardará a vermos um robot atravessar a estrada tal como nos filmes. Será?


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