Small is Beautiful!

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Small is Beautiful! INSTALAÇÕES RENOVÁVEIS DE PEQUENA ESCALA ESTARÃO NO CENTRO DE UMA ECONOMIA DESCENTRALIZADA, DIGITALIZADA E DESCARBONIZADA.

Carlos Silva

Associação Portuguesa das Empresas do Sector Fotovoltaico Tel.: +351 968 148 451 info@apesf.pt � www.apesf.pt

Instalações de produção de energias renováveis de pequena escala em casas, escolas, hospitais e indústria são os principais impulsionadores da transição energética europeia. No entanto, uma das propostas no pacote de energia limpa “Clean Energy Package” coloca uma nuvem negra sobre esta tipologia de instalações. Estas instalações são cruciais também para Portugal, pois representam um potencial enorme para o desenvolvimento do setor, seja pela criação de postos de trabalho qualificados como pela fixação de know-how. Na energia solar, as instalações em coberturas irão criar mais de 150 000 postos de trabalho na UE28 até 2020, sendo possível que se atinjam cerca de 335 000 postos de trabalho até 2030. O regime de autoconsumo proporciona benefícios económicos aos consumidores e aumenta a competitividade das PMEs através da redução clara de custos com a energia. O regulamento relativo à conceção do mercado da eletricidade deve garantir que todos os produtores de energias renováveis possam ​​ competir em igualdade de condições com as fontes de energia convencionais, sendo as suas especificidades refletidas nas futuras condições do mercado. Até que esses mercados estejam em vigor, é essencial garantir uma integração de mercado por etapas para as energias renováveis, reconhecendo em particular os benefícios das instalações solares de pequena escala, limpas e de propriedade local que são incapazes de lidar com os mesmos requisitos administrativos e financeiros de instalações de maior escala. Em novembro de 2017, a SolarPower Europe (www.solarpowereurope.org/) iniciou a campanha Small is Beautiful precisamente para apoiar instalações renováveis de pequena escala e geração distribuída. O objetivo da campanha é salvaguardar incentivos regulatórios, como por exemplo o despacho prioritário para este tipo de sistemas e instalações.

Uma abordagem equilibrada que reconheça os benefícios destes projetos será fundamental para impulsionar um sistema energético digital, descarbonizado e cada vez mais distribuído.

Uma abordagem equilibrada que reconheça os benefícios destes projetos será fundamental para impulsionar um sistema energético digital, descarbonizado e cada vez mais distribuído, abrangendo todos os consumidores de energia por toda a Europa. Na temática dos desenvolvimentos europeus, a APESF participa no projeto PVP4Grid (PVProsumers4Grid). O projeto tem como principal objetivo aumentar a participação e o valor do mercado solar fotovoltaico, permitindo que os consumidores se tornem prosumers FV, através de sistemas simples, participativos e “amigáveis” (www.pvp4grid.eu). A APESF reconhece que a produção de energia distribuída e de fontes sujeitas a variabilidade, acarreta desafios importantes ao nível da gestão da rede de distribuição, mas esses desafios poderão ser minimizados face à atual e futura integração tecnológica dos sistemas. 4


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