A robótica não é o futuro. É o presente.

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A China é o maior consumidor do mundo de robots industriais (87 000 unidades por ano) e na Coreia do Sul existem 631 robots por cada 10 000 trabalhadores. Como ponto de referência mais próximo, temos a Alemanha com 309 robots e a Espanha com 160 robots para cada 10 000 trabalhadores. Estamos a falar do futuro?

Humberto Rodríguez Robot Sales Manager FANUC Iberia

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DOSSIER SOBRE ROBÓTICA, SENSORES E GESTÃO NA INDUSTRIA

A robótica não é o futuro. É o presente.

robótica

Figura 1. Robot FANUC M-2000iA com capacidade de carga de 2300 kg.

• O que é um robot? Podemos definir um robot como um conjunto mecânico articulado por vários servomotores (motores com controlo preciso de posição, velocidade e aceleração), e gerido por um controlador que fornece funcionalidades de controlo lógico do programa e interação com outros elementos externos ao robot através de sinais elétricos e/ou buses de campo. Há uma grande variedade de modelos de robot construtivos, mas os mais comuns, com um maior grau de diversificação, e com maior crescimento em números de produção, são os chamados antropomórficos. Os robots antropomórficos mais comuns são compostos por 6 eixos, embora existam variantes de 4, 5 e 7 eixos. São designados de antropomórficos porque fazem lembrar a forma de um braço humano e até se denomina de “pulso” à parte final do braço, onde a “mão” ou pinça está instalada. Nos últimos anos, o setor da robótica industrial está a registar um forte crescimento a nível mundial. A sua

implementação em todas as áreas e em todas as regiões do mapa produtivo mundial é muito significativa. Atualmente destacam-se países como a China, que é o maior consumidor do mundo de robots industriais (87 000 unidades por ano), ou a Coreia do Sul que é o país com a maior densidade demográfica de robots (631 robots por 10 000 trabalhadores). Como ponto de referência mais próximo temos a Alemanha com 309 robots para cada 10 000 trabalhadores e a Espanha com 160 robots para cada 10 000 trabalhadores. Os principais motivos para esta forte consolidação das soluções robotizadas são vários, mas podemos destacar: • Fiabilidade: a mecânica dos robots industriais é pensada, concebida e testada inclusive para os processos de produção mais exigentes; • Flexibilidade: a liberdade de movimentos, para a qual contribuem os eixos servo controlados dos robots industriais, permite uma fácil e rápida adaptação aos cada vez mais

exigentes e variáveis processos produtivos atuais; Redução de custos dos robots: a produção em massa de robots industriais contribuiu para uma redução importante do custo de aquisição, melhorando o retorno do investimento para as empresas; Diversificação setorial: à medida que os custos do produto foram reduzindo, abriram-se oportunidades para novos setores que, no passado, não podiam fazer investimentos em robótica; Crescimento da gama: com o interesse de novos setores na robotização dos processos produtivos surgiram novos desafios técnicos e novas necessidades, e os fabricantes apostam numa diversificação da gama de modelos e de variantes disponíveis, apresentando assim um maior leque de opções; Sensores: a consolidação de tecnologias como, por exemplo, a visão artificial, os sensores de esforço, entre outros, … dotaram os robots de novas capacidades que permitem fazer face a uma grande variedade de novos processos; Facilidade de uso: os sistemas de programação para robots industriais também evoluíram, pretende-se agora simplicidade e ao mesmo tempo maior potência e flexibilidade, bem como um interface de utilizador mais gráfico e moderno; Tecnologia consolidada: a robótica tornou-se um produto quotidiano para todas as empresas que se dedicam à automatização dos processos produtivos. No passado estão os tempos em que os robots eram vistos como uma tecnologia inalcançável. Hoje em dia são a solução preferida, tanto por utilizadores finais, como por empresas de engenharia, para uma multiplicidade de processos que antigamente exigiam desenhos mecânicos que, em muitos casos, eram complexos e pouco versáteis,


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