Controlo do movimento e variação de velocidade

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Controlo do movimento e variação de velocidade

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de forma mecânica, recorrendo a sistemas que permitem

ponder aos requisitos atuais de flexibilidade, produtividade

a alteração da relação de transmissão de forma contínua.

e eficiência, atingidos em rigoroso cumprimento legal.

Contudo, o estado da arte da eletrónica está a levar ao desaparecimento gradual destes sistemas.

movimentos, atuando sobre sistemas inanimados. São autênticos transdutores de energia elétrica em movimento e verdadeiros motores do desenvolvimento.

2. O CONVERSOR DE FREQUÊNCIA

Se, em tempos, motor e redutor se confundiam com

A necessidade de flexibilização dos processos e das máquinas,

acionamentos e eram os principais (senão os únicos) respon-

motivada pela diversidade da procura e pela necessidade de

sáveis pelo movimento, atualmente essa abordagem é bas-

encurtamento dos prazos de entrega, lançou novos desafios

tante delimitativa. O acionamento deixou de ser o músculo

à engenharia dos acionamentos. Passou a ser imperativo

desprovido de inteligência que age cegamente às ordens de

adaptar as rotações em amplas gamas, fazendo-o de forma

um controlador de nível superior, tendo emergido para um

simples, rápida, fiável e segura. A resposta a estas exigências

nível superior impulsionado pelas exigências da engenharia

é dada pelos conversores de frequência: a sua combinação

moderna. Os componentes anteriormente mencionados

com motores assíncronos trifásicos praticamente erradicou

são complementados com poderosos, compactos e versá-

os acionamentos de corrente contínua do tecido empresarial.

teis conversores de frequência (também designados por variadores eletrónicos de velocidade), controladores, monitores de segurança e amigáveis interfaces homem máquina. Por outras palavras, os acionamentos são a combinação harmoniosa da mecânica, eletricidade, eletrónica, informá-

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Nota: também é possível fazer a variação da velocidade

O controlo de movimento no seio das indústrias tem de res-

Os acionamentos são responsáveis por mais de 90% dos

Luís Reis Neves Departamento de Engenharia SEW-EURODRIVE Portugal

dossier sobre linhas de produção e a sua manutenção

1. INTRODUÇÃO

2.1. Princípio de funcionamento do conversor de frequência Na figura 2 apresenta-se sob a forma de blocos o princípio de funcionamento do conversor de frequência.

tica e automação: mecatrónica.

Comunicação Entradas/Saídas Valores setpoint

Eletrónica de Controlo Monitorização & Controlo A

B 4 5 6

Retificador

A V

Figura 1. Motorredutor com conversor de frequência integrado

C

1 2 3 PE DC link

Inversor

B V Alimentação

1,35 * V Alimentação VZ

M 3~

Motor assíncrono C +VZ

Figura 2. Princípio de funcionamento.

MOVIMOT® da SEW.

A tensão da alimentação (A) é retificada e estabilizada atraOs controladores de alto nível (normalmente PLC ou PCi)

vés do DC Link (B). Posteriormente o inversor converte esta

confiam cada vez mais o controlo do movimento e ações de

tensão num sinal modulado por largura de pulso (PWM). A

automação aos acionamentos, verificando-se uma migra-

forma da saída pulsada é função da frequência de saída so-

ção da inteligência, ou seja, descentralização. Cada vez mais

licitada (C). A análise de Fourier mostra que esta saída em

os acionamentos são independentes na geração, controlo e

tensão pulsada tem o mesmo efeito num motor assíncrono

monitorização do movimento, analisando sinais periféricos,

trifásico que uma tensão sinusoidal da mesma amplitude e

dialogando entre si e com os operadores de forma direta.

da mesma frequência.

Ao tradicional controlador de nível superior é dado o papel de supervisor. A variação da velocidade é feita recorrendo a converso-

A regulação de todo o sistema é concretizada pela secção de controlo. Nos conversores de frequência atuais, o campo magnético, comunicação, processamento de sinais

res de frequência e é impossível desvincular a sua ação do

de referência e de sinais PWM são processados de forma

controlo de movimento.

totalmente digital.


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