DOSSIER
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A importância dos drones nos serviços de inspeção Miguel Lopes, Gestor de Sistemas de Energia e Eficiência Energética iep – Instituto Electrotécnico Português Os drones estão aqui (em toda a parte!) para ficar Ana Rita Batista, Mestre em Economia da Empresa e da Concorrência Sandro Mendonça, Professor Auxiliar, Departamento de Economia ISCTE Business School E-persons e o futuro do direito! Mafalda Miranda Barbosa Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra Desafios legais na regulação da robótica e inteligência artificial Ricardo Henriques Abreu advogados A tecnologia ganha uma dimensão sem precedentes, drones e robots vieram para ficar Alexandre Monteiro, OEM Business Developer, Motion & Machine Controllers Product Manager Schneider Electric Portugal
robótica
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DOSSIER SOBRE DRONES E ROBOTS: A 3.a IDADE HIGH TECH
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Ainda não passamos o quarto de século, de um século XXI que muito trará de inovador e porque não dizer de estranho, e já nos encontramos encantados ou mesmo abismados com as novidades que a cada dia, a cada hora nos vão sendo apresentadas. Se há bem pouco tempo era estranho uma máquina falar, embora com frases pré-gravadas ou predefinidas, mais estranho será interagirmos, dinamicamente, com um “ser eletrónico” capaz de dialogar, quase que corretamente, com o seu interlocutor.
Assim sendo, permitam-me ser saudosista e recordar de uma forma muito ficcionista alguns dos aspetos evolucionista da tecnologia com que hoje partilhamos num espaço que cada vez mais é robotizado. Se a ida á lua nos arrebatou para um feito extraordinário a colocação de Spirit em Marte deixou-nos ainda mais estasiados e sedentos de novos acontecimentos. Se olharmos para o século XV, deparamo-nos com um protótipo de um robô moderno que, possivelmente, terá sido construído por Leonardo da Vinci, por volta de 1495. No entanto, e muito mais recente, muitos outros visionários nos apresentaram a sua perspetiva de
um futuro recente. Olhemos então para o grande ecrã, como fonte de inspiração, e recordemos a “Guerra nas Estrelas” onde fomos confrontados com o pequeno droide R2-D2, responsável pela manutenção e navegação das astronaves, o C-3PO o droide de protocolo (interprete e relações sociais) fluente em 6 milhões de comunicações e mais recentemente o pequeno robot esférico BB-8. Por sua vez no “Exterminador Implacável” fomos confrontados com cyborgs (androides com esqueletos cobertos por tecido vivo) com aparência humana detentor de Inteligência Artificial e de uma série de naves autónomas que vigiam e pretendem ani-
quilar a humanidade. Outros exemplos de antevisão de um futuro muito próximo foram apresentados em “AI – Artificial Intelligence”, em “Eu, Robô” bem como em “RoboCop” onde o humano se mistura com a máquina transformando-o num cyborg dotado de inteligência “humana” e artificial. Naturalmente que se poderiam referir outros exemplos de antevisão dos tempos que se avizinham, no entanto, certo é que teremos que nos encontrar preparados para o seu surgimento e não poderemos dizer que não estávamos, de algum modo, já prevenidos. Deveremos então estar preparados para lidar com um “ser”, que dificilmente consideraremos como uma máquina, que é capaz de apreender e interagir com os humanos e com o meio envolvente. Estaremos perante numa dicotomia que colocará a Máquina perante o Homem ou será que é o Homem perante a Máquina, ou seja, quem serve quem? E quem será efetivamente servido? Adriano A. Santos