Dossier sobre robótica, sensores e gestão na indústria

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Aplicações de robótica com sensor de força EPL – Mecatrónica & Robótica

A robótica não é o futuro. É o presente. Humberto Rodríguez FANUC Iberia

Sensores e a sua tecnologia F.Fonseca, S.A.

robótica

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DOSSIER SOBRE ROBÓTICA, SENSORES E GESTÃO NA INDUSTRIA

DOSSIER

Se considerarmos que a robótica ou o uso de robots no setor industrial e comercial, passando pelos serviços, sistemas hospitalares e muitas outras aplicações, como um mal necessário e quase indispensável poderemos olhar para estes como um perfeito complemento ao desempenho das nossas tarefas diárias. Efetivamente, se o nosso olhar se encontrar despendido de preconceitos sociais, do ponto de vista da substituição do elemento humano, este deverá ser considerado como uma extensão do nosso próprio corpo, mais um braço disponível para nos dar uma "mãozinha". Olhando os robots de um ponto de vista mais técnico estes poderão ser considerados como um dispositivo, ou conjunto de dispositivos, eletromecânicos ou biomecânicos capazes de realizar trabalhos de maneira autónoma ou pré-programada. Naturalmente que ao falarmos de robots, ou mesmo de robótica, com este desprendimento estamos a colocar de lado um sem número de competências que passam pela eletrónica, pela mecânica e pela informática. Se, por um lado, a eletrónica e a informática requerem conhecimentos sobre os sistemas de processamento utilizados, microcontrolado-

res/microcomputadores ou mesmo controladores lógicos programáveis (PLCs) e toda a sensorização a mecânica requer conhecimentos sobre cinemática, pneumática e hidráulica que, combinados, serão fundamentais para dar "vida" ao robot. Recentemente, e independentemente do número de robots e dos rácios per capita, os robots são considerados como elementos mais ou menos comuns e de uso quotidiano. Muitos são os lares que já possuem um pequeno robot de limpeza ou mesmo de corte de relva, as unidades hospitalares que os usam para a distribuição de refeições ou de toma de medicação, transporte e armazenamento (robótica móvel) bem como no manuseamento, na montagem, na soldadura, no corte e na rebarbação e em muitos outros setores industriais (robótica estática). Destes, os mais comuns, e mais utilizados no panorama industrial, são os robots antropomórficos constituídos por diversos eixos, 6 ou mais eixos, que nos fazem lembrar a forma de um braço humano replicando os movimentos do pulso e a habilidade preênsil da nossa mão. Nos últimos anos, a robótica industrial registou um forte crescimento a nível

mundial não só pela sua implementação em todas as áreas e em todas as regiões do mapa produtivo, mas também pela oferta diversificada de equipamentos de fácil integração no sistema produtivo e, consequentemente, na gestão industrial. Com o surgimento dos robots colaborativos, trabalhando lado a lado com os humanos de forma segura, estes assumem um cariz mais “humano” em que a coabitação e a partilha do espaço são, agora, feitas sem barreiras. A relação de proximidade e de iteração direta com os humanos, dentro de uma área de trabalho colaborativa definida, permite que robots e humanos desenvolvam simultaneamente tarefas isoladas e conjuntas, durante o ciclo produtivo, integrados no sistema produtivo e de gestão industrial tradicional que transitará, a curto prazo, para uma gestão suportada pala Indústria 4.0, onde a IIoT (Industrial Internet of Things) responderá aos desafios de comunicação entre os milhares de robots e postos de trabalho, analisando dados por forma a melhorar o diagnóstico, a manutenção preventiva bem como a otimização de processos. Adriano A. Santos


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