Dossier: máquinas-ferramenta

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Indústria de moldes: o estado da arte Manuel Oliveira Secretário-Geral da CEFAMOL – Associação Nacional da Indústria de Moldes

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Princípios de segurança da máquina Eng.º Steffen Leischnig Responsável pelo Desenvolvimento de Sistemas na item, Diretor Executivo em LSA, GmbH Revisão técnica Eng.a Catarina Gomes Europneumaq – Equipamentos Pneumáticos e Hidráulicos Lda.

Ao longo da sua existência o homem foi usando as mais diversas ferramentas que, no dia-a-dia, se tornaram utensílios indispensáveis à evolução e à sobrevivência.

Se uma grande parte dos utensílios eram coletados na natureza, chifres e ossos que serviam de extração ou como martelos, outros eram talhados e produzidos através do engenho humano por precursão, é a formação de um núcleo base da futura ferramenta (instrumentos de corte, martelos, buris, raspador, entre outros). No entanto, a verdadeira evolução dos utensílios que hoje fazem parte do nosso quotidiano aconteceu apenas há alguns milhares de anos, com o domínio das técnicas de fusão e tratamento do ferro, isto é, com a produção da própria matéria de que os utensílios eram produzidos. O surgimento da forja, do forno, da bigorna e do martelo, combinados com o fogo, conduz ao surgimento da indús-

tria metalúrgica e com esta do ferreiro capaz de produzir, pela força humana ou animal, os mais diversos utensílios através da transformação do minério de ferro. Com a invenção da máquina a vapor (James Watt), a força humana e animal foi sendo substituída por uma foça motora, obtida pela utilização do vapor, de combustíveis líquidos ou da eletricidade, proporcionando o desenvolvimento de diversas ferramentas que operavam agora com uma velocidade maior, com movimentos mais precisos e por tempos mais longos. É pois com base na combinação de ferramentas a trabalhar juntamente com as máquinas, acionamentos obtidos por uma força motora não humana ou animal, que surge a máquina-ferramenta e com esta a revolução industrial. A máquina-ferramenta é agora um produto da ciência (combinação de tecnologias mecânicas com os novos acionamentos), do industrial que a produz e uma extensão do operário que a opera diariamente. Com o desenvolvimento do computador e, devido essencialmente à união

deste com o motor elétrico e a ferramenta, a máquina-ferramenta entra num novo período de revolução. Esta torna-se mais precisa e adquire a capacidade de armazenar informação, de efetuar operações lógicas, de ordenar tarefas, registar e avaliar o seu modo operatório bem como detetar problemas e possíveis defeitos. Esta possui agora a capacidade de trabalhar autonomamente durante todo o processo produtivo independentemente da presença humana. Atualmente a revolução da máquina-ferramenta continua em outros campos da ciência, atingindo a física e a cyber-física onde surgem ferramentas tão fantásticas como a conceção de peças por deposição de material, e onde as máquinas deixaram de ser ilhas isoladas no chão de fábrica e passam a ser elementos que comunicam e cooperam entre si e com os humanos, em tempo real, onde os serviços internos e organizacionais são oferecidos a todos os participantes da cadeia de valor. Adriano A. Santos

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