GestĂŁo de ativos fĂsicos: anĂĄlise de custos de exploração de equipamentos com base
M
C. Pereira Cabrita (1), J. Carlos Matias (2) Professores Catedråticos (1) CISE – Electromechatronic Systems Research Centre, Universidade da Beira Interior (2) Universidade de Aveiro cabrita@ubi.pt, jmatias@ua.pt
Na sequĂŞncia do nosso artigo anterior [1], onde se propĂľe uma metodologia de melhoria da dos nĂveis mais adequados, mas tambĂŠm os custos inerentes permitindo a sua otimização, neste trabalho complementar apresenta-se um estudo relacionado com os custos de aquisição e de exploração dos equipamentos, tendo disponibilidade operacionais.
sendo ainda de salientar o caso do Metropolitano de Lisboa que, no seu endereço de Internet, disponibiliza as taxas de avarias, em avarias por mil quilĂłmetros, relativas ao seu material circulante. Na prĂĄtica, se bem que a função probabilĂstica “ deâ€? possa ser representada atravĂŠs de diversas funçþes de probabilidades, contĂnuas ou discretas (normal, normal logarĂtmica, exponencial negativa, Weibull, Student, Poisson), a mais comum e universalmente aceite ĂŠ a função contĂnua exponencial negativa, ou seja [5 ,6, 7]: R (t) = e
(1)
1. INTRODUĂ‡ĂƒO
4
artigo cientĂďŹ co
132
No nosso artigo anterior [1] tivemos ocasiĂŁo de apresentar
Sendo a taxa de falhas, suposta constante, e t a variĂĄvel
-
% &
lha, de acordo com a normalização em vigor [2, 3, 4], sendo
de sucesso) R ( t ' & '
F ( t ) sĂŁo complementares:
probabilidade de um bem funcionar satisfatoriamente, isto R (t) + F (t) = 1
Ê, de cumprir a função para a qual foi dimensionado, durante
(2)
um certo intervalo de tempo. Quanto ao conceito de bem representa qualquer elemento, componente, aparelho, subsistema, unidade funcional, equipamento ou sistema que
2. CUSTOS DE EXPLORAĂ‡ĂƒO
pode ser considerado individualmente, sendo usual, em
Considerem-se os seguintes custos, associados a um bem,
por exemplo, um equipamento complexo [7]:
ĂłrgĂŁos, equipamentos e sistemas, numa escala de complexi-
*
-
dade crescente [5]. Conforme exposto em [5], o cĂĄlculo da
naçþes do bem, em euros;
dos bens, dos seus utilizadores e de bases de dados tornadas
*
gasosos, energia elĂŠtrica), em euros por ano;
Quanto aos fabricantes, utilizam ensaios normalizados, *
CR – custos relativos, por unidade de tempo, dos recursos
humanos (mão-de-obra) afetos ao setor de manutenção
! " # -
e associados exclusivamente, à manutenção do bem, em euros por ano;
bilidade inerente, intrĂnseca ou Ă saĂda da fĂĄbrica. No que respeita aos utilizadores, podem fornecer aos fabricantes,
Manutenção 132, 1.o Trimestre de 2017
CE – custos relativos, por unidade de tempo, da energia consumida pelo bem (combustĂveis lĂquidos, sĂłlidos ou
públicas. sendo os resultados obtidos independentes das aplicaçþes
CA – custos absolutos de aquisição, transporte, instala-
*
CM – custos relativos, por unidade de tempo, dos mate-
periodicamente, os histĂłricos dos acontecimentos dos seus
riais utilizados nas intervençþes de manutenção do bem,
bens, obtidos com base na experiĂŞncia de funcionamento,
planeadas ou nĂŁo, em euros por ano;
de forma a permitirem a atualização e o aumento de in-
*
CP – custos totais absolutos das perdas de produção, de-
formação das bases de dados dos próprios fabricantes, ou
vidas a uma imobilização do bem, e causadas pelas suas
#
falhas, em euros por falha (custo mĂŠdio ponderado dos
$
prejuĂzos devidos Ă s falhas ocorridas no perĂodo de fun-
No que respeita Ă s bases de dados pĂşblicas, existem al-
cionamento em anĂĄlise).
gumas de equipamentos de processos, como sĂŁo os casos da PDS (sensores, controladores e vĂĄlvulas), EIREDA (indĂşs-
Note-se que a soma dos custos CR + CM representa os custos
tria nuclear francesa) e T-book (indĂşstria nuclear sueca) [5],
diretos relativos de manutenção, enquanto que CP Ê o custo