António Varandas Marketing & Business Development Industry Manager Schneider Electric
A Inteligência Artificial (IA) está a melhorar dramaticamente a produtividade e rentabilidade das empresas comerciais e industriais, automatizando respostas a eventos em tempo real – desde que as empresas disponham de uma infraestrutura industrial edge apropriada on-site, que ofereça a capacidade que esta tecnologia requer.
robótica
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Dossier sobre Automação Cognitiva e Robótica
Como a automação robótica de processos impulsiona a melhoria dos processos – e a necessidade de infraestrutura industrial edge
As tecnologias de IA, como a automação robótica de processos (Robotic Process Automation - RPA) permitem libertar os seres humanos de tarefas repetitivas, permitindo-lhes focarem-se em atividades mais estratégicas. A RPA processa vastas quantidades de dados em milissegundos, criando condições para aplicações que vão desde a manutenção preditiva de máquinas à digitalização da produção e à otimização de processos financeiros. Porém, para ser eficaz, a RPA deve dispor de recursos informáticos significativos. Além disso, dada a natureza em
tempo real das aplicações em ambientes industriais e comerciais, os recursos de computação precisam de ser locais e não estar num datacenter a grande distância ou na cloud. Em resumo, a RPA exige edge computing, o que significa que as empresas comerciais e industriais precisam de explorar formas de acederem, efetivamente, a centros de dados edge em todos os locais em que pretendam implementar a RPA – potencialmente dezenas ou centenas deles para setores verticais como, por exemplo, o retalho.
O QUE É A RPA E PARA QUE SERVE A RPA lida com as vastas quantidades de dados que resultam da implementação do conceito Indústria 4.0, que envolve a digitalização de todo o tipo de aplicações e processos em setores verticais que podem ser tão diversificados quanto a indústria, o retalho ou os cuidados de saúde. Tal como o seu nome implica, a RPA automatiza processos repetitivos. A sua lógica de funcionamento passa essencialmente pelo registo, por parte do software RPA, de todas as ações realizadas por um ser humano para desempenhar um determinado processo, passando o computador a realizar esses mesmos passos – repetidamente, só que muito mais rápido e com maior precisão do que alguma vez um ser humano seria capaz de fazer. Qualquer processo que implique fazer exatamente a mesma coisa, vezes sem fim, está apto a ser automatizado pela RPA. Este conceito pode ser aplicado ao envio de encomendas, a resposta a emails de clientes, ao tratamento de relatórios de inventário e à geração de faturas, apoiando ainda o cumprimento de regulamentação e muito mais. Considere-se a manutenção preventiva no âmbito industrial: uma determinada máquina gera um fluxo constante de dados informativos sobre o seu estado. Normalmente, um ser humano olhará para esses dados e tentará identificar alterações em relação ao estado de funcionamento de base normal. Provavelmente, irá observar um gráfico criado depois dos factos, não em tempo real, mas simplesmente porque um ser humano não consegue acompanhar a velocidade da produção dos dados.