Especial sobre Controlo Numérico Computorizado

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Especial sobre Controlo Numérico Computorizado

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O presente e os desafios do futuro do CNC Carlos Relvas, Departamento de Engenharia Mecânica Universidade de Aveiro

Como manter a eficiência da tecnologia de controlo FAGOR AUTOMATION – Sucursal Portuguesa

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Encoders rotativos de elevada qualidade evitam erros dimensionais FARRESA ELECTRÓNICA, Lda.

Longe vai o tempo em que o controlo numérico (CN) de uma máquina-ferramenta era realizado manualmente por operadores especializados. O suporte computadorizado da máquina que funcionava como um mero sistema de controlo, era utilizado para a inserção de um código que, sendo bastante restrito, otimizava em muito o processo produtivo. Estávamos na terceira revolução industrial onde as utilizações de componentes eletrónicos começavam a dominar os processos produtivos, quer do ponto de vista do controlo quer da monitorização.

Com a passagem do CN e das fitas perfuradas para o CNC (Controlo Numérico Computadorizado), as máquinas passaram a operar de forma automática trazendo enormes ganhos produtivos e de qualidade. O erro humano é minimizado não só pela automatização do processo, mas essencialmente pela libertação do operador de tarefas repetitivas exigidas pela produção manual de peças por cópia de gabaritos ou suportadas por copiadores hidráulicos. A máquina-ferramenta deixa de exigir a atenção constante do operador e este pode operar com mais do que um equipamento. Tecnologicamente a máquina-ferramenta, muitas das vezes denominada

CNC, é hoje em dia um equipamento industrial de elevada incorporação tecnológica que não só lhe permite interagir com sistemas complexo de modelação, como o CAD/CAM, como produzir peças de elevada complexidade que, outrora, só poderiam ser obtidas por fundição ou por processos manuais. A evolução do CNC, ou se quisermos dizer das CNCs, não se ficou só pela melhoria e aumento da capacidade dos sistemas de controlo, pela capacidade de comunicação com sistemas de desenho, de modelação e de simulação ou pela sua integração em sistemas flexíveis. Esta verificou-se também, ao nível mecânico, do posicionamento e da linearidade, da maquinagem de alta

velocidade (MAV) e das ferramentas, mas sobretudo no domínio volumétrico passando o típico sistema X, Y e Z (três eixos) para cinco, seis ou mais eixos operando simultaneamente. A Indústria 4.0, com o seu conceito de integração, requererá por um lado uma maior capacidade de processamento das máquinas-ferramenta e do CNC, num contexto de Big-date e de dados armazenados na Cloud, da sensorização inteligente, do diagnóstico integrado e com acesso remoto, que nos permite a intervenção e assistência quase em real-time. As máquinas deixam de estar cingidas a um ambiente industrial, de chão de fábrica, passando a um nível de interação plena com todos os setores decisivos, técnicos e comerciais integradas num contexto que cada vez é mais global, onde a competência se torna mais relevante do que o conhecimento técnico. As ações que hoje exercermos, influenciarão inevitavelmente o caminho que amanhã trilharemos.

Adriano A. Santos

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