indústria eólica – 10 anos em crescendo

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indústria eólica – 10 anos em crescendo (S EGIWWS TSV GSVHEW k IWTIGMEPM^EpnS RE VITEVEpnS HI TjW S TIVGYVWS HE +6;-2( EGSQTERLE E XIRHsRGME HS WIXSV 3W ERSW HI know-how EHUYMVMHS EFVMVEQ S GEQMRLS TEVE WI XSVREV YQE IRXMHEHI JSVQEHSVE GIVXM½GEHE HI VIJIVsRGME RS WIXSV Francisco Rapazote Executive Director

A indústria eólica teve um crescimento muito expressivo na última década. As metas de Quioto levaram os governos a incentivar a aposta nas energias renováveis. Da construção dos parques eólicos resultou uma capacidade produtiva da energia eólica crescente ao longo dos últimos 10 anos, como WI TSHI SFWIVZEV RS KVj½GS WIKYMRXI Evolução de instalação de centrais de energia na última década, in Wind Europe, 2018).

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A energia eólica assume, hoje, um papel cimeiro na capacidade instalada, superior a 150 GW, e a própria curva de crescimento destaca-se face às das restantes fontes energéticas. Embora de forma mais modesta, a tendência de GVIWGMQIRXS HE 7SPEV 4: XEQFqQ WI ZIVM½GE RnS SFWXERXI S TSWMGMSREQIRXS ímpar da energia eólica é indiscutível. Em Portugal a capacidade eólica instalada de 5,3 GW dá resposta a cerca de 24% das necessidades energéticas do país, ou seja mais 10% do que a média da UE28. No panorama europeu, Portugal ocupa a 3.ª posição do pódio, apenas superado pela Irlanda, com 28% das necessidades satisfeitas pela energia do vento. Na liderança surge a Dinamarca com o equivalente a 41% do seu consumo energético proveniente deste recurso natural renovável. A vida útil estimada de um aerogerador (AG) é de 20 anos, todavia, tem vindo a constatar-se que esta pode ser estendida em até 5 anos, com o aumento da rentabilidade económica dos equipamentos. Alargar a longevidade do AG depende, em situações de normalidade, da implementação HI TPERSW HI EpnS TVIZIRXMZE WY½GMIRXIQIRXI GSRWMWXIRXIW 4EVE SFXIV YQE crescente otimização da operação da turbina e do próprio parque, a manutenção deverá ter diferentes periodicidades – semestral, anual e bianual – consoante o o desgaste a que estão sujeitos os diferentes componentes dos AG. Apesar de todos os componentes dos AG requererem manutenção preventiva, alguns deles, quer pela complexidade logística dos seus planos

de manutenção, quer pelo know-how especializado necessário para os colocar em prática, acabam por ser sujeitos somente a manutenções corretivas, tal como acontece normalmente com as pás de rotor. A GR Wind especializou-se precisamente no segmento da manutenção das pás de rotor, estando no mercado desde 2010. As pás do AG, construídas por materiais compósitos, são o elemento do AG mais sujeito à adversidade meteorológica e das forças mecânicas, devido às elevadas velocidades atingidas (podem chegar aos 240 km/h). Resulta, por tanto, que a sua aerodinâmica é extremamente afetada. O alcance dos danos das pás em mau estado de conservação pode ser mais severo do que à primeira vista aparenta ser, afetando vários componentes desde a ponta da pá até à fundação do próprio AG. Além de danos na integridade da pá, a aerodinâmica e a massa alteradas geram vibrações que podem, em alguns casos, provocar danos estruturais cujo impacto nas pás e no próprio AG não deve ser negligenciável. (YVERXI ERSW ZIVM½GSY WI UYI E EpnS TVIZIRXMZE RIWXIW GSQTSRIRXIW IVE escassa, adiando-se as campanhas de manutenção quer pela complexidade do acesso às pás (tanto para a inspeção periódica como para a reparação), UYIV TIPEW HM½GYPHEHIW HI TPERIEQIRXS HIGSVVIRXIW HE WE^SREPMHEHI HE EXMvidade. Desmontar um rotor para manutenção obriga a uma logística dispendiosa, e ainda a custos indiretos devido ao tempo de paragem do AG.

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