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luzes
estaçþes de carregamento de VeĂculos ElĂŠtricos alimentadas em MĂŠdia TensĂŁo
CustĂłdio Pais Dias, Diretor
A mobilidade elĂŠtrica estĂĄ na ordem do dia, com os decisores polĂticos a afirmarem que o paradigma dos veĂculos de utilização individual, vulgo automĂłveis, terĂĄ rapidamente de passar dos motores de explosĂŁo para motores elĂŠtricos. Uma coisa ĂŠ a vontade dos decisores polĂticos, outra coisa ĂŠ a realidade, pois como se sabe uma utilização mais generalizada de veĂculos elĂŠtricos enfrenta, ainda, diversas dificuldades. É, tambĂŠm, do domĂnio pĂşblico que uma das dificuldades estĂĄ ligada ao carregamento dos VeĂculos ElĂŠtricos (VE). 'DGR R HVWDGR DWXDO GD WHFQRORJLD GDV EDWHULDV DQXQFLDP VH MÂŁ FDUUHJDPHQWRV UÂŁSLGRV FRP duração de pouco mais de trinta minutos. Embora ainda seja discutĂvel se a utilização destes FDUUHJDPHQWRV WHUÂŁ RX QÂĽR LQIOXÂŹQFLD QR WHPSR GH YLGD ÂźWLO GDV EDWHULDV HVWD GXUDмR UHSUHVHQWD MÂŁ XP JUDQGH DYDQŠR UHODWLYDPHQWH ¢V PDLV GH WUÂŹV KRUDV DQWHULRUPHQWH QHFHVVÂŁULDV Contudo, se pensarmos que, sobretudo em meios urbanos, atualmente a maioria dos potenFLDLV XWLOL]DGRUHV GH 9( WHUÂŁ QHFHVVLGDGH GH UHFRUUHU D FDUUHJDPHQWR QR H[WHULRU SRUTXH RV DSDUFDPHQWRV FROHWLYRV HP HGLIÂŻFLRV FRQVWUXÂŻGRV KÂŁ DOJXPDV GH]HQDV GH DQRV RX PDLV QÂĽR estĂŁo preparados para fazer o carregamento dos veĂculos dentro de portas, ĂŠ de prever um FHQÂŁULR VLPLODU DR TXH VH SDVVD FRP R DEDVWHFLPHQWR GH FRPEXVWÂŻYHO RX VHMD D H[LVWÂŹQFLD de pontos de carregamento, aonde os utilizadores dos VE se deslocam para “abastecerâ€? as baterias. (P IDFH GHVVH FHQÂŁULR VH DWXDOPHQWH TXDQGR YDPRV DEDVWHFHU H WHPRV WUÂŹV RX TXDWUR YHÂŻFXORV ¢ QRVVD IUHQWH LVVR MÂŁ QRV DERUUHFH SRU UHSUHVHQWDU XPD HVSHUD GH GH] RX TXLQ]H PLQXWRV LPDJLQH VH R TXH VHUÂŁ VH FKHJDUPRV D XP SRQWR GH FDUUHJDPHQWR H HVWLYHUHP GRLV RX WUÂŹV 9( ¢ IUHQWH SDUD FDUUHJDU VHUÂĽR GXDV KRUDV GH HVSHUD DWÂŤ TXH SRVVDPRV WHU R QRVVR YHÂŻFXOR FDUUHJDGR 1ÂĽR ÂŤ XPD SHUVSHWLYD PXLWR DJUDGÂŁYHO $ VROXмR VHUÂŁ KDYHU PXLWRV SRQWRV GH FDUUHJDPHQWR GH PRGR D PLQLPL]DU DV ͤODV GH HVSHUD 3DUD LVVR VHUÂŁ QHFHVVÂŁULR HVSDŠR TXH QÂĽR DEXQGD HP PHLR XUEDQR VREUHWXGR VH TXLVHUPRV WHU XP ORFDO GH FDUUHJDPHQWR FRP YÂŁULRV SRVWRV GH FDUUHJDPHQWR SDUD TXH YÂŁULRV 9( possam carregar ao mesmo tempo no mesmo local. Nesta situação, para nĂŁo sobrecarregar a rede de distribuição de energia elĂŠtrica em baixa tensĂŁo, com os efeitos nefastos que isso teria tanto para a prĂłpria rede como para outros utilizadores, a alimentação dos postos de carregaPHQWR WHUÂŁ GH VHU IHLWD HP PÂŤGLD WHQVÂĽR 07 &RQWXGR HVWD VROXмR VLJQLͤFD TXH WHULD GH VH instalar um posto de transformação no local para alimentar os diversos postos de carregamenWR H QRYDPHQWH VH FRORFD D GLͤFXOGDGH GH HVSDŠR $ DOLPHQWDмR GDV HVWDŠ¡HV GH FDUUHJDPHQWR GRV 9( D SDUWLU GD 07 ÂŤ XP DVVXQWR MÂŁ PXLWR SUHVHQWH QRV SDÂŻVHV HP TXH VH SUHWHQGH GH IDFWR XPD PXGDQŠD EDVWDQWH UÂŁSLGD do paradigma da mobilidade terrestre. Contudo, sente-se a necessidade de encontrar soOXŠ¡HV PDLV FRPSDFWDV SDUD VHUHP FRPSDWÂŻYHLV FRP D GLͤFXOGDGH GH HVSDŠR HP PHLR XUEDQR ‹ QHVWH HQTXDGUDPHQWR TXH VXUJH R UHFXUVR ¢ HOHWUÂľQLFD GH SRWÂŹQFLD &RP UHFXUVR a esta tecnologia ĂŠ possĂvel compatibilizar os nĂveis de tensĂŁo da MT com a baixa tensĂŁo
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GDV EDWHULDV GRV 9( VHP VHU QHFHVV£ULD D H[LVWQFLD GH XP WUDQVIRUPDGRU 'H DFRUGR FRP D LQIRUPDмR GLVSRQ¯YHO HP HVWXGRV M£ realizados, consegue-se, assim, uma instalação mais compacta, mais económica e com maior rendimento, parecendo, por isso, ser uma solução para o futuro. Contudo, H[LVWHP DLQGD Y£ULDV GLͤFXOGDGHV WFQLFDV a ultrapassar para que estes sistemas posVDP VHU ODUJDPHQWH XWLOL]DGRV 'LͤFXOGDGHV que se prendem, sobretudo, com a sua inIOXQFLD VREUH D UHGH GH GLVWULEXLмR H FRP a proteção deles contra sobretensþes, curto-circuitos e sobrecargas. Concretamente, no caso da proteção dos sistemas baseaGRV HP HOHWU¾QLFD GH SRWQFLD DV DWXDLV tecnologias dos disjuntores para MT permitem fazer o corte de correntes de defeito em algumas dezenas de milissegundos, o que Ê demasiado para evitar provocar danos nos FRPSRQHQWHV GH HOHWU¾QLFD GH SRWQFLD 3DUD TXH Q¼R KDMD GDQRV VHU£ QHFHVV£ULR dispor de tempos de corte que não ultrapassem as centenas de microssegundos. Tempos de corte desta ordem de grandeza só poderão ser conseguidos com disjuntores que não se baseiem apenas em açþes mecânicas, ou seja, em disjuntores tambÊm baseados em tecnologia do estado sólido, RX HP WHFQRORJLDV K¯EULGDV TXH HVW¼R M£ HP desenvolvimento.