Normalidade
DA MESA DO DIRETOR
O COVID-19, aliado a uma certa histeria coletiva que me parece muito exagerada, tem impedido uma reação serena a uma ameaça global. A frase que mais me incomoda é a utilizada por aqueles que, não sendo capazes de aprender com os casos de Itália e Madrid (especialmente Madrid), dizem que pretendem manter a “normalidade” até se justificarem medidas mais agressivas. Ora, ser afetado por vírus é “normal”, pelo que as medidas de prevenção têm de ser encaradas como “normais” e não como uma fuga à “normalidade”.
J. Norberto Pires
ESTATUTO EDITORIAL
robótica
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Prof. da Universidade de Coimbra
TÍTULO “robótica” – revista técnico-científica. OBJETO Ciências e tecnologias no âmbito da automação, controlo e instrumentação.
É por não o considerarmos normal que um vírus consegue parar o mundo. Desvalorizamos. A China desvalorizou e só atuou quando a situação era já preocupante. Entretanto, a infeção já se tinha espalhado pelo país. Em Itália, tentou manter-se a “normalidade”, até já ser tarde demais. Hoje o país está totalmente parado. Em Espanha aconteceu a mesma coisa. Já com vários casos detetados, as autoridades de Madrid acharam que não havia razão para alterar a “normalidade”. No Dia da Mulher, 08 de março, existiu uma manifestação em Coimbra que juntou várias centenas de milhares de pessoas. Um dia depois, na segunda-feira, 09 de março, perante o descalabro e perante um grande número de mortes,
a cidade fechou escolas e universidades e no 11 de março o sistema de saúde em colapso. Um vírus é um agente infecioso (inerte quando está fora de uma célula) composto por uma ou várias moléculas de DNA, ou RNA, (ou seja, código genético infecioso) protegido por uma carapaça de proteína. Essa carapaça pode ter outras substâncias para melhor “enganar” as células. Por exemplo, os picos do coronavírus são feitos de açúcar. Tudo isto tem um objetivo, entrar em ambiente celular para se replicar, produzir novos vírus que se libertam da célula, a qual deixa de funcionar como deveria. O importante em tudo isto é considerar que os vírus (naturais e artificiais) são uma realidade normal, com a qual temos de viver. Isso significa que temos de estar informados e ter o máximo de cuidado com a forma como interatuamos com a natureza e com os outros. Essa forma de estar é a forma NORMAL de viver. Qualquer outra, nomeadamente a de soberba, pensando que com a nossa tecnologia somos capazes de tudo, é totalmente ANORMAL e tem as consequências que estão à vista: um organismo inerte, manoscópico, é capaz de parar o mundo em poucas semanas. Pensem nisso.
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OBJETIVO Difundir ciência, tecnologia, produtos e serviços, para quadros médios e superiores com formação em engenharia e gestão industrial. ORGANIZAÇÃO EDITORIAL Sem prejuízo de novas áreas temáticas que venham a ser consideradas, ENQUADRAMENTO FORMAL a estrutura de base da organização editorial da revista compreende: A “robótica” respeita os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissio- › Sumário nal, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa › Editorial fé dos leitores, encobrindo ou deturpando informação. › Artigo Científico › Sociedade Portuguesa de Robótica CARATERIZAÇÃO › Espaço Empreender e Inovar Publicação periódica especializada. › Vozes de Mercado › Espaço Qualidade ESTRUTURA REDATORIAL › Automação e controlo Diretor – Docente de reconhecido mérito científico. › Eletrónica Industrial Diretor-Adjunto – Docente universitário na área de atuação da revista. › Ficha Prática de Eletrónica Corpo Editorial – Órgão de consulta e seleção de conteúdos científicos. › Instrumentação Coordenador Editorial – Profissional no ramo de engenharia afim ao objeto da revista. › Notícias da Indústria Colaboradores – Investigadores e técnicos profissionais que exerçam a sua atividade › Nota Técnica no âmbito do objetivo editorial, instituições de formação e organismos profissionais. › Dossier Temático
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