editorial
redes inteligentes UM SUPORTE PARA A INTELIGÊNCIA DO CONSUMO E RENOVÁVEIS
Cláudio Monteiro Diretor
As redes inteligentes são atualmente um dos vetores mais importantes da investigação no setor das redes elétricas. Por essa razão a Renováveis Magazine dedica este número a este fervilhante tema, sendo apresentados alguns projetos e iniciativas envolvendo entidades portuguesas e casos piloto a decorrer em Portugal. A inteligência nas redes está essencialmente relacionada com informação, mais especificamente com a informação que leva a uma melhor gestão dos recursos. Na perspetiva das concessionárias das redes, o objetivo é ter mais e melhor informação para um eficiente controlo das redes e assim garantir uma melhor qualidade do serviço e uma maior eficiência de exploração, o que leva a uma redução de custos e idealmente uma redução dos preços da eletricidade. Na perspetiva do consumidor, maior e mais detalhado fluxo de informação é essencial para suportar dispositivos e aplicações inteligentes capazes de responder de forma dinâmica aos sinais de preços da rede. Na verdade o consumidor passa a responder como um elemento controlador da rede, partilhando diretamente dos benefícios económicos de uma gestão eficiente da rede. Na perspetiva das renováveis, as redes inteligentes são uma ferramenta importante para otimizar a integração deste recurso. Sendo as renováveis um recurso variável, de difícil controlo e distribuído em níveis de tensão baixos e de pequena capacidade, é importantíssimo preparar as redes com soluções de controlo inteligentes, voluntárias, reativas e de baixo custo, contribuído assim para uma eficaz promoção das renováveis.
Sendo as renováveis um recurso variável, de difícil controlo e distribuído em níveis de tensão baixos e de pequena capacidade, é importantíssimo preparar as redes com soluções de controlo inteligentes, voluntárias, reativas e de baixo custo, contribuído assim para uma eficaz promoção das renováveis.
É neste contexto e com estes objetivos que as redes inteligentes encontram, nos diversos setores e agentes, a motivação para o seu desenvolvimento. Obviamente, o desenvolvimento de um paradigma de redes inteligentes requer a instalação de novos equipamentos, a gestão de enormes sistemas de informação e novas formas de organização e regulação das redes. Tudo isto cria oportunidades de novos negócios e serviços mas também custos, que direta ou indiretamente recaíram sobre os consumidores. Todos estes aspetos, positivos e negativos, devem ser bem ponderados, tentando encontrar pontos de equilíbrio e sustentabilidade em que as redes inteligentes possam trazer benefícios a todos. 2