é tempo de parar e repensar o planeta

Page 1

editorial

é tempo de parar e repensar o planeta

Amadeu Borges Diretor

É urgente pensar-se nas soluções que melhor servirão os interesses do nosso país e do próprio planeta, deixando para trás as medidas das quais apenas alguns acabam por tirar benefício.

2

Chegamos a um ponto que é impossível e impensável virarmos as costas ao que se passa em torno do consumo de energia, das emissões gasosas poluentes e, consequentemente, das alterações climáticas. 3 IWTEpS HI QERSFVE q IWGEWWS TEVE RnS HM^IV MRI\MWXIRXI % XSQEHE HI GSRWGMsRGME HI UYI ETInas com políticas assertivas, no que diz respeito ao consumo dos recursos naturais, será possível reverter os erros do passado, ajuda a dar força a quem, de forma verdadeiramente altruísta, se preocupa com a casa comum – o nosso planeta. 8EPZI^ JEpE TEVXI HS QIY GIXMGMWQS MRIVIRXI ES GSRLIGMQIRXS HE LMWXzVME HE LYQERMHEHI HSW PXMmos séculos, não acreditar em soluções políticas onde a hipocrisia continua a ser mais forte que o altruísmo. Mas não nos deixemos iludir nem tão pouco cair em alarmismos ou em políticas populistas. Há solup~IW GETEGMHEHI I ZSRXEHI TEVE UYI WI Hs MRuGMS k VIZIVWnS HS GEQMRLS UYI ZIQ E WIV WIKYMHS HIWHI UYI E IRIVKME YPXVETEWWSY E jKYE REW UYIWX~IW UYI GSRHY^IQ ESW GSR¾MXSW EVQEHSW Começar por informar e educar os consumidores é fundamental. Desta forma, deixaremos de dar MQTSVXlRGME E E½VQEp~IW UYI ZEQSW SYZMRHS YQ TSYGS TSV XSHS S PEHS GSQS WI HI EPKS MQTSVtante se tratasse. Estarmos informados evitará, também, a aprendizagem mais comum em Portugal – E UYI EGSRXIGI k QIWE HI YQ UYEPUYIV GEJq ¯ GSRHY^MRHS E GMHEHnSW QEMW VIWTSRWjZIMW RS UYI HM^ respeito ao consumo dos recursos disponíveis. Continuar e responsabilizar os decisores e gestores de topo pelos erros ambientais e energéticos GSQIXMHSW k WSQFVE QYMXEW ZI^IW HI IWXVEXqKMEW HMWJEVpEHEW HI TSPuXMGEW QMPEKVSWEW UYI ETIREW WIVvem os interesses de alguns – muito poucos – em detrimento de um planeta inteiro. %GEFEV GSQ E HIQEKSKME HEV ZS^ ES TVEKQEXMWQS I XIVQMREV GSQ SW HMWGYVWSW MR¾EQEXzVMSW HIWMRJSVQEHSW I ½RKMHSW IQ TVSP HS EQFMIRXI I HS TPERIXE TVSJIVMHSW TSV UYIQ RnS JE^ MHIME HS WIRXMHS das palavras que leem de uma folha de papel trabalhada por quem escreve bonito. As tais palaZVEW UYI HM½GMPQIRXI VIWYPXEVnS IQ Ep~IW E RnS ser que resultem num assalto aos bolsos dos cidadãos e no enriquecimento de alguns com alta proteção das políticas – valha-nos que tudo é feito em prol de um planeta que se quer sauHjZIP TEVE SW RSWWSW ½PLSW I RIXSW HIWGYPTIQ-me a ironia). Não procuremos culpados para o que se TEWWE (I JEGXS SW GYPTEHSW IWXnS MHIRXM½GEHSW XSHSW RzW WIQ I\GIpnS 5YI RMRKYqQ WI WMRXE menos culpado em relação ao que se passa, porque se adota um comportamento mais responsável num ou outro aspeto, pois por muito que se pense que somos diferentes, todos acabamos TSV UYIVIV S GSRJSVXS IWXERHS MRHMWTSRuZIMW TEVE WEGVM½GEV SW HMVIMXSW EHUYMVMHSW RS GSRWYQS HI recursos. f EPXYVE HI QYHEV I GEHE YQ HI RzW HIZIVj EWWYQMV E UYSXE TEVXI RE VIWTSRWEFMPMHEHI HI XYHS S que se passa no planeta. Se assim for, certamente o futuro será melhor. f EPXYVE HI QYHEV EW TSPuXMGEW I HIMXEV QnSW k SFVE f EPXYVE HI HIM\EVQSW HI TIRWEV UYI S TVSblema está apenas nos outros. É altura de sair das salas de reuniões e assumir o nosso compromisso com o consumo responsável de recursos. É altura de por em prática as políticas que os políticos fazem e estes darem o exemplo da sua aplicação. Se assim for, certamente o futuro será melhor. 2S UYI HM^ VIWTIMXS k IRIVKME q YVKIRXI VITIRWEV EW IWXVEXqKMEW I IZMXEV EW QIHMHEW UYI GSQTVSmetem a economia e a sustentabilidade de um país. É urgente pensar-se nas soluções que melhor WIVZMVnS SW MRXIVIWWIW HS RSWWS TEuW I HS TVzTVMS TPERIXE HIM\ERHS TEVE XVjW EW QIHMHEW HEW UYEMW apenas alguns acabam por tirar benefício. É urgente acabar com a hipocrisia da produção da energia UYI VIWYPXE IQ QMPL~IW GSQ E HIWGYPTE UYI S EQFMIRXI q FIRI½GMEHS 4SV ½Q ETIREW TIVKYRXS HS UYI q JIMXS HS ±solar obrigatório” que tanta dor de cabeça deu a projetistas que o queriam evitar nas construções novas quando era aplicado o Decreto-Lei 80/2006. Será MQTVIWWnS QMRLE SY YQE MRZIVWnS VIQIXIY S ±solar obrigatório” para um plano secundário em detrimento de outras soluções menos amigas do ambiente e que consomem recursos, em prejuízo dos aproveitamentos solares térmicos que não se traduzem pelo consumo de recursos do planeta?


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.