Editorial

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EDITORIAL

Nos últimos anos temos vindo a assistir a uma evolução na sociedade portuguesa que, pelo menos da nossa parte, não nos permite perceber quais são as opções económicas e sociais que desejamos para o nosso futuro coletivo.

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e, por um lado, temos uma população cada vez com melhor preparação escolar, com maior frequência com êxito de cursos de formação superior, por outro lado assistimos a uma degradação dos serviços de natureza pública quer eles sejam prestados por entidades públicas ou privadas, ou ainda por parcerias público-privadas. São cada vez mais as queixas que ouvimos, as paralisações de trabalho a que assistimos. Situações que na prática resultam numa perda de qualidade de vida da população em geral. Uma questão que está sempre presente tem a ver com os custos que esses serviços públicos acarretam, nomeadamente os relacionados com investimentos em infraestruturas em que ouvimos sempre serem anunciados valores muito elevados para os investimentos iniciais, mas nunca sabemos quanto vão custar ao longo do seu ciclo de vida. E depois ouvimos que o dinheiro não chega para tudo … Por outro lado, depois de uma fase em que assistimos a uma terceirização acentuada e rápida da nossa economia, verificamos que afinal tem que haver um balanço entre os diferentes setores da economia e que a componente industrial, principal responsável pelas exportações, não é de negligenciar, bem pelo contrário!

Outros países (veja-se a nossa vizinha Espanha) resistiram a essa tentação, mantendo uma percentagem importante do PIB ligado aos processos produtivos industriais, suportados pelos novos serviços entretanto criados. Mas e infelizmente verificamos que em Portugal tem-se ao longo do tempo vindo a perder a capacidade de realização de novos produtos nas áreas industriais, o que tem levado muitas empresas a desistir de produzir em Portugal. A mão-de-obra afinal tem cada vez menos preparação técnica e científica nas áreas de interesse industrial e a que tem essa preparação é escassa. Para equilibrarmos as nossas contas como país temos que exportar. Logo se olharmos para países que são grandes exportadores (Alemanha, Japão, Dinamarca, …) e os tomarmos como bons exemplos, vamos deparar-nos com situações diversas das nossas. Apesar destes países se queixarem da falta de Engenheiros, apostam fortemente no desenvolvimento industrial suportado por Universidades e Escolas bem financiadas e com altos níveis de exigência e por sistemas científicos de apoio estruturados de acordo com as necessidades previsíveis para o futuro. E em Portugal? Quando é que vamos seguir esses bons exemplos? M

Luís Andrade Ferreira Diretor

Mas e infelizmente verificamos que em Portugal tem-se ao longo do tempo vindo a perder a capacidade de realização de novos produtos nas áreas industriais, o que tem levado muitas empresas a desistir de produzir em Portugal.

ESTATUTO EDITORIAL TÍTULO “Manutenção” OBJETO Ciências e Tecnologias do âmbito da Manutenção. OBJETIVO Difundir ciência, tecnologia, produtos e serviços, para a comunidade de profissionais que exercem a sua atividade no setor da Manutenção. ENQUADRAMENTO FORMAL A “Manutenção” respeita os princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não poder prosseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores, encobrindo ou deturpando informação. CARACTERIZAÇÃO Publicação periódica especializada. ESTRUTURA REDATORIAL Diretor – Profissional de reconhecido mérito científico, nomeado pela Associação Portuguesa de Manutenção Industrial. Coordenador Editorial – Profissional no ramo de engenharia afim ao objeto da revista.

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MANUTENÇÃO 137

Colaboradores – Engenheiros e técnicos profissionais que exerçam a sua atividade no âmbito do objeto editorial, instituições de formação e organismos profissionais. SELECÇÃO DE CONTEÚDOS A seleção de conteúdos técnico-científicos é da exclusiva responsabilidade do Diretor. A revista poderá publicar peças noticiosas com caráter de publicidade paga nas seguintes condições: • identificação com a nomeação de Publi-Reportagem; • formato de notícia com a aposição no texto do termo Publicidade. ORGANIZAÇÃO EDITORIAL Sem prejuízo de novas áreas temáticas que venham a ser consideradas, a estrutura de base da organização editorial da revista compreende: • Sumário • Editorial • Artigo Científico • Espaço Qualidade • Vozes de Mercado • Espaço de Formação • Gestão de Resíduos • Tribologia • Informações APMI

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ESPAÇO PUBLICITÁRIO A Publicidade organiza-se por espaços de páginas e frações, encartes e Publi-Reportagens. A Tabela de Publicidade é válida para o espaço económico europeu. A percentagem de Espaço Publicitário não poderá exceder 1/3 da paginação. A direção da revista poderá recusar Publicidade cuja mensagem não se coadune com o seu objeto editorial. Não será aceite Publicidade que não esteja em conformidade com a lei-geral do exercício da atividade, e em que o anunciante indicie práticas danosas das regras de concorrência, ou não cumprimento dos normativos ambientais e sociais.


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Editorial by cie - Issuu