Dossier sobre sautomação cognitiva e robótica

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Robótica Pedagógica e currículo escolar João Vilhete Viegas d’Abreu, Universidade Estadual de Campinas-NIED Maria de Fátima Garcia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte-CERES/DEDUC A Inteligência Artificial incorporada na robótica Renato Suekichi Kuteken, Rayanne Floriano Batista Como a automação robótica de processos impulsiona a melhoria dos processos – e a necessidade de infraestrutura industrial edge António Varandas, Marketing & Business Development Industry Manager Schneider Electric

robótica

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Dossier sobre Automação Cognitiva e Robótica

DOSSIER

A automação cognitiva, a robótica, a AI o Big Data são a materialização tecnológica, da informação que durante longos anos o ser humano processou. Não poderemos esquecer-nos dos "Big arquivos" de informação com enormes dossiês que normalmente se encontravam indexados, num outro arquivo, numerados e de A a Z, segundo uma orientação cartesiana XY de armários e prateleiras. Por outro lado será fácil visualizar os enormes escritórios de contabilidade onde, em uníssono, os manguitos se movimentavam num ciclo de vai-e-vem, por entre o martelar de teclas, avançando ou reposicionando as folhas dos balanços e balancetes.

As tecnologias de informação, a automação, a robótica, a AI, as redes neuronais bem como o desenvolvimento de linguagens cognitivas revolucionaram o modo como vemos ou poderemos ver a nossa existência a curto prazo. Se, por um lado, se tornam ferramentas importantes de aprendizagem, que nos permitem errar antes de concretizar, também revolucionaram o comportamento social do homem não só ao nível da socialização, saber estar, mas também ao nível do saber fazer. A automação substituiu o homem, enquanto operário especializado numa operação monótona e perigosa, criando problemas socioeconómicos e exigindo que os “sobreviventes” sejam

polifacetados e capazes de acrescentar valor às suas operações. A robótica enquanto parceiro de trabalho, robótica colaborativa, libertou-nos de tarefas repetitivas e debilitantes que, em muitos casos, conduzem a problemas económicos (baixas médicas ou reformas antecipadas com perda de know-how, por exemplo) difíceis de ultrapassar. No dia-a-dia toda esta tecnologia, utilizada na melhoria de vida, condiciona-nos enquanto ser humanos. O uso de telemóveis, mesmos os menos sofisticados, informam, permanentemente, da nossa localização, as câmaras de vigilância, mesmo que de uso privado, identificam-nos rapidamente (sistemas avançados de reconhecimento

facial), as ferramentas de navegação da Web sugerem-nos cada vez mais produtos, páginas e serviços, geridos por sistemas inteligentes que analisam, online, o nosso perfil de pesquisas. O Homem torna-se “escravo” da tecnologia que se torna cada vez mais “senhor” dos nossos hábitos ou mesmo do nosso destino. Longe vão os tempos em que nos riamos da comparação de um automóvel com um sistema informático. O ato de sair e entrar, desligar e tornar a ligar um sistema, repunha-o em funcionamento. Hoje, este lema está cada vez mais presente em todos os sistemas que nos rodeiam e o ato de sair e tornar a entrar num automóvel não o coloca em funcionamento, mas o ato de o desligar e tornar a ligar é cada vez mais uma realidade necessária, em determinadas situações, ao seu funcionamento. Nesta senda de acontecimentos, a condução autónoma tornou-se já uma realidade e perto está o dia em que diremos, ao nosso carro elétrico, o destino pretendido enquanto saboreamos uma chávena de café ou lemos um livro. Adriano A. Santos


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