dossier sobre biomassa
biomassa – uma oportunidade para a proteção e valorização da žSVIWXE Tradicionalmente um dos setores que mais pesa na balança comercial portuguesa no que respeita kW MQTSVXEp~IW q S WIXSV IRIVKqXMGS )Q 4SVXYKEP GSQTVSY QMPL~IW HI IYVSW IQ TIXVzPIS 3 QIWQS q HM^IV UYI WnS UYEWI QMP QMPL~IW HI IYVSW UYI WI TIVHIQ IQ MRZIWXMQIRXS HMVIXS no nosso paĂs e que sĂŁo injetados noutros territĂłrios. Paulo Pereira 4VIWMHIRXI HE 'lQEVE 1YRMGMTEP HI &EMnS
Nas Ăşltimas duas dĂŠcadas a polĂtica energĂŠtica portuguesa tem vindo a mudar consideravelmente, no sentido de se fazer um esforço sustentado para diminuir a dependĂŞncia energĂŠtica da tradicional fonte de combustĂveis fĂłsseis (petrĂłleo e gĂĄs natural), em especial no setor elĂŠtrico. Com esta polĂtica, Portugal tem vindo a conseguir diminuir a dependĂŞncia face ao limitado nĂşmero de paĂses produtores, aumentando nĂŁo sĂł a sua autonomia energĂŠtica mas permitindo, igualmente, e em simultâneo, a alocação dos recursos resultantes da poupança noutros setores essenciais para o desenvolvimento do paĂs. A opção passou (e passa) por uma aposta num sistema de produção energĂŠtica assente nas energias alternativas. Aqui, duas ĂĄreas saltam Ă vista: a hĂdrica, atravĂŠs do programa nacional de construção de barragens (responsĂĄvel pela produção de 26,1% da eletricidade produzida) e a eĂłlica, ĂĄrea em que temos dado cartas a nĂvel mundial pelas boas prĂĄticas desenvolviHEW I MQTPIQIRXEHEW I UYI XIQ Nj HS TIWS VI½VE WI UYI E IRIVgia tĂŠrmica ĂŠ, ainda, responsĂĄvel por 49,9% do setor elĂŠtrico). Tal polĂtica contribuiu, claramente, para a alteração do tipo de consumo energĂŠtico a que, como consumidores, temos vindo a incorporar no nosso dia-a-dia, na maioria das vezes sem nos apercebermos do real impacto que tem para o ambiente. Enquanto a capacidade de produção de energia hĂdrica aparenta estar prĂłxima do seu limiar, a eĂłlica parece ter margem de progressĂŁo, em especial com o potencial que a produção offshore GSR½KYVE 2S IRXERXS SYXVSW setores poderĂŁo nos prĂłximos anos vir a conhecer um desenvolvimento interessante, o que contribuirĂĄ para uma menor dependĂŞncia energĂŠtica do nosso paĂs, aumentando dessa forma a sua capacidade de investimento interno. O aproveitamento da energia solar ĂŠ outro setor energĂŠtico no qual Portugal apresenta um elevado potencial produtivo. Somos o paĂs da Europa com o maior nĂşmero mĂŠdio de horas de insolação por ano (entre as 2200 e as 3000 horas). No entanto‌ produzimos menos energia do que a Alemanha (1,4% para 5,9%). Com as perspetivas de novos avanpSW XIGRSPzKMGSW UYI WI E½KYVEQ RS WIXSV HE MRH WXVME HI TEMRqMW JSXSZSPXEMGSW XEQFqQ EUYM HIZIVIQSW GSRLIGIV YQ WEPXS WMKRM½GEXMZS RSW prĂłximos anos. 34
Portugal tem vindo a conseguir diminuir a dependĂŞncia face ao limitado nĂşmero de paĂses produtores, aumentando nĂŁo sĂł a sua autonomia energĂŠtica mas permitindo, igualmente, e em simultâneo, a alocação dos recursos resultantes da poupança noutros setores essenciais para o desenvolvimento do paĂs e das suas regiĂľes.
3 TSXIRGMEP IRIVKqXMGS REGMSREP RnS XIVQMRE TSV EUYM 3 WIXSV žSVIWXEP (que cobre 39% do território nacional) poderå ter a possibilidade de ressurgir, de se reinventar e de se renovar. De forma crua e pragmåtica: os últimos dois anos alteraram a forma GSQS SW HIGMWSVIW TSPuXMGSW TEWWEVEQ E IRGEVEV E žSVIWXE TSVXYKYIWE 4EWsåmos de uma atitude expectante, para uma atitude proativa.