Porque investir em robótica colaborativa em tempo de pandemia?

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Equinotec – Soluções de Engenharia, Lda.

Ao longo dos anos, várias foram as vezes em que nos deparámos com crises financeiras, guerras, pandemias, entre outras situações imprevisíveis e com grande impacto em toda a sociedade. E em todas elas, os nossos planos, cálculos e previsões foram postos à prova e tiveram de ser revistos.

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Dossier sobre Robótica colaborativa

Porque investir em robótica colaborativa em tempo de pandemia?

Nestas alturas de instabilidade, somos levados a questionar-nos se estamos perante cenários que acarretam grandes riscos para os investimentos ou se estamos perante oportunidades de negócio. A história dá-nos exemplos de que podemos estar perante ambos, apenas temos de fazer o investimento certo. O tempo decorrido desde a chegada da Covid-19 tem mostrado que as empresas com maior nível de automação conseguem mais facilmente reagir e ultrapassar as situações mais imprevisíveis. Face aos bloqueios de fronteiras e limitação de circulação de pessoas e bens, muitas cadeias de abastecimento foram interrompidas, levando à interrupção de vários processos nas indústrias menos preparadas. Para reagir a este tipo de situação, as empresas são obrigadas a analisar o seu processo produtivo, identificar os componentes essenciais (críticos) e investir na produção local dos mesmos, diminuindo assim, as dependências externas. Esta mudança de estratégica implica a rápida implementação de novos processos ou adaptação dos atuais tornando-os mais flexíveis e versáteis, e é precisamente este um dos motivos que alavancou o aparecimento da robótica colaborativa.

A ORIGEM DA ROBÓTICA COLABORATIVA A robótica colaborativa surge como uma evolução da robótica tradicional, dando resposta à necessidade de soluções cada vez mais flexíveis e de rápida implementação/adaptação, que possam responder às solicitações do mercado. Cada vez mais, os produtos são mais personalizados e a sua procura é definida pelos clientes, não podendo ser controlada. Isto leva a que as indústrias estejam cada vez mais preocupadas em adotar soluções produtivas que lhes permitam alterar em tempo real o que produzir, em que momentos e em que quantidades, mantendo a sua rentabilidade. O aparecimento dos robots colaborativos surge neste contexto, possibilitado (e impulsionado) pela evolução tecnológica ao nível dos dispositivos de controlo e movimentação, monitorização, segurança, entre outros. Esta evolução permitiu a criação de robots mais leves, de mais fácil e rápida programação e que, ao mesmo tempo, combinam o desempenho típico dos robots industriais (força, velocidade, precisão) com a capacidade de trabalhar no mesmo espaço e em conjunto com pessoas (que possuem maior destreza e capacidade de resolução) – os robots colaborativos. Segundo a definição, robots colaborativos – também designados por cobots por abreviação da designação inglesa collaborative robots – são robots destinados a interagir diretamente com pessoas num espaço partilhado (colaboração) ou a integrarem espaços onde estão muito próximos de pessoas sem que haja necessidade de interação (cooperação). As suas características fazem com que, por um lado, possibilitem instalações mais rápidas e simples (com menos acessórios) e, por outro, possibilitem instalações mais “provisórias”, na medida em que rapidamente podem ser realocados a outros processos sempre que seja necessário dar resposta aos diferentes pedidos dos clientes.


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