quais serão as consequências perante a União Europeia do atraso da construção de edifícios “NZEB” em

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climatização

quais serĂŁo as consequĂŞncias perante a UniĂŁo Europeia do atraso da construção de edifĂ­cios “NZEBâ€? em Portugal? Alfredo Costa Pereira Especialista em engenharia de climatização Tekk, engenheiros consultores Pedro Costa Pereira SĂłcio Fundador da Tekk engenheiros consultores

Portugal estĂĄ jĂĄ atrasado a dar resposta Ă implementação na prĂĄtica da Diretiva Europeia “Energy Performance in Buildings Directiveâ€? EPBD 2010/31/UE, relativamente Ă Regulamentação TĂŠrmica (RT) para os edifĂ­cios. ([LVWH MÂŁ OHJLVODмR HP YLJRU QD ÂŁUHD GRV HGLIÂŻFLRV QR ¤PELWR GR 6LV WHPD GH &HUWLͤFDмR (QHUJÂŤWLFD H 4XDOLGDGH GR $U ,QWHULRU 6&( GH acordo com a Diretiva anteriormente referida, nomeadamente a Re gulamentação TĂŠrmica, (RT) a saber: o Regulamento para EdifĂ­cios de Habitação, (REH) e o Regulamento para EdifĂ­cios Comerciais e de Serviços (RECS) que impĂľem que a partir de 2020 os edifĂ­cios novos a TXH D 'LUHWLYD VHMD DSOLFÂŁYHO VHMDP FRQVWUXÂŻGRV GH PRGR D QÂĽR WHUHP necessidades de consumo de Energia, “Nearly Zero Energy Buildingsâ€? 1=(% FRP H[FHмR GRV HGLIÂŻFLRV SÂźEOLFRV TXH MÂŁ GHYHULDP VHU “NZEBâ€? desde o dia 01 de janeiro de 2018. 'HSRLV GH YÂŁULRV FRQWULEXWRV D $'(1( IH] FLUFXODU XP GRFX PHQWR FRP XPD SHUJXQWD LQHYLWÂŁYHO VHUÂŁ TXH D QRYD 57 YDL DR encontro dos objetivos para os “NZEBâ€? e define a estratĂŠgia para OÂŁ FKHJDUPRV" 2 TXH ÂŤ XP IDFWR ÂŤ TXH R SODQR GH DмR SRUWXJXÂŹV TXH GHYHUÂŁ LQWHJUDU DV GHILQLŠ¡HV UHTXLVLWRV H PHWRGRORJLDV MÂŁ HVWÂŁ DWUDVDGR no tempo. &RPR MÂŁ UHIHULGR DQWHULRUPHQWH D OHJLVODмR MÂŁ H[LVWH HQTXD GUDGD QR 6&( PDV VHUÂŁ TXH KÂŁ D SRVVLELOLGDGH GH D UHVSRVWD D estes conceitos se integrar numa classificação energĂŠtica no SCE? 1RPHDGDPHQWH IDUÂŁ VHQWLGR RV HGLIÂŻFLRV $ VHUHP FODVVLILFD dos como “NZEBâ€? num futuro prĂłximo? Segundo Paulo Santos, Diretor de Certificação EnergĂŠtica de EdifĂ­cios da ADENE: â€œĂŠ natural e expectĂĄvel uma integração do conceito de NZEB com o SCE, mas nĂŁo necessariamente com a classe A+, que atualmente encima a nossa escala de desempenhoâ€?, esclarece. “Igualmente, a aparente evolução dos requisitos atĂŠ 2020 farĂĄ evoluir o conceito de edifĂ­cio A+, pelo que nessa altura adivinhar-se-ĂĄ um cenĂĄrio diferente do de agoraâ€?, conclui. 2V SODQRV GH DŠ¡HV GRV YÂŁULRV SDÂŻVHV YÂĽR HVWDU FRQGLFLRQDGRV SRU IDWRUHV LPSRUWDQWHV 2V DVSHWRV HFRQÂľPLFRV H GH UHQWDELOLGD GH R FOLPD DV SUÂŁWLFDV H[LVWHQWHV HQWUH RXWURV 6HMD FRPR IRU HVWH FRQFHLWR QÂĽR ÂŤ QRYR H MÂŁ ÂŤ DSOLFDGR HP YÂŁULRV SDÂŻVHV GD (XURSD (P 3RUWXJDO H[LVWH XP HGLIÂŻFLR H[SHUL PHQWDO PXLWR SUÂľ[LPR GR 1=(% R (GLIÂŻFLR 6RODU ;;, MÂŁ FRQVWUXÂŻGR KÂŁ DOJXQV DQRV QR campus do LNEG em parceria entre esta insti tuição e o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI). www.oelectricista.pt o electricista 65

Nota: SRU GHFLVÂĽR GR *RYHUQR WRPDGD HP R ,1(7, HQFRQWUD VH HP SURFHVVR GH H[WLQмR SDVVDQGR JUDQGH SDUWH GDV VXDV competĂŞncias para o novo LaboratĂłrio Nacional de Energia e Geo logia (LNEG). 7UDWD VH SRUWDQWR GH XP FRQFHLWR TXH MÂŁ ID] SDUWH GDV ERDV SUÂŁWLFDV FRQVWUXWLYDV H TXH HVWÂŁ QD JÂŤQHVH GD 5HJXODPHQWDмR 7ÂŤUPLFD GR 6&( &RQWXGR DV VROXŠ¡HV H PHWRGRORJLDV YDULDP H MÂŁ GHUDP RULJHP a algumas correntes distintas. Segundo o especialista em engenharia de climatização, Rafael 5LEDV QÂĽR KÂŁ GÂźYLGD TXH R FRQFHLWR GH ̸PassivhausĚš MÂŁ DGRWDGR com um grande sucesso em milhares de construçþes novas em mercados como da Alemanha e da Ă ustria, representa uma expe ULÂŹQFLD FRQFUHWD MÂŁ SHUFRUULGD H DVVLPLODGD “Estamos longe de um conceito experimental, capaz de usufruir de um reconhecido know-how acumulado e do acompanhamento pedagĂłgico dos projetistas. No entanto, qualquer outra proposta equivalente poderĂĄ ter o mesmo tipo de consequĂŞncias no objeto da nossa anĂĄlise. Se, a tĂ­tulo de exemplo, aplicarmos o nĂ­vel de exigĂŞncia da Passivhaus ao clima portuguĂŞs no que se refere aos consumos de aquecimento, que ĂŠ nĂŁo ultrapassar os 15 kWh/m2.ano, chegamos Ă conclusĂŁo de que nĂŁo estamos perante nenhuma enormidade. Este valor ĂŠ um saldo energĂŠtico entre as perdas e os ganhos gratuitos – solar passivo e ganhos internos - e serĂĄ facilmente conseguido com edifĂ­cios que tenham perdas na ordem dos 30 a 40 kW/m2.ano, TXH ÂŤ R TXH VH HVWÂŁ D YHULͤFDU QRV QRYRV HGLIÂŻFLRV HP 3RUWXJDO $GPLWLmos que o exercĂ­cio de bem desenhar a componente solar passiva se vĂĄ tornando uma prĂĄtica corrente daqui atĂŠ 2020, e que faça parte das açþes de implementação desta diretiva...â€? -ÂŁ +ÂŤOGHU *RQŠDOYHV 'LUHWRU GR /1(* GHIHQGH D DXVÂŹQFLD GH padronizaçþes rĂ­gidas sobre esta matĂŠria. “A Passivhaus alemĂŁ padroniza um valor de 15 kW/h/m2.ano, que ĂŠ bom em termos de fixação de objetivos, mas as soluçþes que refere podem nĂŁo ser adequadas para todos os paĂ­ses... De facto, hĂĄ um conjunto de soluçþes adequadas para um determinado tipo de clima, e padrĂŁo de utilização. Deste modo o tipo de construção dos edifĂ­cios tem que de estar condicionado ao clima do local onde vĂŁo ser construĂ­dos e enquadrados, no que se refere Ă sua utilização (equipamentos e nĂşmero de pessoas)â€?.

MAS ENTĂƒO O QUE PODERIA SER UM NZEB PORTUGUĂŠS? HĂŠlder Gonçalves avança com alguma prudĂŞncia: “hĂĄ soluçþes e soluçþes e temos que ter muito cuidado em adotĂĄ-las no nosso paĂ­s. É possĂ­vel sem grandes exageros, no setor residencial, conceber e


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