dossier sobre biomassa
o papel dos resĂduos žSVIWXEMW na penetração das energias renovĂĄveis no setor industrial 3 WIXSV MRHYWXVMEP JSM VIWTSRWjZIP TSV HS GSRWYQS HI IRIVKME ½REP RE 9RMnS )YVSTIME
)9 IQ )YVSWXEX XIRHS ZMWXS YQ HIGVqWGMQS HI GSRWYQS HI IRIVKME HI UYEWI HIWHI )WXE HIWGMHE HIZI WI IWWIRGMEPQIRXI E EPXIVEp~IW IWXVYXYVEMW RE IGSRSQME IYVSTIME I E QIPLSVMEW HI I½GMsRGME IRIVKqXMGE %TIWEV HIWXE IZSPYpnS S GSRWYQS IRIVKqXMGS RE MRH WXVME VITVIWIRXSY YQE JEXME MQTSVXERXI HI GSRWYQS XSXEP RE )9 I ETSMSY WI JYRHEQIRXEPQIRXI em combustĂveis fĂłsseis, com as consequĂŞncias ambientais que daĂ advĂŠm. Isabel Malico (ITEVXEQIRXS HI *uWMGE )WGSPE HI 'MsRGMEW I 8IGRSPSKME 9RMZIVWMHEHI HI fZSVE Ana Cristina Gonçalves, AdĂŠlia Sousa (ITEVXEQIRXS HI )RKIRLEVME 6YVEP )WGSPE HI 'MsRGMEW I 8IGRSPSKME -RWXMXYXS HI 'MsRGMEW %KVjVMEW I %QFMIRXEMW 1IHMXIVVlRMGEW -RWXMXYXS HI -RZIWXMKEpnS I *SVQEpnS %ZERpEHE 9RMZIVWMHEHI HI fZSVE
)Q QIXEHI HE IRIVKME ½REP GSRWYQMHE TIPE MRH WXVME IYVSTIME TVSveio da queima direta de combustĂveis fĂłsseis e 34% foi energia elĂŠtrica UYI TSV WYE ZI^ GSRXMRYE E WIV TVSHY^MHE GSQ YQ VIGYVWS WMKRM½GEXMZS E recursos nĂŁo renovĂĄveis. Apesar de crescente, a quota de energias renoZjZIMW RS GSRWYQS ½REP HE MRH WXVME HE )9 JSM VIHY^MHE IQ WIRHS E FMSQEWWE E RMGE JSRXI VIRSZjZIP GSQ YQE YXMPM^EpnS WMKRM½GEXMZE (em 2017, 97% das fontes renovĂĄveis utilizadas na indĂşstria foi biomassa). TambĂŠm em Portugal, a indĂşstria constitui um setor com elevados GSRWYQSW HS GSRWYQS HI IRIVKME ½REP IQ I GSQ JSVXI dependĂŞncia de combustĂveis fĂłsseis (*MKYVE ). A eletricidade tem um papel importante nos consumos energĂŠticos do setor industrial portuKYsW WIKYMHE HS KjW REXYVEP I HE FMSQEWWE :IVM½GE WI UYI SW HIVMZEdos de petrĂłleo e o carvĂŁo perderam relevância, sendo este Ăşltimo uma fonte energĂŠtica pouco importante para a indĂşstria portuguesa atualmente. De destacar que a quota de fontes de energia renovĂĄveis consumidas diretamente pela indĂşstria portuguesa ĂŠ mais elevada do que na mĂŠdia dos Estados Membros da UniĂŁo Europeia (em 2017, foi de 22%). A biomassa representa, praticamente, a totalidade das fontes renovĂĄveis utilizadas pela indĂşstria portuguesa (em 2017, 98% biomassa sĂłlida, 1% biocombustĂveis e 1% biogĂĄs). Este combustĂvel renovĂĄvel oferece a possibilidade, por vezes atravĂŠs de tecnologias de prĂŠ-processamento, de uma maior implantação de tecnologias de baixo teor de carbono e ĂŠ particularmente adequado para a produção de calor e para a produção combinada de calor e eletricidade na indĂşstria. HĂĄ, no entanto, uma sĂŠrie de barreiras que impedem um maior consumo de biomassa no setor industrial, e apesar de muitos projetos serem tecnicamente viĂĄveis nĂŁo sĂŁo implementados. O consumo de energia sob a forma de calor domina globalmente o consumo de energia da indĂşstria europeia. No entanto, os diferentes 26
Figura 1 )ZSPYpnS HS GSRWYQS JMREP HI IRIVKME RE MRH WXVME TSVXYKYIWE HI E
:EPSVIW XSXEMW I TSV JSRXI ZIXSV IRIVKqXMGS
WIXSVIW MRHYWXVMEMW WnS QYMXS HMZIVWM½GEHSW GSRWSQIQ IRIVKME IQ HMWtintos processos e utilizam tecnologias de conversĂŁo energĂŠtica tambĂŠm variadas. Particularmente importantes a nĂvel de consumos de calor na EU28 sĂŁo, por ordem de relevância, ĂŠ a indĂşstria siderĂşrgica, quĂmica e petroquĂmica, produtora de minerais nĂŁo metĂĄlicos, de pasta e papel e alimentar. Destas, em Portugal, destacam-se em termos de consumo