Impressão 3D

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Impressão 3D

robótica

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Joaquim Rainha CEO Raitec3D

portugal 3d

Nos dias de hoje está muito em voga ouvirmos e falarmos da revolução industrial 4.0, na Internet das Coisas, na nova era digital da informação, e como "consequência", a tecnologia de prototipagem está também cada vez mais enraizada nos diversos setores e atividades do nosso dia a dia.

Desde o estudo e desenvolvimento de produtos, passando pela indústria automóvel e motociclos (moldes e peças), pela engenharia no estudo de esforços e materiais, na área da saúde no estudo de doenças, através da visualização de órgãos em estado físico, na medicina dentária, na indústria aeronáutica e até espacial. São vários os casos de sucesso que podemos encontrar e que são largamente divulgados através das redes sociais. Em determinadas áreas têm sido bastante úteis em casos de reposição de peças que já não se encontra no mercado, devido ao fim de produção das mesmas. Tudo isto é possível, graças ao grande desenvolvimento das tecnologias existentes, e especialmente do rápido crescimento das matérias-primas, que cada vez mais têm as mesmas características técnicas dos materiais finais que normalmente só se conseguia através da injeção (moldes). No âmbito das tecnologias temos FFF, SLA, Material Jetting e SLS. A tecnologia FFF (Fused Filament Fabrication) é a mais comum de se ver, e funciona através de filamento do material pretendido, que está enrolado numa bobine, que por sua vez é aquecido por uma resistência e depositado na base através de um bico, onde o material arrefece e solidifica, fazendo a forma previamente enviada para a máquina 3D, criando sucessivas camadas, até termos a forma final. Existem diferentes máquinas de impressão de filamentos, com mesa de impressão aquecida ou fria, com câmara quente ou fria (todas fechadas ou abertas), com um ou dois bicos de extrusão, e com diferentes dimensões de área de impressão. Normalmente é das tecnologias mais económicas, dependendo da finalidade que pretendemos das peças, temos uma gama muito larga de materiais, desde o mais económico PLA, passando por materiais para engenharia e terminando em materiais de alta performance. Outro fator que a distingue é a capacidade de podermos controlar vários aspetos do processo, desde a temperatura do bico, a velocidade de extrusão, velocidade de construção da peça e referentes níveis de camada de acabamento da peça. Em termos de qualidade dimensional, ela varia conforme a máquina e material usada, numa máquina aberta em que não temos um ambiente controlado, a contração do material é maior, tendo que contar com essas diferenças na modelação da peça para compensar, enquanto numa impressora fechada, temos um ambiente controlado e com maior rigor dimensional. Exemplos de peças feitas por FFF:

TECNOLOGIA SLA STEREOLITHOGRAPHY A tecnologia SLA (Stereolithography), que é a primeira tecnologia da Impressão 3D, tendo sido patenteada, após anos de desenvolvimento, em 1986. Esta tecnologia utiliza espelhos (um no eixo do x e outro no eixo de y), conhecidos como galvanómetros, para mais rapidamente o laser atravessar o tanque da resina, fazendo a impressão da peça na plataforma de trabalho. Este processo exige uma limpeza das peças em álcool isopropílico, seguido de uma cura para a peça conforme o material que for impresso. Ao contrário da tecnologia FFF, a maioria dos parâmetros de impressão não podem ser alterados. O operador somente controla a posição da peça a imprimir, a localização dos suportes, o grau de acabamento que pretende e o tipo de material. O grau de acabamento pode ir de 25 microns até 100 microns.


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Impressão 3D by cie - Issuu