A eficiência energética e a competitividade das empresas

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a eficiĂŞncia energĂŠtica e a competitividade das empresas

Alexandre Fernandes

EmpresĂĄrio e Docente no Instituto Superior de Economia e GestĂŁo

Com a crescente redução do consumo e procura interna geral, as empresas comerciais ou industriais viram diminuir as suas margens brutas, quer por via da retração de vendas, quer pela necessidade de incrementarem políticas mais agressivas de preços, o que pressiona a necessidade de se reduzirem as taxas de impostos sobre os lucros, para melhorar o valor acrescentado bruto das empresas. Perante este facto consumado, três atitudes possíveis, uma primeira relacionada com o do IVA ou do IRC, uma segunda relacionada com o continuar a esperar que o mercado anime e retome a sua dinâmica perdida, algo que claramente não depende somente ativa e que depende, em primeira instância, dos decisores empresarias, e que se relaciona com a possibilidade de começarmos a ser mais YHUGHV produtivos nos diversos setores de atividade económica. Em estudos tornados públicos pela en gÊticos emitidos a edifícios de serviços, cer energÊtica, compreendendo aqui todos os que se situam nas Classes energÊticas A ou superior.

CLASSES ENERGÉTICAS DOS EDIF�CIOS DE SERVIÇOS Importa referir que cada salto na Classe energÊtica acima do nível B- (limite mínimo de referência para novos edifícios ou grandes

!" # ciĂŞncia energĂŠtica substancial, que se pode medir no seu limite mĂĄximo em cerca de www.oelectricista.pt o electricista 55

A+

2% (OHYDGD (ͤFLQFLD

A

46

B

22%

B-

38%

C

18%

D

5%

E

1%

F

1%

G

3%

25% de poupança energĂŠtica, face ao nĂ­vel da classe imediatamente anterior. Sendo o custo energĂŠtico uma parte importante dos gastos dos edifĂ­cios de serviços, podendo alcançar atĂŠ 25% dos seus custos operacionais, a adoção de medidas ção de consumos de energia, vĂŁo permitir Ă s empresas alcançarem melhores classes energĂŠticas, obtendo assim poupanças importantes no consumo e nos respetivos custos energĂŠticos que, aliados ao maior nĂ­vel de qualidade e conforto dos seus serviços, certamente contribuirĂŁo para um melhor nĂ­vel de satisfação de clientes, que mais cedo ou mais tarde terĂŁo reflexos positivos na atividade geral. Por simples cĂĄlculo podemos concluir que cada salto de classe energĂŠtica pode sig !$ empresa de serviços compreendida entre os quase 5% na visĂŁo mais conservadora, e os 10% na vertente mais ambiciosa. Nos edifĂ­cios de serviços, mesmo naqueles que utilizam vĂĄrias fontes energĂŠticas, a eletricidade corresponde a cerca de dois terços dos consumos energĂŠticos, com a maior fatia a pertencer Ă iluminação, aquecimento e arrefecimento do ambiente, com percentagens entre 30% e os 35% do total. & !$ as auditorias energĂŠticas conduzidas atĂŠ Ă

data, concluem que as medidas de melho efetivas incidem maioritariamente em três grandes åreas: iluminação, renovåveis e climatização, como pode ser constatado no '

INCIDĂŠNCIA DAS MEDIDAS DE MELHORIA EM EDIFĂ?CIOS Mas como podemos de uma forma prĂĄtica e realista concretizar as medidas de melhoria referidas, existindo atualmente um cenĂĄrio !$ acentuada e que impede a disponibilização de meios e recursos monetĂĄrios? Certamente que a resposta terĂĄ de ser clara e muito pragmĂĄtica: devem ser estimuladas e priorizadas as medidas de um mais rĂĄpido retorno e que incidam diretamente na economia de custos energĂŠticos no curto prazo. Teremos assim nas trĂŞs principais ĂĄreas ) * +

' energÊtica, que sem procurar excluir outras, podem constituir um verdadeiro URDG PDS para a mitigação dos consumos energÊticos, na årea da hotelaria. Na årea da iluminação destaque para a introdução de novas tecnologias, como o caso


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