dossier sobre solar fotovoltaico
o fotovoltaico em Portugal: recente evolução O fotovoltaico em Portugal teve, nos últimos 6 meses, importantes desenvolvimentos que seguramente colocarão esta tecnologia como uma das principais contribuidoras para a transição para um setor energÊtico totalmente descarbonizado. António Joyce, Teresa Ponce de Leão LNEG – Laboratório Nacional de Energia e Geologia
A Secretaria de Estado da Energia (Despacho n.Âş 5532-B/2019 de 6 de junho) determinou a abertura de um procedimento concorrencial para atribuição de Reserva de Capacidade de injeção na Rede ElĂŠtrica de Serviço PĂşblico para energia solar fotovoltaica, produzida em Centro Eletroprodutor. A capacidade total a atribuir foi de 1400 MW, ou seja, mais do que o dobro da atual capacidade instalada em Portugal, que ronda os 1; 3 TVSGIHMQIRXS GSRGSVVIRGMEP XIZI E JSVQE MRqHMXE IQ 4SVXYKEP HI YQ PIMPnS TSV ZME IPIXVzRMGE UYI SGSVVIY RS ½REP HS QsW HI NYPLS e que atraiu um conjunto apreciĂĄvel de empresas nacionais e estrangeiras. % MRWXEPEpnS HE GETEGMHEHI EXVMFYuHE JEV WI j RSW TVz\MQSW ERSW 3W VIWYPtados sugerem que este primeiro concurso, que atingiu em alguns casos preços de remuneração garantida (uma das duas modalidades previstas no concurso) muito baixos, que tiveram um mĂnimo de 14,8 ₏/MWh, foi um s\MXS 3 PIMPnS GSRWXMXYMY YQE QIHMHE HI TSPuXMGE XSXEPQIRXI EPMRLEHE GSQ o Plano Nacional de Energia e Clima 2030 (PNEC2030) que visa 9 GW de solar fotovoltaico em cerca de 10 anos. Em simultâneo esteve, atĂŠ ao inĂcio de agosto, em discussĂŁo pĂşblica, a redação do novo Decreto-Lei (para alteração do Decreto-Lei 153/2014) sobre a promoção e disseminação da produção descentralizada de energia a partir de fontes renovĂĄveis. Estas duas iniciativas, do lado da produção centralizada e da produção descentralizada, nomeadamente no autoconsumo e nas comunidades energĂŠticas e novos modelos de mercado para a eletricidade, trarĂŁo seguramente uma nova dinâmica ao mercado do fotovoltaico em Portugal. % RuZIP QYRHMEP RSQIEHEQIRXI RE 3'() S VIPEXzVMS HS 4:47 [[[ iea-pvps.org HE %KsRGME -RXIVREGMSREP HI )RIVKME Âą2019 Snapshot of Global PV Marketsâ€?, apresenta que em 2018 a capacidade cumulativa instalada a nĂvel mundial de sistemas fotovoltaicos era de 510 GW, tendo sido instalados nesse ano cerca de 100 GW, com a China a instalar 45 GW, a Ă?ndia 10,8 GW e os USA 10,6 GW. É ainda referido que o fotovoltaico VITVIWIRXE HI XSHE E IPIXVMGMHEHI TVSHY^MHE E RuZIP QYRHMEP WIRHS UYI IQ 4SVXYKEP S JSXSZSPXEMGS GSRXVMFYM IQ TEVE S mix energĂŠtico na produção. 3 JSXSZSPXEMGS WIVj WIKYVEQIRXI RSW TVz\MQSW ERSW E XIGRSPSKME HI TVSHYpnS HI IPIXVMGMHEHI QEMW HMRlQMGE I XIVj YQ TETIP QYMXS WMKRM½GEXMZS na prossecução dos objetivos de diminuir as emissĂľes de gases de efeito de estufa. 4IVERXI YQE XIGRSPSKME ETEVIRXIQIRXI QEHYVE UYEMW WIVnS SW HIWE½SW em termos de Investigação e Desenvolvimento? 24
O fotovoltaico serå seguramente, nos próximos anos, a tecnologia de produção de eletricidade mais dinâmica e terå um papel muito significativo na prossecução dos objetivos de diminuir as emissþes de gases de efeito de estufa. Perante uma tecnologia aparentemente madura, quais serão os desafios em termos de Investigação e Desenvolvimento?
3 4PERS 2EGMSREP HI 'MsRGME I 8IGRSPSKME ETSWXE RE jVIE XIQjXMGE ÂąSistemas SustentĂĄveis de Energia² EPQINERHS YQE TVSHYpnS VIRSZjZIP IQ IQ I IQ 4EVE EXMRKMV IWXIW ZEPSVIW Lj EMRHE uma aposta na digitalização do sistema elĂŠtrico, redes inteligentes (smart grids) e integração e otimização da geração renovĂĄvel variĂĄvel (VRE) exploVERHS WSPYp~IW EZERpEHEW HI žI\MFMPMHEHI STIVEGMSREP ÂŻ 3W VIGIRXIW PIMP~IW ZnS XSVREV S JSXSZSPXEMGS GSQS E XIGRSPSKME HI produção centralizada de eletricidade com maior capacidade instalada em Portugal. Vai ser fundamental a utilização de mĂşltiplos mecanismos HI žI\MFMPM^EpnS WINEQ IPIW S EVQE^IREQIRXS REW WYEW HMJIVIRXIW JSVmas (hĂdrica, tĂŠrmica, mecânica e eletroquĂmica), as interligaçþes regionais e internacionais, a gestĂŁo da procura e a interação com a produção JzWWMP UYI GSRXMRYEVj TIPS QIRSW HYVERXI QEMW YQE HI^IRE HI ERSW fundamentalmente a partir das centrais de ciclo combinado a GĂĄs Natural para que possamos otimizar a utilização do mix energĂŠtico disponĂvel em prol da redução de emissĂľes, enquanto garantimos o EFEWXIGMQIRXS E GYWXSW EGIMXjZIMW *VYXS HE IPIXVM½GEpnS TIPE YXMPM^EpnS de renovĂĄveis hĂĄ setores que irĂŁo contribuir para acelerar a penetração, sendo eles o dos transportes, o do aquecimento e arrefecimento e o papel que o fotovoltaico poderĂĄ ter tambĂŠm no fornecimento de serviços de sistema. – A produção distribuĂda WIVj S QEMSV HSW HIWE½SW TEVE S JSXSZSPXEMGS RYQ JYXYVS TVz\MQS )JIXMZEQIRXI JEGI ES EYQIRXS TVIZMWuZIP HE produção distribuĂda nomeadamente nos regimes de autoconsumo, o atual modelo do sistema elĂŠtrico baseado em centrais produtoras e redes com trânsitos unidirecionais que abastecem tipicamente consuQMHSVIW Âąpassivos² TEWWEVj E YQE VIHI HI HMWXVMFYMpnS Âąativaâ€? resultante