A próxima (r)evolução industrial

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A próxima (r)evolução industrial

robótica

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vozes de mercado

Pedro Silva Automation & SCADA Product Manager Schneider Electric Portugal

Nos últimos anos, a Internet of Things (IoT) tornou-se um tópico dominante nas discussões, primeiramente sobre as Tecnologias da Informação e atualmente, sobre qualquer um dos vários setores de atividade, sejam indústria, turismo ou outro.

O setor da indústria é, simultaneamente, o berço e o cenário ideal para a proliferação e evolução da Internet of Things – falamos, neste caso, da Industrial Internet of Things (IIoT). A Industrial Internet of Things assume regularmente vários nomes e é considerada por muitos como a próxima Revolução Industrial. Contudo, na Schneider Electric olhamos para a Internet of Things enquanto evolução que está a tornar realidade um mundo em que soluções e sistemas inteligentes podem operar como parte de um amplo sistema de sistemas. Um exemplo desta nova realidade é a nova plataforma de gestão e controlo Plantstruxure PES. Um sistema híbrido que combina o controlo de processo, a gestão de ativos e a otimização das rotinas numa interface. Ao combinar os dados relativos ao consumo energético e ao processo numa plataforma única e integrada, o PlantStruxure PES da Schneider Electric oferece uma interface operacional dinâmica e de controlo em tempo real que possibilita às equipas operacionais tomar decisões precisas e atempadas para a redução do consumo de energia e a maximização da eficiência de processos. Na era digital, a informação passou a estar acessível a qualquer momento

e em qualquer local, através de equipamentos interligados que formam um ecossistema verdadeiramente conetado e sustentável, em que infraestruturas e máquinas trabalham de forma colaborativa e segura para colocar a tecnologia ao serviço do homem, tornando a sua ação mais eficiente e sustentável. A Industrial Internet of Things (IIoT) não tem a ver com uma disrupção com os sistemas de automação atuais e a sua substituição por novos sistemas. Não se trata de uma revolução, é na realidade uma evolução que tem origem nas tecnologias e funcionalidades que têm vindo a ser desenvolvidas há mais de 15 anos por fornecedores de automação visionários. O grande benefício da IIoT reside na habilidade de interligar os sistemas de automação com o planeamento empresarial e com a gestão do ciclo de vida dos componentes, no sentido de alcançar uma otimização eficaz do negócio. O seu poder é capaz de afetar drástica, mas positivamente, a forma como o mundo industrial opera, aproximando-o do desejado futuro sustentável. No futuro, uma importante parte do valor de negócio derivará de melhorias ao nível da eficiência e produtividade, do aumento da inovação e de uma melhor gestão de questões como segurança, desempenho e impacto ambiental. Apesar de ser ainda difícil prever o seu real impacto a longo prazo, é possível observar três ambientes operacionais que emergem como áreas chave para a transição gradual para a Industrial Internet of Things: t Controlo Empresarial Inteligente – as tecnologias IIoT permitirão a integração de máquinas e ativos de produção inteligentes e conetadas,

oferecendo uma visão da empresa como um todo. Esta integração tornará a produção industrial mais flexível e eficiente e, portanto, mais rentável. O controlo inteligente dos processos de produção pode ser visto como uma tendência a médio/ longo prazo, uma vez que a sua implementação é complexa e requer a criação de novas Normas para a convergência de sistemas TI e TO. t Gestão do Desempenho de Ativos – a implementação de sensores wireless eficientes, a facilidade de ligação à cloud e a análise de dados vão melhorar a gestão da performance de ativos. Estas ferramentas permitem que os dados sejam facilmente obtidos in loco e convertidos em informação relevante em tempo real, o que resultará em melhores decisões empresariais. t Maximização da Eficiência dos Operadores – os profissionais do futuro recorrerão, diariamente, a dispositivos móveis, análise de dados, realidade aumentada e conetividade transparente para aumentarem os níveis de produtividade. Assim, a disponibilização de informação precisa e em tempo real conduzirá a que o processo de produção passe a estar focado no utilizador e não na máquina. Como conclusão, as novas tecnologias estão a permitir a transição gradual das infraestruturas físicas para a IIoT: os sensores conetados serão cada vez mais acessíveis e os protocolos abertos de base IP continuarão a ganha terreno, tal como a adoção de soluções cloud. Os novos sistemas de produção irão conduzir, assim, à evolução para a produção inteligente, mais eficiente e sustentável.


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