nova geração KNX mais segura contra hackers

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reportagem

CONFERÊNCIA KNX SECURE

nova geração KNX mais segura contra hackers texto e fotos por Carlos Alberto Costa

A nova geração KNX anuncia barreiras mais eficazes para enfrentar os riscos de segurança nas redes inteligentes de edifícios face ao crescimento exponencial de dispositivos ligados a sistemas em ambiente Internet. Se há alguma lição histórica a reter é que os avanços tecnológicos têm quase sempre correspondência na capacidade criminosa para os iludir. O crescimento exponencial de dispositivos ligados à Internet trouxe consigo ameaças, cada vez mais presentes, para as redes inteligentes dos edifícios. Vandalismo, intrusão abusiva, hackeamento, assalto… A lista de perigos tem a dimensão que lhe quisermos dar. A Conferência KNX Secure, realizada a 29 de novembro no Hotel Olissippo Oriente, em Lisboa, debateu as novidades em torno da nova geração de dispositivos com protocolo KNX que reforça as barreiras de segurança para prevenir, de forma mais eficaz, a intrusão abusiva ou ataques de hackers. “Hoje, todos querem uma solução ‘smart home’. No entanto, quando se pergunta qual a maior preocupação, o cliente refere sempre www.oelectricista.pt o electricista 66

a questão da segurança. Um sistema ‘smart home’ significa, basicamente, que estamos a colocar a nossa casa na Internet, desde o frigorífico à iluminação ou até à abertura da porta de entrada, mas não queremos que ninguém saiba o nosso consumo de dados, a energia que gastamos, que aceda à nossa rede doméstica e muito menos que saiba como desligar o nosso alarme ou abrir a nossa porta”, referiu Christian Stahn, especialista da KNX e um dos oradores do evento. “Os fabricantes vão concebendo os seus dispositivos para resistirem melhor aos ataques, mas nem sempre o próprio utilizador do espaço está consciente dos cuidados de segurança a observar. A segurança deve ser um tópico, não apenas para a KNX, mas também para o fabricante, para o integrador de sistema, para o arquiteto, o projetista ou o designer, ou seja, deve ser uma preocupação para todos os que estão envolvidos no processo de definir a tecnologia”, considerou o especialista. “Se não fecharmos a porta de casa quando saímos, claro que um ladrão entra mais facilmente. Porém, se não dermos acesso físico ao BUS, se não partilharmos as chaves de acesso, se colocarmos os dispositivos de controlo em paredes e locais inacessíveis, mais dificilmente um intruso pode invadir o sistema. Quando vou para hotéis, por exem-

plo na Ásia, vejo frequentemente as caixas de distribuição acessíveis a qualquer um e, em alguns casos, estão lá dispositivos KNX acessíveis a todos, quando deveriam estar fechados e inacessíveis”, referiu Christian Stahn. “Incidentes acontecem, mas o desafio vai sempre no sentido de desenvolver e aplicar barreiras para que cada vez seja mais difícil ao ‘hacker’ invadir sistemas protegidos, roubar-nos a casa ou o dinheiro. O ideal seria dizer ‘não ligue a sua casa à Internet’, mas isso não elimina os riscos de assalto e, além disso, é impossível no contexto actual, em que todos estamos conectados. Sendo assim, há necessidade de proteger essa ligação encriptando-a, dotando-a de cada vez mais mecanismos de proteção e filtros de segurança”, explicou o especialista KNX. Christian Stahn insistiu na importância das contramedidas, nomeadamente não partilhando a rede com desconhecidos ou até convidados, mantendo a Internet e a rede local em linhas de comunicação separadas, tornando os dispositivos KNX e os cabos de ligação inacessíveis, ativando filtros eletrónicos e notificações de uso.

E A RADIOFREQUÊNCIA? “Aplicando estas medidas, a tecnologia KNX é segura e vai continuar a sê-lo, mas falta ainda uma coisa, que é a radiofrequência, um meio aberto e no qual não podem ser tomadas medidas físicas para prevenir o acesso. É aqui que entramos numa nova era com o KNX Secure. Queremos proteger a nossa informação e também proteger a ligação de radiofre-

Christian Stahn.


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