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telecomunicaçþes
cĂĄlculo da rede de cabos coaxiais
HĂŠlder Martins TelevĂŠs ElectrĂłnica Portuguesa, Lda.
A 3.ª edição do Manual ITED, sendo o resultado da maturação do regime tÊcnico atÊ aqui em vigor, veio e muito alterar os procedimentos de cålculo da rede de cabo coaxial.
Com este pressuposto enumeram-se algumas soluçþes possĂveis devidamente Alteração da localização do ATI: alterar o ATI da sua localização inicial poderia ser uma solução de forma que existisse uma maior equidistância entre a totalidade das tomadas ao ATI.
Com base na normalização europeia aplicada a este dinâmico setor das comunicaçþes eletrĂłnicas vem-se constatar que a adoção destes princĂpios pode esbarrar em alguns constrangimentos, começando pela inclusĂŁo da frequĂŞncia dos 862 MHz para o cĂĄlculo das redes de cabo coaxial. Desde o recente dividendo digital que esta frequĂŞncia jĂĄ nĂŁo pertence Ă banda de alocação de frequĂŞncias de televisĂŁo, mas sim aos operadores de 4G. Os 790 MHz passaram a ser frequĂŞncia de trabalho limite para alocação de canais terrestres. Muito se tem debatido sobre as regras de cĂĄlculo do Manual ITED3 no que concerne aos restritivos valores mĂĄximos das atenuaçþes e tilt das ligaçþes permanentes, onde projetistas tentam, a todo o custo, que os seus projetos cumpram a lei sem ferir a funcionalidade da instalação e os custos associados.
Esta situação apenas traria vantagens em edifĂcios onde se excedesse muito pouco os limites de atenuaçþes impostos pelo regulamento ITED. No entanto serĂĄ uma solução que nĂŁo irĂĄ, com certeza, ao encontro das pretensĂľes do dono de obra nem da arquitetura e do bom senso em colocar, por exemplo, um ATI numa das paredes de uma divisĂŁo principal. JĂĄ se torna frequente encontrarem-se projetos em que previamente foram previstas localizaçþes de espaços tĂŠcnicos para o efeito. A arquitetura deverĂĄ ter sempre em consideração as necessidades das especialidades, no entanto este princĂpio deverĂĄ ser sempre recĂproco. Desdobramento do ATI: o Manual ITED prevĂŞ que o ATI possa ser constituĂdo por uma ou mais caixas com os respetivos Repartidores de Cliente (RC), e permite a
interligação entre a rede coletiva, ou de operador, e a rede individual de cabos. As caixas que constituem o ATI devem estar interligadas, no mĂnimo, por 2 tubos de 40 mm de diâmetro, ou o equivalente em calha. Ao optar-se por esta hipĂłtese pode parecer que se resolve o problema. No entanto convĂŠm nĂŁo esquecer que se terĂĄ de considerar a atenuação da interligação dos vĂĄrios passivos dimensionados em cada caixa do
tivamente mais dispendiosa, acaba por sair gorada jĂĄ que serĂĄ necessĂĄrio contemplar os passivos que interligam as vĂĄrias caixas. Caso contrĂĄrio tratar-se-ĂĄ de uma infraestrutura incompleta que apenas permite a ligação do sinal de entrada a uma das caixas que constitui o ATI, ou seja apenas a uma parte das tomadas. Deixar parte das tomadas desligadas: esta ĂŠ uma solução controversa jĂĄ que a sua interpretação estĂĄ ambĂgua no presente Manual. No entanto, partindo do pressuposto que ĂŠ vĂĄlido numa instalação com 12 tomadas, instalar um repartidor coaxial de apenas 6 saĂdas com o
QUADRO 1.
FrequĂŞncias (MHz)
A LP: valor mĂĄximo (dB)
862
18
2150
26
QUADRO 2. 4.25 - VALORES MĂ XIMOS DE TILT (MANUAL ITED3).
Tilt 47 MHz - 862 MHz (dB) Ligação entre o secundårio do RG-CC, ou CR, e o primårio do RC-CC
Ligação entre o secundårio do RC-CC, e as TT
EdifĂcios com partes coletivas e individuais
Nas TT
EdifĂcios com partes coletivas e individuais -12
EdifĂcios sĂł com parte individual
Ligação entre o Ligação entre o secundårio secundårio do RG-CC, ou do RC-CC, e as TT CR, e o primårio do RC-CC
-5
-7
www.oelectricista.pt o electricista 54
Tilt 950 MHz - 2150 MHz (dB)
-12
Nas TT
-6
-9
-15 EdifĂcios sĂł com parte individual
-15