transporte de energia eléctrica em corrente contínua

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alta tensĂŁo

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transporte de energia elÊctrica em corrente contínua Manuel Bolotinha (QJHQKHLUR (OHFWURWFQLFR ̰ (QHUJLD H 6LVWHPDV GH 3RWQFLD ,67 ̰

0HVWUH HP (QJHQKDULD (OHFWURWFQLFD H GH &RPSXWDGRUHV )&7 81/ ̰

Membro SÊnior da Ordem dos Engenheiros &RQVXOWRU HP 6XEHVWDŠ¡HV H )RUPDGRU 3URͤVVLRQDO

1. INTRODUĂ‡ĂƒO A corrente alternada (ca) ĂŠ amplamente utilizada no transporte de HQHUJLD HOÂŤFWULFD PDV H[LVWHP VLWXDŠ¡HV HP TXH HVVD IRUPD VH UHYHOD WÂŤFQLFD H RX HFRQRPLFDPHQWH LQYLÂŁYHO GHYLGR DR comprimento da linha1 DÂŤUHD VXEWHUU¤QHD RX VXEPDULQD DR valor das correntes e tensĂľes utilizadas e tambĂŠm Ă impossibilidade de ligar redes nĂŁo sincronizadas nem sincronizĂĄveis. Nessas condiçþes recorre-se ao transporte da energia elĂŠctrica em corrente contĂ­nua (cc VHQGR SRU LVVR QHFHVVÂŁULR WUDQVIRUPDU D ca em cc e depois cc em ca R TXH ÂŤ IHLWR QDV subestaçþes (SE) de corrente contĂ­nua YHU &DSÂŻWXOR UHSUHVHQWDQGR VH QD )LJXUD GH IRUPD HVTXHPÂŁWLFD H VLPSOLͤFDGD HVVD WUDQVIRUPDмR

)LJXUD Onda electromagnĂŠtica sinusoidal.

Figura 1. 5HSUHVHQWDмR HVTXHP£WLFD GD WUDQVIRUPDмR FD FF H FF FD

2. A ONDA ELECTROMAGNÉTICA As grandezas elĂŠctricas tensĂŁo (U) e corrente (I WÂŹP D IRUPD GH XPD RQGD VLQXVRLGDO VHQGR FDUDFWHUL]DGDV SHORV VHJXLQWHV SDU¤PHWURV que se encontram representados na Figura 2. • Valor de pico (que representaremos por Ap) – V e A UHVSHFWLYDmente para a tensĂŁo e a corrente; • 9DORU HͤFD] (Aef TXH HVWÂŁ UHODFLRQDGR FRP R YDORU GH SLFR SHOD expressĂŁo Aef = Ap Í› Íž $p; • PerĂ­odo (T – s TXH UHSUHVHQWD R WHPSR GH XP FLFOR FRPSOHWR GD oscilação da onda; • FrequĂŞncia (f – Hz TXH UHSUHVHQWD R QÂźPHUR GH SHUÂŻRGRV SRU unidade de tempo. Estas duas grandezas estĂŁo relacionadas pela expressĂŁo f = 1/T RV YDORUHV GDV IUHTXÂŹQFLDV QRPLQDLV GDV UHGHV sĂŁo +] e +]; • Comprimento de onda (Ć• TXH UHSUHVHQWD D GLVW¤QFLD HQWUH GRLV SRQWRV FRQVHFXWLYRV FRP R PHVPR YDORU H R PHVPR VHQWLGR ‹ calculado pela expressĂŁo Ć• F I RQGH c representa a velocidade GD OX] QR YÂŁFXR Íž NP V). 1

1HVWH SDUÂŁJUDIR EHP FRPR QR UHVWDQWH WH[WR D GHVLJQDмR ̸linhaâ€? refere-se tanto a linhas aĂŠreas como a cabos isolados enterrados ou submarinos VDOYR LQGLFDмR H[SOÂŻFLWD HP FRQWUÂŁULR

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Teoricamente para linhas com um comprimento O ÍĄ Ć• ( NP para redes com f +] e NP para redes com I +] DV reactâncias indutivas e capacitivas (Ă terra) distorcem os valores das grandezas elĂŠctricas SRGHQGR gerar harmĂłnicas insuportĂĄveis para a rede e desfasagens entre os valores nas extremidades da linha. 1D SUÂŁWLFD YHULͤFD VH TXH DTXHODV distâncias sĂŁo reduzidas sigQLͤFDWLYDPHQWH XPD YH] TXH DV reactâncias em causa variam com o tipo de linha e o seu processo construtivo e de montagem. Relembra-se que no caso das linhas aĂŠreas a reactância indutiva de cada condutor ĂŠ influenciada pelos condutores das outras fases e pelos condutores do outro circuito (nas situaçþes em que no mesmo apoio da linha aĂŠrea sĂŁo instalados dois circuitos)2 LQIOXÂŹQFLD HVVD TXH depende tambĂŠm do tipo de FRQͤJXUDмR GD OLQKD DÂŤUHD (esteira hori]RQWDO HVWHLUD YHUWLFDO HWF

3. APLICAĂ‡ĂƒO DA CORRENTE CONTĂ?NUA NO TRANSPORTE DE ENERGIA No capĂ­tulo anterior foram analisadas as razĂľes para a utilização do transporte de energia em corrente contĂ­nua R TXH KDELWXDOPHQWH DSHnas se faz em Muito Alta TensĂŁo (MAT). No caso das linhas aĂŠreas este processo ĂŠ utilizado normalmente em linhas com comprimentos superiores a NP (embora nalgumas situaçþes se imponha o limite de NP para o transporte de energia em ca) e tensĂľes entre os N9 e os N9 H[LVWLQGR QD &KLQD uma linha em cc para N9. Nos cabos subterrâneos a utilização da cc ÂŤ SRXFR YXOJDU VHQGR usada para comprimentos superiores a NP e tensĂľes entre os N9 e os N9.

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Este fenómeno Ê designado por indução mútua.


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