Consultório técnico

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consultĂłrio tĂŠcnico

consultório tÊcnico O Consultório TÊcnico visa esclarecer questþes sobre Regras TÊcnicas, ITED e Energias Renovåveis que nos são colocadas via email. O email consultoriotecnico@ixus.pt estå tambÊm disponível no website, www.ixus.pt, onde aguardamos pelas vossas questþes. Nesta edição publicamos as questþes que nos colocaram entre julho e agosto de 2017. com o patrocínio de IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

P1: Se por alguma razĂŁo uma conduta for furada por um parafuso auto roscante, este ĂŠ motivo suficientemente forte para obrigar a retirada desse tramo? A colocação de fita de alumĂ­nio nĂŁo ĂŠ por si sĂł uma solução mais que suficiente para resolver o assunto? Agradeço qualquer opiniĂŁo vossa sobre o assunto. R1: Na verdade, uma conduta de AVAC com um pequeno furo que possa ser reparado sem deixar elementos ou saliĂŞncias no interior nĂŁo parece motivo para preocupação pois nĂŁo terĂĄ influĂŞncia no funcionamento. Ainda assim “existe uma leiâ€?, a do “bom sensoâ€?, que costuma ser boa conselheira nestes casos, porĂŠm o cliente/dono da obra pode e GHYH WHU XPD SDODYUD GHͤQLWLYD

P2: Estamos a iniciar a construção de uma fåbrica de vidro, em Luanda. Para o período de obra, pretendemos instalar um Posto de Transformador AÊreo, tipo AI. Vamos alimentar, pelo menos, três gruas e um es-

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taleiro de obra. Necessito de saber qual Ê o processo de licenciamento necessårio a fazer em Portugal (presumo que em Angola seja igual), para poder remeter a documentação às entidades competentes. R2: Em Portugal o processo desenrola-se em GXDV HWDSDV 1. Licenciamento do PT que constitui uma instalação do tipo B (ex.º 2.ª categoria). Para este caso Ê necessårio entregar na DGEG o projeto do PT e eventualmente da Linha de MT (Ramal MT) associada. 2. Pedido de Fornecimento de Energia de Obras (PFE de Obras). Entretanto convÊm colocar um quadro de Obras, que deverå contemplar proteção diferencial de 30 mA para os usos de estaleiro. Normalmente para as tomadas deve-se analisar bem os usos a dar às tomadas com In superior a 16 A, e no limite usar um diferencial por tomada. Nos escritórios a proteção diferencial decorre de cålculo com o valor da resistência de terra para uma tensão limite de contacto de 50 V.

P3: Estamos a construir um shopping, onde a instalação de Iluminação Pública passa por baixo de uma linha de MÊdia Tensão, na zona onde a flecha estå à cota mínima. A dúvida que temos Ê a seguinte: que distância/raio deverå estar a instalação de I.P. de uma linha de MÊdia Tensão? R3: A distância determina-se recorrendo ao Decreto Regulamentar n.º1/2001, que publicou o Regulamento de Linhas ElÊtricas de AT. Assim, segundo o artigo 109º, no cruzamento entre linhas de AT e linhas de BT, deve XVDU VH D I¾UPXOD ' 8 / em que U Ê o valor da linha de tensão mais alta em kV, e L Ê distância entre o ponto de cruzamento e o ponto mais próximo da linha superior. O valor de D, em qualquer caso, não deve ser inferior a dois metros.

P4: Estamos a iniciar a instalação de um shopping e o projetista decidiu retirar da instalação de MĂŠdia TensĂŁo, o transformador Homopolar. Quais sĂŁo os riscos desta exclusĂŁo? A obra encontra-se num local onde a ResistĂŞncia de Terra tem valores elevados. R4: A proteção Homopolar, de tensĂŁo ou corrente, usa-se essencialmente em linhas MT e AT, detetando desequilĂ­brios nas polaridades das tensĂľes. Para a sua deteção usa-se um relĂŠ de Proteção Homopolar, associado a TT’s (proteção homopolar de tensĂŁo) ou a TI’s (proteção homopolar de corrente). 1ÂĽR H[LVWLQGR XPD IRQWH GH HQHUJLDbDOWHUnativa ligada em paralelo com a rede, a proteção homopolar serĂĄ assegurada pela rede de energia e nĂŁo farĂĄ sentido existir outra. Em Portugal, se existir por exemplo um sistema fotovoltaico de auto-consumo com potĂŞncia superior a 100 kW a injetar na instalação com paralelo Ă rede, essa proteção ĂŠ obrigatĂłria para evitar introdução de desequilĂ­brios na rede. No seu caso concreto, o projetista terĂĄ as suas razĂľes para a ter retirado, podendo nĂŁo fazer sentido a sua existĂŞncia pelos factos descritos atrĂĄs.


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