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ITED
importância do sistema de terra nas ITED Paulo Monteiro
Conforme mencionado no manual de ITED 3.ÂŞ edição, o sistema de WHUUD GHYH WHU SRU REMHWLYR DV VHJXLQWHV IXQŠ¡HV • 6HJXUDQŠD GH SHVVRDV HYLWDQGR SRWHQFLDLV GH WRTXH SHULJRVRV atravĂŠs de uma terra de baixa impedância e ligação Ă terra de equipamentos que permitam contactos diretos que possam resultar em tensĂľes perigosas, originadas por defeitos elĂŠtricos ou eventuais descargas atmosfĂŠricas; • 3URWHмR GR HTXLSDPHQWR H GR HGLIÂŻFLR SRU OLJDмR GLUHWD ¢ WHUUD GH baixa impedância, dos dispositivos de proteção contra sobretensĂľes, de modo a permitir que as correntes originadas por defeitos ou descargas atmosfĂŠricas sejam rapidamente dissipadas e nĂŁo resultem em tensĂľes perigosas; • 5HGXмR GR UXÂŻGR HOÂŤWULFR XP ERP VLVWHPD GH WHUUDV DMXGD D UHGXzir o ruĂdo elĂŠtrico. No caso particular dos sistemas de telecomunicaçþes, hĂĄ que ter uma atenção especial Ă s fontes de perturbação eletromagnĂŠtica. De modo a atenuar este tipo de problemas, o sistema de terras deve ser projetado tendo em consideração esses efeitos. Pelo menos cinco aspetos EÂŁVLFRV GHYHP VHU FRQVLGHUDGRV • RuĂdo - A eliminação dos problemas da interferĂŞncia eletromagQÂŤWLFD HQYROYH D LGHQWLͤFDмR GD IRQWH GH UXÂŻGR VHMD LQWHUQD RX externa), o meio de transmissĂŁo e o circuito que ĂŠ afetado. Tendo LGHQWLͤFDGR D RULJHP GR SUREOHPD D LQWHUIHUÂŹQFLD SRGH VHU UHGX]Lda, alterando um ou mais componentes; • Potencial da terra 3DUD FDGD FLUFXLWR GHYH H[LVWLU XP ÂźQLFR UHIHrencial. A existĂŞncia de duas referĂŞncias pode dar origem a diferenças de potencial que, por sua vez, podem originar o ruĂdo; • Campos eletromagnĂŠticos - Para uma anĂĄlise em baixa frequĂŞncia, um circuito pode ser descrito, em termos de uma rede elĂŠtrica, como sendo constituĂdo por resistĂŞncias, condensadores e bobinas. No entanto, no domĂnio da alta-frequĂŞncia, as propriedades de radiação do circuito nĂŁo podem ser desprezadas. Uma corrente ĂŠ sempre acompanhada por um campo magnĂŠtico, enquanto que uma tensĂŁo ĂŠ sempre acompanhada por um campo elĂŠtrico. Deste modo, podem ocorrer problemas de interferĂŞncias, se estes simples aspetos nĂŁo foram tidos em consideração; • Correntes de modo comum - Quando num circuito se consideram dois condutores (condutor da fonte para a carga e retorno), SRGHP GLIHUHQFLDU VH GRLV WLSRV GH IOX[R GH FRUUHQWH R PRGR diferencial e o modo comum. O modo diferencial ĂŠ o desejado, ou seja, a corrente circula da fonte para carga atravĂŠs de um condutor e retorna atravĂŠs do outro condutor. No modo comum estĂĄ-se perante um sinal indesejado, em que o fluxo da corrente circula no mesmo sentido em ambos os condutores e retorna atravĂŠs de um terceiro condutor (normalmente um condutor de terra). Estas correntes de modo comum causam normalmente numerosos problemas de interferĂŞncia, envolvendo o sistema de terra; • Proteção contra descargas atmosfĂŠricas - Uma das fontes de perturbação eletromagnĂŠtica mais importante, que pode afetar os sistemas de telecomunicaçþes, ĂŠ originada pelas descargas de origem atmosfĂŠrica. Este fenĂłmeno nĂŁo sĂł pode causar interferĂŞncias como, inclusivamente, causar danos nos equipamentos de telecomunicaçþes. Deste modo, as medidas de proteção devem www.oelectricista.pt o electricista 61
ser baseadas numa anålise de risco minuciosa, que entra em conta com a estrutura onde o equipamento estå instalado, o próprio equipamento e os cabos de rede. No sentido de minimizar os efeitos das fontes de perturbação eletromagnÊtica, o sistema de terra deve ter em consideração os seguintes DVSHWRV • Ajudar à dissipação da energia proveniente das descargas atmosfÊricas; • Proporcionar a segurança de pessoas e bens, no caso de surgirem tensþes perigosas nas massas dos equipamentos; • Proporcionar uma referência eståvel para os equipamentos de telecomunicaçþes de modo a evitar as perturbaçþes do bom funcionamento dos serviços; • Estar devidamente ligado de modo a permitir um ponto de equipotencialidade.
LIGAĂ‡ĂƒO Ă€ TERRA DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS COM INSTALAÇÕES ITED Estas regras aplicam-se Ă s instalaçþes situadas a jusante do ponto de ligação do equipamento, podendo tambĂŠm aplicar-se a instalaçþes que nĂŁo sejam de tratamento da informação desde que tenham correntes de fuga de valor elevado (estas, ao circularem nos condutores de proteção e nos elĂŠtrodos de terra, podem ocasionar aquecimentos excessivos, degradaçþes locais ou perturbaçþes) em consequĂŞncia do cumprimento das regras de anti parasitagem (por exemplo, os equipamentos de telecomunicaçþes). Considera-se que uma terra sem ruĂdo ĂŠ uma ligação Ă terra na qual o nĂvel das interferĂŞncias transmitidas a partir de fontes externas nĂŁo causa defeitos de funcionamento inaceitĂĄveis no equipamento de tratamento da informação ou em equipamento anĂĄlogo. Os equipamentos para o tratamento da informação devem ser ligados ao terminal principal de terra. Na Figura seguinte (extraĂda da Figura 707A das RTIEBT) apresenta-se o exemplo referido nas regras tĂŠcnicas sobre este assunto.
Condutores de proteção das outras instalaçþes
Blindagem Aos equipamentos informĂĄticos Barra de terra
Terminal principal de terra
Quadro de alimentação
Condutor de proteção isolado Barra de terra (isolada) do equipamento informåtico ElÊtrodo de terra
Figura 1. Ligaçþes à terra nas instalaçþes de equipamentos de tratamento de informação.