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consultĂłrio tĂŠcnico
consultĂłrio tĂŠcnico O ConsultĂłrio TĂŠcnico visa esclarecer questĂľes sobre Regras TĂŠcnicas, ITED e Energias RenovĂĄveis que nos sĂŁo colocadas via email. O email consultoriotecnico@ixus.pt estĂĄ tambĂŠm disponĂvel no website, www.ixus.pt, onde aguardamos pelas vossas questĂľes. Nesta edição publicamos as questĂľes que nos colocaram entre março e agosto de 2018. com o patrocĂnio de IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.
P1. A corrente de magnetização de um transformador corresponde a uma ordem de grandeza entre 4 a 6 vezes a potĂŞncia instalada do transformador? E essa ordem de grandeza ĂŠ igual quer se trate da primeira magnetização do transformador, ou ĂŠ-o em todas as magnetizaçþes? No que concerne Ă potĂŞncia que cada transformador pode suprir, e tratando-se de uma mĂĄquina estĂĄtica, pergunto se o transformador consegue fornecer atĂŠ 120% da sua potĂŞncia instalada? R1. NĂŁo ĂŠ correto. A corrente de magnetização ĂŠ normalmente muito pequena nos transformadores de distribuição, atĂŠ Ă dezena de Ampere, dependendo da potĂŞncia do transformador. Essa corrente determina-se com os ensaios econĂłmicos do transformador, medida no ensaio em vazio, ensaio que tambĂŠm determina as perdas no ferro ou de magnetização. Essa corrente ĂŠ a mĂnima necessĂĄria para excitar a mĂĄquina, e daĂ para cima jĂĄ estarĂĄ a fornecer potĂŞncia no secundĂĄrio. Relativamente Ă potĂŞncia que um transformador pode debitar, esta depende apenas do limite tĂŠrmico e saturação magnĂŠtica da mĂĄquina, podendo chegar facilmente aos 120%, desde que limitada no tempo. Na verdade podem debitar muito mais potĂŞncia, alguns atĂŠ 150%, mas com um risco inerente para o transformador.
P2. Quem deve atuar as botoneiras de corte geral duma instalação elĂŠtrica? Pessoas habilitadas ou instruĂdas? No caso duma botoneira ligada a um quadro de segurança (cujas cargas sĂŁo os grupos KLGURSUHVVRUHV GH LQFÂŹQGLR H DͤQV GHYHUÂĽR ser os bombeiros que a atuam apĂłs a extinção de um incĂŞndio? R2. Normalmente num organograma de segurança existem a equipa de intervenção, a equipa de evacuação e a equipa de apoio. Nesta equipa de apoio estĂĄ a pessoa que percebe ou conhece bem a instalação, o seja, o responsĂĄvel pela manutenção da instalação. É normalmente um eletricista, pois ĂŠ nesta ĂĄrea que surgem os problemas. AlĂŠm disso www.oelectricista.pt o electricista 67
existe a deteção de incêndio (elÊtrico), a deteção de gases (elÊtrico), o gerador (elÊtrico), iluminação de segurança (elÊtrico), entre outros. Quando não hå um responsåvel pela maQXWHQмR H[LVWH REULJDWRULDPHQWH D ͤJXUD GR Delegado de Segurança. Como deves compreender hå muito a mania de fazer o corte geral de uma instalação, pelo facto de ocorrer um incêndio. Errado. Deve conhecer-se bem o esquema de quadros e efetuar o corte PARCIAL. Isto fala-se na formação. Infelizmente, na grande maioria das situaçþes, os bombeiros não conhecem as instalaçþes onde vão atuar. Porquê cortar a alimentação de energia à central de bombagem para serviço de incêndio depois de um fogo extinto?
P3. HĂĄ algum inconveniente em colocar-se cabos de alumĂnio entre o secundĂĄrio dum transformador e um QGBT? No que concerne Ă rede de vedação dos transformadores, KÂŁ DOJXP UHJXODPHQWR GHͤQLGR SDUD R HIHLWR" Normalmente em Angola procuramos colocar uma rede eletrosoldada com aberturas de 50 x 50 mm na pior das hipĂłteses, mas face Ă HVFDVVH] GH PDWHULDO TXH SRU YH]HV VH YHULͤFD no mercado nacional, por vezes recorre-se a rede “pintadaâ€?. O que deve ser tido em conta neste assunto? R3. Relativamente aos cabos no SecundĂĄrio do Transformador, hoje face Ă escassez e preço do cobre no planeta, nĂŁo faz sentido uma utilização deste metal. Em Portugal, e na Europa em geral, usa-se hĂĄ mais de 20 anos o alumĂnio. Os cabos em causa sĂŁo o LSVAV 1x380 mm2 $WÂŤ N9$ XVD VH XP SRU IDVH H QR QHXWUR H SDUD H N9$ usam-se 2 por fase em paralelo e 1 no Neutro. Claro que deverĂŁo ser ligados atravĂŠs de acessĂłrios bimetĂĄlicos adequados, incluindo terminais alumĂnio cobre para ligar ao GGBT, terminais esses cravados por uma prensa hidrĂĄulica e com punção (nunca hexagonal para nĂŁo aquecer e derreter). A rede estĂĄ deͤQLGD QR JXLD WÂŤFQLFR GRV 37V H R IDFWR GH ser pintada nĂŁo tem problema. Normalmente ĂŠ galvanizada sem pintura por razĂľes de durabilidade e de segurança, mas pode ser pintada.
3 bAlĂŠm dos circuitos de tomadas em casas de banho e exteriores e em termoacumuladores, em que situaçþes ĂŠ utilizada uma proteção diferencial de 30 ms? (Sei que temos de ter atenção a banheiras de hidromassagem, SLVFLQDV MDFX]]LV HQWUH RXWURV (VWD GÂźYLGD surgiu porque um eletricista comentou que todos os circuitos de uma cozinha tem de ser protegida por diferenciais de 30 ms, quando ĂŠ suposto termos uma terra de 100 ohms. R4. 2V ORFDLV TXH LGHQWLͤFRX VÂĽR GRV TXH efetivamente, necessitam de uma proteção diferencial de alta sensibilidade, no mĂnimo 30 mA. Nas cozinhas nĂŁo ĂŠ obrigatĂłria aquela proteção, podendo ser a proteção normal porque nĂŁo ĂŠ considerado um local especial. AlĂŠm disso, com as mĂĄquinas de lavar louça, os microondas, as placas e os fornos, com fugas mais ou menos importantes, arriscĂĄvamo-nos a disparos intempestivos da proteção GLIHUHQFLDO 2V P$ MXVWLͤFDP VH PHVPR para locais “normaisâ€? apenas se a resistĂŞncia de terra for igual ou superior a 1666 ohms.
P5. Gostaria de colocar uma questĂŁo relativamente ao autoconsumo. Supondo que tenho um kit 500 W e a saĂda do micro inversor ligado diretamente a uma tomada de utilização. Nesta situação, os aparelhos de proteção (disjuntores) atuam corretamente? O interruptor/disjuntor diferencial atuarĂĄ em caso de um defeito de isolamento da instalação ou equipamento? R5. b2V GLVMXQWRUHV SURWHJHP DV FDQDOL]DŠ¡HV elĂŠtricas situadas a jusante dos mesmos. Assim sendo, funcionarĂŁo sempre que os valores de corrente que por eles passe sejam superiores aos valores estipulados e para os quais foram fabricados. Com a injeção de corrente diretamente nos circuitos a jusante dos disjuntores nĂŁo existe, Ă partida, qualquer problema para o funcionamento dos disjuntores. Quanto Ă proteção diferencial, esta tambĂŠm nĂŁo serĂĄ Ă partida afetada, mas poderia acontecer, embora numa muito remota hipĂłtese, que um Ă terra fosse alimentado pela injeção de energia e o diferencial nĂŁo atuasse convenientemente, porĂŠm como o neutro do inversor nĂŁo estĂĄ ligado Ă terra, entĂŁo nĂŁo poderĂĄ alimentar uma fuga Ă terra e o diferencial de instalação serĂĄ o elemento a “verâ€? o defeito.