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reportagem
XXV Jornadas de Luminotecnia O HOMEM NO CENTRO DA LUZ Texto e fotos por Carlos Alberto Costa
A 25.ÂŞ edição das Jornadas de Luminotecnia evidenciou o humanismo luminotĂŠcnico que começa a ser o farol das abordagens do setor em termos nacionais e internacionais. “o electricistaâ€? foi media partner do evento. “Quem ĂŠ mais imprevidente: a criança com medo do escuro ou o homem com medo da luz?Ěš $ GÂźYLGD ͤORV¾ͤFD TXH +HQULTXH 0RWD ODQŠRX ¢V FHQWHQDV GH SURͤVVLRQDLV GR VHWRU da Iluminação reunidos em Lisboa sinaliza um paradigma que ditarĂĄ o desenvolvimento desta ĂĄrea nos tempos mais prĂłximos. O utilizador ganha uma centralidade que atĂŠ agora era atribuĂda ao equipamento. O homem passa a estar no centro da luz. É o conceito do Human Centric Light. As XXV Jornadas de Luminotecnia realizadas nos dias 17 e 18 de novembro no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) evidenciaram este humanismo luminotĂŠcnico que começa a ser o farol das abordagens do setor em termos nacionais e internacionais, desenhando os ambientes de iluminação para interagir com as emoçþes e necessidades dinâmicas do utilizador.
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No primeiro dia das Jornadas realizaram-se trĂŞs apresentaçþes, respetivamente por Tiago Antunes, que falou sobre novas tecnologias na transmissĂŁo de energia elĂŠtrica em CC (HVDC), Ricardo Figueiredo e Manuel Dias, cuja comunicação foi dedicada Ă s energias renovĂĄveis e a sua integração com a Internet das Coisas, e VĂtor VajĂŁo, que falou ao auditĂłrio da arte na iluminação e da iluminação na arte. Tiago Antunes, bid manager no departamento de Alta Voltagem da Siemens, explicou na sua intervenção as vantagens dos sistemas de transmissĂŁo com tecnologia HVDC (Corrente ContĂnua em Alta TensĂŁo) que, “sendo uma forma antiga para transmitir energia que perdeu terreno para o AC, regresVD DJRUD SDUD GDU UHVSRVWDV D GHVDͤRV TXH VH colocam ao enquadramento elĂŠtrico nos dias de hojeâ€?. “O HVDC ĂŠ a resposta quando necessitamos de uma elevada capacidade de transporte de energia, transmissĂŁo a longas distâncias, em ligaçþes assĂncronas entre redes elĂŠtricas ou ligação entre redes que jĂĄ tĂŞm por si sĂł uma elevada potĂŞncia de curto-circuito ou em sistemas onde queremos um controlo rĂĄpido do fluxo de potĂŞnciaâ€?, explicou o orador. Na Europa, um dos exemplos de aplicação do HDVC ĂŠ a interligação elĂŠtrica entre França e Espanha, em Santa Llogaia, na Catalunha, no âmbito do projeto INELFE, uma ‘joint venture’ entre as companhias elĂŠtricas dos dois paĂses. Ricardo Figueiredo, do ISEL, e Manuel Dias, da ABB Portugal, apresentaram uma
comunicação sobre as energias renovĂĄveis e a integração com a Internet das Coisas. O primeiro orador falou essencialmente de produção fotovoltaica virada para o ambiente residencial com possibilidade de armazenamento, um tema “cada vez mais na ordem do dia devido ao crescimento sistemĂĄtico das tarifas da eletricidade, associado Ă diminuição dos incentivos da produção fotovoltaica para venda Ă redeâ€?. A multinacional ABB desenvolveu o sistema REACT (acumulador de energia renovĂĄvel e tecnologia de conversĂŁo), sustentado por um inovador algoritmo de gestĂŁo automĂĄtica de energia, que permite satisfazer as cargas domĂŠsticas necessĂĄrias, armazenar o excesso de energia recolhido nos painĂŠis fotovoltaicos para o disponibilizar quando e para o efeito que o utilizador pretender. Manuel Dias falou das possibilidades de interligação dos vĂĄrios dispositivos domĂŠsticos, incluindo o React: “hoje em dia, cada vez mais todos os componentes eletrĂłnicos, desde os dispositivos atĂŠ aos eletrodomĂŠsticos começam a ser inteligentes, conectĂĄveis, tudo se liga Ă rede de wireless domĂŠstica, poUÂŤP QÂĽR IDODP HQWUH VL 2 GHVDͤR SDVVRX D ser esse. Na ABB quisemos enfrentĂĄ-lo e por isso criĂĄmos a Mozaiq, em 2015, no sentido GH GHVHQYROYHU XP VRIWZDUH SDUD XQLͤFDU HVtas tecnologiasâ€?. A Mozaiq ĂŠ uma startup criada pela ABB, Cisco e Bosch, precisamente para promover a integração de dispositivos e equipamentos de diferentes fabricantes. A ABB jĂĄ comercializa o sistema domĂłtico de protocolo fechado