nota técnica
Josué Morais, Diretor Técnico
nota técnica 138 mobilidade elétrica – alimentação de veículos elétricos reportagem 139 PLC 2017: uma viagem pelo mundo da Automação Industrial 141 XXV Jornadas de Luminotecnia entrevista 145 José Coelho, Socomec: “no mundo dos negócios investir é a palavra-chave para um futuro mais promissor e sustentável” case-study 147 tendências tecnológicas e exemplos práticos da Indústria 4.0 informação técnico-comercial 151 PROSISTAV: novos ventiladores San Ace 153 sistema modular de ligação de cabos da igus para o fornecimento seguro de energia em terminais portuários 155 Sensores especiais da Pronodis 159 TM2A – variadores de frequência ZETAMA
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formação seleção e instalação dos equipamentos – canalizações (1.ª Parte)
ITED 165 GHͤQL©·HV GH UHJUDV W«FQLFDV SDUD D elaboração de projetos
mobilidade elétrica – alimentação de veículos elétricos Portugal está na linha da frente no que a legislação sobre mobilidade elétrica diz respeito. No entanto várias questões se colocam relativamente ao carregamento dos veículos elétricos (VE): as instalações elétricas quer em edifícios de habitação quer em moradias unifamiliares, estarão preparadas para fornecer a potência de carregamento necessária? E as redes de distribuição de energia em BT? E as redes de MT especialmente os Postos de Transformação, PTs? A resposta no global é não. Não estão preparados. Nenhuma instalação elétrica ou rede de distribuição de energia, em nenhum país, algum dia foi construída com reserva de potência ou até as caraterísticas técnicas necessárias ao carregamento de energia nos VE. Só em edifícios habitacionais unifamiliares se apresentam algumas facilidades na montagem e alimentação de carregadores “domésticos” de VE uma vez que a potência daqueles carregadores não ultrapassa os 7,4 kW e é possível em muitos casos alimentá-los sem recorrer ao aumento de potência contratada. Existem carregadores mais potentes para ambiente doméstico, mas aí já tem de ser analisada a reserva de potência para tal. Nos edifícios habitacionais multifamiliares tanto as colunas montantes como os serviços comuns não possuem maioritariamente disponibilidade de potência para alimentar VE. Mesmo nos casos em que nos lugares de estacionamento ou nas garagens individualizadas existam circuitos elétricos derivados das respetivas habitações, ainda que os circuitos possam comportar a potência de um carregador doméstico, o somatório da potência total necessária não estará SUHYLVWD QD FROXQD PRQWDQWH TXH WHU£ GH VHU UHGLPHQVLRQDGD TXDQGR XP Q¼PHUR VLJQLͤFDtivo de condóminos passarem a utilizar veículos elétricos e a carregá-los no edifício. Vai ser necessário implementar ramais diretos da rede para os circuitos de alimentação dos VE. Trazendo agora a questão para a Rede de Distribuição em Baixa Tensão (rede BT), a implementação da alimentação elétrica em vários edifícios levará inevitavelmente a que a rede BT também seja redimensionada face à mobilidade elétrica, ME. Também os Postos de Transformação não terão potência disponível quando a ME ganhar expressão. Se extrapolarmos ainda para a rede Média Tensão (rede MT), não é difícil de imaginar que esta também poderá não ter capacidade de alimentação quando os PT’s que cada ramal alimenta passarem a prover ME com alguma expressão. 6LWXD©¥R LG¬QWLFD WHU¥R DV LQG¼VWULDV TXH DFROKHP VLJQLͤFDWLYR Q¼PHUR GH WUDEDOKDGRUHV ou com frota automóvel importante, que terão de prever potência para o seu carregamento. 2V GHVDͤRV VHU¥R LPHQVRV TXDQGR RV 9( SDVVDUHP D WHU H[SUHVV¥R IDFH DRV GH FRPbustão interna. A Noruega que cresceu rapidamente para uma frota a rondar os 40% de VE tem agora um enorme problema com a alimentação dos mesmos, começando nas Redes de Distribuição BT e MT que não estavam preparadas para tão grande demanda na alimentação dos VE. Por cá, lá chegaremos. O futuro é elétrico!
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