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dossier sobre luminotecnia e light design
luz para ver e sentir o sagrado VĂtor VajĂŁo (QJ | &RQVHOKHLUR (OHFWURWÂŤFQLFR &RRUGHQDGRU GH (VSHFLDOL]DмR HP /XPLQRWHFQLD QD 2(
Iluminar ĂŠ criar ambiĂŞncias com emoçþes que induzam o sentimento: na Igreja da Conceição Velha, uma das mais importantes de Lisboa, situada junto Ă Praça do ComĂŠrcio, exigĂŞncias tĂŁo dĂspares, desde as da luz de recolhimento e oração atĂŠ Ă s de espectĂĄculos, foram materializadas trabalhando as emoçþes incutidas pela luz. A SOLUĂ‡ĂƒO 2 WHPSOR RFXSD XPD ÂŁUHD GH FHUFD GH Pt e a nave, Ă altura de 18 m, ostenta um magQ¯ͤFR WHFWR SLQWDGR LOXPLQDGR SRU O¤PSDGDV fluorescentes, incandescentes e de halogĂŠQHR )LJXUD
Figura 1
A remodelação luminotĂŠcnica foi total, baseada na implementação dos conceitos de visĂŁo por contraste, em detrimento dos de visĂŁo por quantidade de luz, criando uma hierarquização visual apelativa e harmoniosa com o VHX IXQFLRQDPHQWR PRPHQW¤QHR Esta directriz impĂ´s que a primeira correcção consistisse em controlar as entradas de luz natural, para limites propĂcios Ă criação do desejado contraste, garantindo-se uma optimização energĂŠtica e, simultaneamente, conforto visual, atractividade e salvaguarda da preservação das artes sacras e 7H[WR HVFULWR GH DFRUGR FRP D DQWLJD RUWRJUDͤD www.oelectricista.pt o electricista 68
GHFRUDWLYDV PDLV VHQVÂŻYHLV ¢ OX] 3DUD WDQWR IRUDP DSOLFDGRV ͤOWURV QDV YLGUDŠDV FRPXnicando com o exterior, tendo-se reduzido a HQWUDGD GH OX] HP FHUFD GH VHP SHUGHU R FRQWDFWR YLVXDO FRP R H[WHULRU +RMH HP GLD DV LJUHMDV WÂŹP H[LJÂŹQFLDV GH IXQFLRQDPHQWR PXLWR GLYHUVLͤFDGDV UHTXHrendo um cuidadoso estudo da implantação de pontos de luz que, assegurando a flexibilidade desejĂĄvel, nĂŁo tenham um impacto visual fĂsico nem lumĂnico, para nĂŁo perturbarem a observação dos elementos sagraGRV H DUTXLWHFWÂľQLFRV GR ORFDO $ VHOHFмR dos equipamentos deve ser processada em função das caracterĂsticas de emissĂŁo luminosa e dos ângulos sĂłlidos das superfĂcies a realçar, para que se consiga impor a luz certa, OLPLWDGD DR ORFDO FHUWR 6HP OX] WUHVSDVVDQWH H VHP SROXLмR OXPLQRVD Para uma estimulação visual dos contrastes, recorreu-se a luz de diferentes tonaOLGDGHV . SDUD DV WHODV WURQR VDFUÂŁULR H WDOKDV GRXUDGDV . SDUD DV LPDJHQV esculturas, tectos, arcadas e assembleia, e . SDUD D 0HVD GH &HOHEUDŠ¡HV SDUD D impor como elemento central dos actos de culto – a Luz Divina que vem do Alto), e para RV HVSHFWÂŁFXORV A flexibilidade de funcionamento deve SHUPLWLU FULDU DPELÂŹQFLDV GLIHUHQFLDGDV DMXVtadas Ă utilização momentânea, que vĂŁo para DOÂŤP GD VLPSOHV QHFHVVLGDGH GH YHU 2X VHMD DPELÂŹQFLDV HPRFLRQDLV FRP VHQWLPHQWR SURvocado para: • 9LVLWDV • 0LVVD 'LXUQD • 0LVVD 1RFWXUQD • 0LVVD 6ROHQH • 2XWURV DFWRV GH FXOWR RUDŠ¡HV • &ROÂľTXLRV • (VSHFWÂŁFXORV • 6HUYLŠR Para tanto, a multiplicidade de circuitos de alimentação elĂŠctrica e a estratĂŠgica agregação de pontos de luz pela Capela-Mor, Capelas, $OWDUHV H 1DYH ÂŤ IXQGDPHQWDO Complementarmente, para facilitar as variadas acçþes de comando ĂŠ indispensĂĄvel o recurso a um sistema programĂĄvel e a uma botoneira de telecomando a posicionar num ORFDO UDFLRQDO Na Igreja da Conceição Velha foram criaGRV FLUFXLWRV GLVWULEXÂŻGRV SHORV YÂŁULRV HVpaços, tendo sido concebida numa matriz de FRPDQGR SDUD DV DPELÂŹQFLDV DFLPD UHIHridas, cada uma delas composta por vĂĄrios
Figura 2
FLUFXLWRV YRFDFLRQDGRV 8PD ERWRQHLUD GH teclas (com dimensĂľes de um simples interUXSWRU SHUPLWH VHOHFFLRQDU D DPELÂŹQFLD VHQWLPHQWDO GHVHMDGD $V )LJXUDV H PRVWUDP DV FRQGLŠ¡HV estabelecidas para “YLVLWDVâ€? e “FROÂľTXLRVâ€?, UHVSHFWLYDPHQWH De notar duas particularidades do sistema luminotĂŠcnico: • A iluminação do tecto decorativo (conseguida a partir da sanca perifĂŠrica, para TXH QDGD LQWHUͤUD QD YLVÂĽR JOREDO IRL FRQcretizada com lâmpadas fluorescentes de ORQJD GXUDмR YLGD ÂźWLO GH KRUDV cerca do dobro da dos LEDs), por serem
Figura 3